Capítulo 43: Março de 1999

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Hermione não deixou Draco sair de seus quartos naquele dia.
Bem, não deixá-lo sair foi uma maneira forte de colocá-lo. Mas ela implorou para ele ficar em casa, ambos perdendo as aulas.

E ela se jogou nele em todas as oportunidades possíveis. No chuveiro depois do sexo no sofá, na cama depois do almoço.
Ela se inclinou e começou a chupá-lo do nada quando ele se sentou na cozinha deles durante o jantar, só parando quando ele entrou fundo em sua garganta, seu rosto cheio de lágrimas, seu couro cabeludo doendo, mas mais feliz do que ela estava em meses.

Nenhum deles comentou, mas era óbvio para ambos o que ela estava fazendo: Hermione estava agindo como Lavender Brown com Ron no sexto ano, agarrando-se a Draco, dando carinho e sexo a ponto de sufocá-lo, por pura medo de perdê-lo.
Dele mudando de ideia.

Naquela noite, ela foi para a cama dele sem sequer esperar um convite. Ele suspirou, mas abriu os braços para ela da mesma forma, e ela se agarrou a ele, desesperada, deixando cair lágrimas silenciosas de alívio até dormir.

No dia seguinte, quando ele tentou acordar e sair da cama, ela subiu nele e o distraiu com sexo o maior tempo possível.
Quando a rodada matinal de sexo acabou e ela viu que ainda era cedo o suficiente para Draco tomar banho e chegar a tempo para o café da manhã, ela grunhiu em desespero antes de subir em cima dele e começar a beijá-lo novamente.

Desta vez, no entanto, ele se afastou.
"Granger, pare. Preciso sair desta sala algum dia. Precisamos sair desta sala algum dia", ele a empurrou de lado, e ela baixou os olhos para as tatuagens dos pulmões, praticamente aninhadas juntas.
Ela se lembrou do início de tudo isso, há quase três anos.
E respondeu sem olhar para ele, em voz baixa "você vai se arrepender. E você vai me deixar de novo."

Ela sabia o quão patética ela parecia, mas não se importou. No momento, nada importava além dele.

Ele suspirou, colocou a mão no queixo dela e puxou até que os olhos deles se encontraram.

"Eu já me arrependi, Granger. Antes mesmo de começarmos naquele sofá, eu já me arrependi. Mas também estou cansado de ficar longe, com você tão perto."

"Odeio saber que você vai passar o dia longe de mim."

Ele sorriu e puxou uma mecha do cabelo dela.
"Você está convidado a se sentar na minha mesa nas refeições, se quiser, Granger" Ele disse sorrindo sarcasticamente, sabendo que ela não aceitaria. E sabendo o porquê.

"Seus amigos me odeiam", disse ela, mordendo o lábio.

Ele deu de ombros e saiu da cama para se preparar.

Ela não se juntou a ele no chuveiro, mas correu para terminar o seu próprio rápido o suficiente para alcançá-lo na porta.

"Vamos?" Ela perguntou sem fôlego.

Ele olhou para ela com espanto. "Para onde?"

"Para a sua mesa. Se você me tiver lá."

Ele apenas olhou para ela, surpreso.

"Eu suporto o ódio de seus amigos se isso significasse estar ao seu lado", disse ela, encolhendo os ombros.

"E os seus amigos?" Ele olhou para ela, sério.

Ela repetiu o gesto "todo mundo sabe que chegamos perto na guerra. E eu não dou a mínima. Como eu disse, esses meses são para mim. Estou me sacrificando o suficiente por eles. Não estou perdendo um minuto sem você." Ela disse sério, beijando-o, mesmo que a porta estivesse aberta.

Ele olhou para ela, ainda descrente, um sorriso confuso levantando o canto da boca, e se virou para andar pelo corredor, mantendo o ritmo de suas longas pernas lento o suficiente para que ela pudesse acompanhar.

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