P.O.V
Nico Martinez—Sabe o Topper?—Miles pergunta enquanto nós andamos para dentro da escola. Depois de ficarmos um pouco na quadra apenas jogando a bola um para o outro conversando.
—Do time de basquete?—Pergunto lembrando vagamente do nome Topper estampado em uma camisa do preta do time. Ou em conversa paralelas pelos corredores com Miles.
—Isso, ele vai dar uma festa hoje e me convidou, e como não conheço muito as pessoas da escola, pensei em te levar comigo.—Ele dá um sorriso tentando parecer o mais convincente.
—Ah, não mesmo, obrigado.—Respondo da forma mais sarcástica que posso reproduzir.
—O que? Por que não?—Miles me para no meio do corredor com as sobrancelhas arquiadas.
—Porque não quero.—Dou uma bufada antes de passar por ele e voltar a andar para a sala.—Até o intervalo.
Dou um aceno por cima da cabeça sem me virar e finalmente chego na sala de História.
▪︎~𖧷~▪︎
—Sabe seria uma ótima forma de você se socializar, conhecer pessoas novas, talvez até uma garota.
Miles não parava de falar um minuto, desde que sentamos na mesa no intervalo para comermos, sobre a tal festa do Topper. Mas eu não iria, sabia exatamente o que teria nessa festa, além de álcool também teria drogas e pessoas da escola.
E eu não gosto de nada disso, principalmente pessoas.Miles é um dos poucos riquinhos daqui que eu gosto e que não é chato ou irritante. Seus pais são médicos então não estão muito em casa e com isso Miles é meio carinhoso demais.
Nós conhecemos no meu primeiro dia de aula, quando um dos caras do time de futebol chamaram ele de nerd e eu o defendi, porque tipo, nerd não é bem uma coisa ruim para se chamar alguém, certo?—Miles eu não vou, é bem simples de entender isso.—Respondo ele, interrompendo a sua lista de coisas que ele fez dando motivos do "porque eu tenho que ir".
—Não entendi porque você não vai, tipo vai ser legal, vai ter comida, bebida, música e eu, seu melhor amigo.—Ele da o seu sorriso de "todos me amam" que convence tudo mundo a fazer o que ele quer, mas comigo não funciona, não mais pelo menos.
—Vai usar agora a chantagem emocional? Você não é assim.—Nego com um sorrisinho sacana no rosto enquanto estreito meus olhos.
—Olha só você é meu único amigo de ve‐verdade entende? E‐e eu queria muito ir, por‐porque tem uma garota sabe? E e‐ela vai ta lá e eu queria muito te‐ter uma chance com e‐ela.—O moreno começa a desparar em falar, gaguejando em algumas partes enquanto mexia seus braços.
—Cara, calma aí.—Dou uma risada do seu nervosismo e bebo um pouco da minha água.—Então você quer que eu vá com você para te dar coragem pra ficar com uma menina e possivelmente ficar sozinho a festa toda? Uau Que belo amigo você é.—Dou um sorrisinho enquanto mordo uma little cenoura.
—Por favor, vai comigo, não posso ir sozinho, você pode ir embora depois, meus pais não estão em casa então pode ir pra la no meu carro.—Ele juntas as mãos em frente ao seu rosto com um sorriso que mostrava suas covinhas.—Por favor.
—Não vou levar seu carro, como você vai voltar? Deixa de ser idiota.—Nego com a cabeça enquanto junto o lixo da minha bandeja e a dele, quando terminamos de comer.—Eu vou com você, mas tenta não demorar ou sei lá, avisar se for sair.—Dou de ombro.
—OBRIGADO!—Ele dá um grito enquanto faz uma dancinha idiota.—Te busco as 20, tchau.
O menino sai correndo enquanto eu me levanto com nossas bandejas. Deixo as Jô local mandado e vou para o meu armário.
Ainda teríamos duas aulas então teria que pegar as coisas precisas e deixar a das aulas passadas.
▪︎~𖧷~▪︎
As aulas acabaram e agora seria só as atividades extra curriculares e os treinos, como no meu caso.
Entrei no time de corrida quando a treinado me viu correndo em uma das aulas de educação física, ela me deu uma chance e eu gostei de correr. Então agora sou um dos melhores da equipe e adoro os treinos.
E bom me manter em forma, ter uma rotina que eu tenha que seguir, e correr me distrai, então cosias ruins acontecem em casa e eu preciso só sair correndo, literalmente.Depois de me trocar vou para o campo que é onde fica a pista de corrida.
Nós alongamos enquanto esperamos a treinadora chegar.—O que você fez?—Nathasa pergunta ao meu lado, uma das minhas colegas de time.
Os cheetah são um time misto, normalmente corremos juntos nos campeonatos da escola mas quando é algum campeonato fora e preciso separar o time masculino do feminino, não sei bem porque mas tem que acontecer essa separação de gênero para ter a coisa da igualdade.
—O que? Eu fiz nada.—Olho para ela confuso estreitando minhas sobrancelhas.
—White está olhando para cá tem um tempão, exatamente para você.—Ela aponta para o outro lado do campo.
—Quem?—Tento edentificar quem são as pessoas que estão do outro lado.
Líderes de torcida, com seus uniformes pequenos e justos.
Ridículo.
—A loira ali, como não conhece ela? Viveu de baixo da pedra nos últimos anos seu aqui?—Natasha ri enquanto se levanta e sai, indo até seu namorado Lyan que também era do time.
Olho novamente para o grupo de garotas, tentando enxergar já que o sol vinha direto no meu rosto, então finalmente vejo a tal loira.
A menina de mais cedo.
Ela era a Annie White?
Já tinha ouvido falar nessa garota, tipo que nessa escola não conhecia ela? Rainha do baile, líder das meninas da torcida e ainda era a menina que todos os caras queria uma chance. Não vou negar, ela é bonita, mas não acho que seja pra tanto.
Nego com a cabeça enquanto me levanto do chão dando uma estalada nas costas e vejo a treinadora Webers chegando.
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Aposta
RomanceEscola Elite. Romance pouco provável. Garota mimada. Garoto prodígio. Podemos dizer que juntas todas essas. Coisas podem sair coisas ruins, mas uma ótima estória. Fique aqui para ler a história de Annie White e Nico Martinez, um casal pouco prováv...