cap 9. Dimitri

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Dias atuais.

Estava tomando café tranquilamente quando a empregada me chama apressada, percebo pelo seu tom de voz.

Levanto me dá cadeira e a sigo para a direção que ela está indo.

Adentro o último quarto, sem perceber que Pérola está atrás, não sei se atendo ao pedido da empregada ou peço para Pérola sair. Com a voz irritada falo:

- Saia daqui imediatamente. - não deixo espaço para ela protestar, estou muito nervoso, ultimamente não tenho tido descanso, tenho que encontrar uma solução para este problema... minha vida é um caos total. Estou desesperado a cada dia.

- Como você está? O que está acontecendo meu filho?

- Papai minhas pernas doem muito, não consigo aguentar.

- Ele já tomou os remédio? - pergunto a enfermeira.

- Sim senhor, mas não tem tido efeito. Algum tempo depois as dores voltam. E ele grita de dor, não conseguimos conte-lo.

- Derick, estamos com visita, será que você pode ser mais cauteloso e não gritar. - Tento ser o menos rude possível, mas é perceptível, pelo semblante do meu filho, que meu tom de voz é rude. Ele ainda chorando implora:

- Não consigo, dói demais... Não consigo controlar. - as lágrimas rolam em seu rosto.

- Vou pedir mais uma vez para o Doutor Versales vir até aqui examina-lo. Aguente mais um pouco. Vou ter que sair, mas retorno em breve.- saio do quarto ainda com ele aos prantos.

Vou procurar Pérola, bato na porta do seu quarto, dou duas batidas e falo:

- Pérola vamos? Vc está no quarto? Temos que ir ao médico, ele está nos esperando. - a porta se abre em instantes.

Me surpreendia com o que vi, ela havia trocado de roupa, estava com um blazer rosa curto, cropped branco e uma minissaia também na cor rosa, com detalhes de três botões um abaixo do outro nas duas laterais realmente estava muito gostosa. A fitei de alto a baixo e não pude conter minha excitação, instintivamente mordi o lábio inferior. Voltei o contato visual e nos seus olhos penetrantes encontrei angústia e decepção.

Além de estar com a face vermelha, parecia brava também. Como fica linda brava...

- Precisamos conversar antes de ir.

- Não temos tempo agora, o médico nos espera, temos um horário marcado.

- Não, eu não saio daqui antes de você explicar quem é aquele menino e o que aconteceu com ele.

- Posso entrar? Mas antes de conversarmos, terei que ligar para desmarcar a consulta.

- Tudo bem, pode entrar.-

Liguei para o consultório médico e desmarquei a consulta.

Ao lado da cama havia um sofá de 2 lugares, nos sentamos e comecei a explicar tudo a ela:

- Aquele menino é meu filho.

- seu filho, não acredito. Como você pode esconder uma criança dessa forma? Estou há dias nessa casa e não vou me mentir, ouvi várias vezes alguns gritos, mas não pude identificar de onde vinha.

- Não, eu não escondi ele... é que...- Comecei a gaguejar, fiquei sem jeito... aquelas palavras dela estavam me fazendo refletir.

- Vi que suas duas pernas estão enfaixadas, o que ele têm, o que aconteceu com ele?- estava relutante em ter essa conversa, é a primeira vez que falo desse assunto com alguém que não seja um médico ou qualquer outro profissional da saúde.

Encontro FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora