capítulo onze.

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P.O.V
Annie White

—Vamos lá pra fora?—Chloe perguntar apontando para a direção da cozinha, onde tinha uma porta de vidro que ia para o quintal de trás.

Olho para Kendall. A morena não era do tipo mais festeira, é agora ela estava quase dormindo no sofá.

—Vamos sim, pode indo já já chego lá.—Dou um sorriso a garota de cabelo pretos e vejos os outros saindo, me viro para minha amiga e vejo seu estado.

Kendall não está dormindo totalmente seus olhos piscando mostra isso, mas é está tão quieta que é até assustador. Seu corpo lançado no sofá agarrada a um travesseiro deixa claro seu cansaço.

—Vamos tomar um vento, as vezes te deixa mais acordada.—Digo para a garota, ela agora está me olhando está tão cansada que seus olhos estão um pouco sem vida.—É bom pra você, e eu não vou te deixar sozinha aqui dentro, vamos.

Me levanto e pego em sua mão, esperando com muita paciência a garota se levantar com o pouco da minha ajuda, quase insignificante. Quando Kendall já está em pé a seguro mais firme e guio até a parte de fora.

Quando passo pela porta de vidro sou recebida por um vento gelado que faz minha pele arrepiar. A casa estava tão quente e abafada que no lado de fora parecia mais frio que o normal.

Vou para perto dos meus amigos, que agora já tinha mais pessoas ao redor e deixo Kendall senta nas poltronas externas.
Me sento ao seu lado em uma cadeira comum e volto a prestar atenção na conversa deles.

—Quero jogar lenha na fogueira você não está entendendo.—Um dos meninos do time de futebol, sei identificar graças ao moletom que tem não só o implema da escola, mas o nome do time na parte da frente. Deixando claro para qualquer um o seu "poder".

—Nem todos aqui querem isso, beleza?—A garota ruiva fala se mexendo no seu lugar, claramente desconfortável.

—Então é só não participar, estamos em uma festa e só queremos nos divertir mais.—O amigo do garoto de antes fala com um sorriso, até que bonito.

—Então vamos brincar.—A menina ao meu lado esquerdo diz animada. Os outros concordam, até a ruiva de antes acaba cedendo.

Brincar? Sério isso.

—Vou atrás de uma garrafa.—Um cara loiro fala animado e se levantando em um pulo correndo para parte de dentro da casa.

—Vou chamar mais gente.—O moreno de antes, do futebol, fala com um sorriso gigante para a menina ao meu lado e sai correndo.

—Idiota.—A menina bufa baixando passando a mão no cabelo.

Acabo soltando uma risada dos dois. Eu os conheço e sei que são irmãos, então ou ele não vai voltar e deixou ela aqui ou ele foi chamar alguém de verdade, talvez alguém que ela queira ficar.

Olho para Kendall apenas para me sertificar que ela ainda respira. Seus olhos estão fechados e ela está encolhida no cantinho tentando se aquecer.

—Aqui.—Escuto a voz grossa falar perto de mim e uma mão estendida deixou um cobertor em cima da minha amiga.

Olho para o lado e tenho uma surpresa ao ver quem era o dono da voz.

Topper.

—Ela parece bem cansada.—Ele diz ainda sem tirar os olhos da minha amiga.

—Bom, durante as férias ela tava acordando cedo para fazer Yoga e acho que contínuo fazendo isso mesmo com a volta das aulas, ela diz que fazer de manhã ajuda ela a ter um bom estar para o resto do dia.—Dou um sorriso quando me lembro dela me chamando pra fazer junto dela e eu apenas neguei.

Acordar 4 da manhã para fazer exercício não é comigo, obrigada.

—Ela ajudou a mãe, hoje mais cedo, então deve estar muito cansada.—Termino fazendo um carinho na garota dona do assunto, tento cobrir seu ombros com o cobertor mas ela se mexe.

—Eu gosto dela de verdade.—Topper solta com um suspiro, ele respira fundo e se agacha ao lado da minha amiga, fazendo um pequeno carinho no pé dela.—Sei que fui idiota, mas ela disse olhando nos meus olhos que não tínhamos nada, e eu gostava tanto dela, quer dizer eu ainda gosto, gosto pra caralho mas parece que ela não quer mais, que ela nunca quis de verdade.

Olhando o Topper vejo algo que sempre quis. Alguém que me ame e cuide mim, alguém que mesmo longe ainda pensa em mim e nos nossos momentos juntos.
Topper realmente gostava de Kendall, da pra ver isso nos seus olhos que pareciam ter purpurina nas pupilas, de tão brilhantes.
Lembro de dizer a Kendall para dizer essas mesmas palavras, eu fiz com que ela se afasta-se do cara que ela gosta e que cuidou dela, eu fiz com que eles não estejam juntos mais.

—Talvez ela ainda goste de você.—Solto sem pensar. Posso estar fazendo uma grande burrada, mas se isso acabar Kendall vai ter meu ombro pra chorar e meus braços para lhe dar conforto, então talvez eles devesse tentar novamente, dessa vez sem interrupções.—Mas ela ficou muito mágoa com o que você fez, isso não tem como voltar atrás.

—Acha que eu devo tentar falar com ela? Sobre isso.—Topper finalmente deixou de olhar para a dorminhoca e olha para mim.—Acha que tenho chances ainda?

—Acho que vocês tem que esclarecer o que sentem, você tem que merecer o perdão dela, tem que mostrar que se arrepende do que fez, se arrepende de verdade.—Dou um sorriso para confortá lo e volto minha atenção para a movimentar ao meu lado.

A garrafa tinha chegado, não só ela como mais 5 pessoas, uma delas? Nico Martinez.

pode ser brincadeira.

Porque ele está aqui? As pessoas realmente conhece ele da escola e só eu nunca o vi antes? Que merda é essa?

—Vamos repassar as regras.—O menino irmão da ruiva, diz com a garrafa em mãos. Chamando nossa atenção, vejo os recém chegados sentarem no chão, ainda em roda.—Primeiro, escolheu verdade? toma um shot de vodka, um pouquinho de coragem, segundo escolheu o desafio? Não adianta arregar e tentar voltar atrás, tem que acertar o que foi medido ou vai receber um desafio pior de todos aqui, terceiro, mas não menos importante, se divertem bastante.—Com o final de sua fala, os garotos dão gritos e fazem barulho batendo na mesinha ou cadeiras.

Animais.

—Vamos começar.

O sorriso no seu rosto me deixa assustada.
Não sei se foi uma boa ideia sair da sala para isso.

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