018: por que tudo tinha que ser tão complicado

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Um sorriso grande e radiante cresce no rosto da criança, estava feliz por seu pai finalmente ter encontrado um amor, que fosse tão doido quanto ele. Richarlyson carregava um peso muito grande de ter que lutar pelo seu pai que entra de cara no trabalho quando não tem um amor para o tirar dele, se sentia triste por seu pai sofrer tanto, era peso de mais para uma pequena criança carregar.                                                                                                                                                                                               Estava muito animado! Iria contar para Bobby assim que o vice novamente. A criança brincou por um pouco mais de tempo para deixar o casal ficarem pelo menos por um tempo a mais depois de tantos meses longe um do outro. Mas depois de uns 2 minutos de agarração começaram a conversar. 

- então... Agora me explica direito, por que motivo exatamente você matou o meu avô? 

- bom... Ele me disse que eu deveria terminar com você por que era para o seu bem e que isso não é de deus. - até Roier revira os olhos quando percebi que ele era homofóbico 

- ele era tão babaca assim e eu não percebi? O que eu tinha na cabeça? 

- continuando, ele até chegou a falar que "você não iria querer nenhum familiar seu sendo um viadinho" eu perdi o controle e dei um tapa na cara dele.

- bem feito! Que palhaço. - mesmo sendo seu avô e sentir "falta" dele, ainda amava mais Cellbit do que seu avô, ele era louco por Cellbit. 

- ele disse que ligaria para a policia e eu... Perdi minha consciência e matei ele... E-eu... Me desculpe Roier, me desculpa... - mesmo o moreno já tendo o desculpado nunca pararia de se culpar pela morte do sujeito. - era uma vida, eu não posso decidir quem vive e quem morre... 

- eu te desculpo, eu te perdoou, eu estou bem gatinho - estava muito feliz por ouvir esse apelido de novo, achou que nunca mas ouviria. 

- como pode um ser tão perfeito como você existir? Vamos para casa? Já está ficando tarde. 

- verdade, perdi a noção do tempo! Vamos, antes eu só vou chamar Richarlyson - diz já se.  levantando e indo em direção ao garoto que estava brincando no balanço. 

- já vamos? - pergunta ao ver Roier a sua frente - tio Roier, eu estou muito feliz por você ter voltado com o meu pai, eu sei que ele é meio lerdo as vezes mas ele te ama! Por favor, por mim, não termine com ele de novo... Eu sei que ele pode ser muito fraco com flertes sabe, mas por favor...

- eu não vou, não precisa se preocupar - entre sorrisos bagunça o cabelo do garoto

Eles vão até Cellbit e ele os segui, em casa.

- primeiro de tudo, senta ai no sofá! - roier fala assim que chegam e Cellbit o faz rindo um pouco - segundo, eu vou fazer alguma coisa para você comer, e trazer um copo de água. Saúde é uma coisa boa, sabia? 

O moreno sai exaltado até a cozinha. Ele faz um macarrão por que o loiro precisava de massa para sobreviver, com carne e levou um copo de água. Colocou o prato sobre a mesa na frente do loiro. 

- agora come, come tudo. E não quero ouvir um piu de "ain, mas eu quero beber isso aqui não sei o que lá de café" não! Vai beber nada, quem disse que era para parar de comer e ficar bebendo 15 litros de café por dia! 

- tá bom - ri da atitude do moreno - você que manda. - o moreno se senta emburrado ao lado do loiro que o dá um beijo na bochecha, um sorrisinho se cresce no rosto de Roier. 

- come vai - fica um silêncio agradável e aconchegante na sala. 

[...]

um tempo depois, já era noite, haviam se passado só algumas horas, os meninos já estavam dormindo, as crianças dormiram muito felizes. Roier e Cellbit estavam no quarto conversando, era muita coisa para conversar mas estavam falando piadas e flertes, ambos estavam com muita saudade disso. 

- já passou uma semana se eu não me engano né, guapito? - diz dando indireta para o moreno

- nossa, me bateu um sono... Já vou dormir... - fingi um bocejo e se deita na cama 

- não vai escapar não, pode escapar hoje, mas outro dia... - Roier solta uma gargalhada

Ambos pegam no sono alguns minutos depois, estava um clima tão leve. Era ótimo para eles, ambos estavam felizes. Nessa noite não se desgrudaram nem um segundo. No dia seguinte

Roier acorda com um leve susto por que Cellbit estava o observando enquanto dormia. 

- ai! pendejo, que susto! - o loiro solta algumas risadas - virou doido agora, ficar me observando 

- para que tanta grosseria?

- estou de mal humor, não fale comigo - se vira para dormir novamente

- nossa, a gente voltou ontem e já está irritado comigo de novo? - o moreno se vira

- não estou bravo - o abraça - estou com sono, me deixe dormir.

- a culpa não é minha se você foi dormir cedo de mais e acordou 3 horas da manhã!

- cala boca pendejo 

mais algumas horas depois. Roier acorda e Cellbit não estava lá, nesse momento lembra dos dias em que ele dormia abraçado as cobertas pois tentava simular o loiro ao seu lado, sonhava várias vezes com o loiro e pensa que talvez isso fosse um de seus sonhos. Os piores momentos da sua vida vieram a tona, quando eles terminaram a pior coisa foi dormir sem o seu amado ao lado e acordar com falsas esperanças de que talvez ele pudesse acordar e seu namorado estar no andar de baixo. Lagrimas escorrem pelo seu rosto, tudo não era real? Não poderia ter seu amor de volta?...                                                                                                                                                                                                                      Tudo parecia tão triste e vazio, será que nunca ficaria feliz novamente, tudo era fruto de sua mente, de sua dor. Por que tudo tinha que ser tão complicado? Abraçar, amar Cellbit, nunca poderia fazer isso novamente. O vazio de seu coração tinha sido preenchido por Cellbit, e foi ainda mais solitário e doloroso quando o tiraram de lá. 

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𝑴𝒊 𝒈𝒖𝒂𝒑𝒊𝒕𝒐 // 𝑸!𝑪𝒆𝒍𝒍𝒃𝒊𝒕 𝒙 𝑸!𝑹𝒐𝒊𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora