7.

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⚠︎ menção a autossabotagem.

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" Vibrei no seu olhar,
Perdi naquele jeito que dançou,
Nem deu pra respirar,
Ainda bem que ninguém mais notou.
Você não sai da cabeça, por mais que eu queira.
Penso em você mais que eu penso em mim mesmo,
É cedo (é cedo)
A noite cai, eu penso mais;
A noite cai..
Eu penso que vai ser complicado,
É "errado".
Não era pra eu ter gostado,
É "errado" te querer tanto. "

• te querer tanto - Lou Garcia •

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Mais uma vez os mesmos pensamentos rodeiam sua cabeça. Os mesmos pensamentos que não o deixam em paz. Será que é tão difícil apenas se permitir sentir?

Sentir é algo complicado para Dante. Pensar no futuro e esquecer o agora está consumindo sua mente aos poucos. Porque ele sente medo de sentir? Porque não se permite amar? Por que tem que ser tão difícil?

De início, não parecia ser um problema. Ele só iria reprimir e guardar, como respirar e expirar. Mas quando sua própria mente fica contra você no meio do processo, começa a ficar complicado.

Falando em voz alta, parece estranho (e até tosco) falar que tem medo do futuro. É como se ele sofresse por antecedência. Pensar que, em algum dia, se acontecesse futuramente de ele se envolver com alguém, essa felicidade vai acabar, e só sobrará cicatrizes. Sentir medo de tentar de novo e se machucar, ou machucar outra pessoa.

Talvez evitar que essas coisas aconteçam seja a melhor saída, certo?
Quem sabe isso possa ser considerado como uma válvula de defesa, mas isso já estava o perturbando, tomando seu tempo durante os dias e a noite antes de dormir.

Ele não queria deixar de falar com Arthur, gostava da companhia do moreno, de suas piadas, seus sorrisos, seus flertes, seu jeito doce e gentil de agir, seus olhos bicolores... e Dante realmente não cogitava parar de falar com ele.

Até porque, seria egoísta de sua parte, não? E aqui está, mais um de seus péssimos pensamentos. Uma das coisas que mais revirava sua mente era saber que Arthur nunca fez algo ruim para ele e nem para as pessoas que se importa, e se sentia muito egoísta por ter pensado em cortar contato.

É como se ele estivesse pensando apenas no seu próprio bem estar, e isso soa egoísta.

Mas, porque todos esses medos? Nem ele sabia ao certo. Nem teve tempo ou espaço para pensar nisso. Porque sentir tanto medo de algo que nem aconteceu ainda? No começo, pensou que talvez fosse algo relacionado a Jasmin, como se seu cérebro estivesse tentando o avisar que o risco não valia a pena.

Ou talvez o medo de amar esteja envolvido com o medo de perder pessoas que ele ama.

Quando você percebe que o mundo realmente é perigoso e que ninguém está seguro o tempo todo, esse pensamento te assombra por um tempo. Mas quando uma das pessoas em que mais amava e jurava ter conexão de corpo e alma simplesmente fora arrancada de sua vida, com um simples toque, tudo piora.

A paranoia começa a te perseguir, o medo te acompanha a cada esquina, a ansiedade te engole aos poucos, como uma grande onda prestes a te afogar, mas não há nada que você possa fazer para voltar a terra firme.

Dante se assustou com o som do bater de asas do Orpheu, que voou de um lado da estufa de flores para o outro, o trazendo para fora de seus devaneios.

⋆.ೃ࿔*:・

Curtinho só pra dizer que vou voltar com essa fic!

Aqui eu tentei abordar os sentimentos de incerteza que combinaria mais com o enredo, o próximo será sobre os sentimentos do Arthur (provavelmente)

Uma coisa não comentada ainda (e que talvez não será comentada em diálogos e tal) é que nesse U.A a Jasmin faleceu em um acidente de carro a alguns anos atrás. (só pra esclarecer)

Espero que esse capítulo tenha ficado coerente e faça sentido de alguma forma.

Bebam água!

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𖦹𝘊𝘢𝘧𝘦́ 𝘋𝘢𝘴 𝘚𝘦𝘪𝘴 - 𝘿𝙖𝙣𝙩𝙝𝙪𝙧𖦹Onde histórias criam vida. Descubra agora