capítulo três

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P.O.V
Nico Martinez

—NICO, ACORDA MOLEQUE!—Escuto a voz grossa e meio rouca de longe. Olho para o teto e respiro fundo.

Lembrando que hoje as aulas voltaria, e não poderia me atrasar para o primeiro dia, me levanto da cama e vou para o banheiro. Lavo o rosto e escovo os dentes.

—Bom dia Nico.—Seth, meu irmazinho do oito anos, acho que e uma das poucas pessoas que amo nessa vida toda é que me importo de verdade.

—Bom dia rapaz.—Passo a mão em seu cabelo, bagunçado seus cachos e volto para meu quarto, enquanto Seth vai fazer suas necessidades.

Troco de roupa, arrumo minha cama e pego minhas coisas. Vou para a cozinha já respirando fundo para qualquer coisa que pudesse acontecer naquele cômodo.
Ao entrar encontro meu progenitor sentado na mesma cadeira de sempre segurando seu jornal de sempre com uma xícara cheia de café.

Como sempre.

Me obrigo a comer algo mesmo sem sentir muita fome e vou atrás do cereal nos armários altos.

—Acabou.—A mulher ruiva diz balançando a tigela com cereais e leite na mesa, onde meu irmão sentaria.

Agatha, quem seria essa bruxa ruiva? Simples, uma qualquer que meu pai engravidou e a colocou dentro de casa. Lembro que na época fiquei com muita raiva dele por colocar uma mulher dentro de casa, sem mais nem menos, poucas semanas depois da morte da minha mãe.

Agatha não é a melhor mulher do mundo, passou muito estresse durante a gravidez e quase perdeu Seth umas três vezes durante as brigas com meu pai. Depois do parto teve uma depressão bem profunda e tive que cuidar do pequeno ser humano já que meu pai nem fez questão de ir ao hospital para acompanhá-la.

Acho que seja pelo fato de eu ter cuidado do meu irmão bebê que ela não me ignora como meu pai. Mas isso também não faz dela a melhor mulher/mãe do mundo.
Lembro que teve dias que eu tinha que pegar um pouco do meu dinheiro guardado para comprar um leite e dar para uma criança de 1 ano de idade, já que ela não se lembrava de alimentar seu próprio filho.

Vendo o meu irmão descer e se sentar na cadeira a frente do seu pai, comendo sua tigela de cereal me obrigo novamente a procurar algo para comer.
Sem muitas opções pego uma das maçãs da cesta de frutas e a lavo para comer.

—Não vou estar em casa a noite então busque seu irmão na escola, deixei dinheiro pro jantar em cima da geladeira.—Sem delongas a mulher de pele clara e cabelos laranjas sai da cozinha e em seguida, da casa também.

Olho para geladeira e de longe vejo umas notas de 10 dólares. Olho meu irmão e percebo que ele já estava acabando, vejo no relógio que ainda tínhamos 20 minutos para a aula.

Escuto barulho da cadeira se arrastando no chão, meu pai se levantou e deixou sua xícara na pia antes de colocar seu jornal em cima do balcão. Sem despedidas ele sai, indo para seu trabalho.

Finalmente sozinho, livre de qualquer adulto que me faz ter calafrios, me sento ao lado do meu irmão e respiro fundo dando uma forte mordida na maçã, terminado com ela.

—Vamos?—Seth pergunta já arrumando a mochila em suas costas, não vi quando ele acabou de comer ou quando limpou o que sujou.

—Vamos.

Me levanto, pego minha mochila e as chaves do meu carro, antes de sair jogo fora o resto da maçã. Fomos para a garagem e entramos no carro.

▪︎~𖧷~▪︎

Depois de deixar Seth na sua escola vou para a minha, ela não é tão longe e a distancia uma da outra seria de 10 minutos andando. Então quando chego na minha escola, depois de menos de 6 minutos, estaciono o carro e saio.

Ao entrar no lugar que se parece um daqueles castelos medievais, vou para a secretaria. Tenho que pegar o meu horário e a nova senha do meu armário, todo ano eles mudam, para que? Não sei, porque não é como se isso fosse impedir alguém de arrombar o armário.

Chegando na secretaria, pego meu papel e a senhas, depois de agradecer a Lara saio da sala.
Distraído olhando o horário acabo trombando com alguém.

Garota.

Olhos claros, cabelo loiro, pele branca, vestindo uma saia amarela e uma blusa branca com estampa de flores.

Apenas com essas características eu sei exatamente que tipo de garota ela é. Sei que é errado julgar o livro pela capa, mas todas as garotas dessa escola são mimadas e fúteis, então é meio impossível não olhar para essa típica americana loira e branca e dizer que ela não é mimada.

—Desculpa.—Peço antes que ela possa abrir a boca, uma coisa que eu não quero é menina chorando ou me xingando por algo simples desse.

—Tudo bem, não te vi aí.—Sua voz meio fina demais, soando o mais simpática que ela conseguia, o que não parecia ser muita. Vejo a garota ficar parada olhando para mim, como se analisa-se alguma coisa, vem.—Primeiro ano aqui?

pode ser brincadeira.

Sei que não sou a pessoa mais social possível e muito menos imprecionante, mas ela nunca ter me visto aqui? Tudo que eu não podia falar muita coisa, afinal eu nem sabia quem era ela.

—Não.—Sem demora eu saio para longe dela. Não iria ficar ali para ser humilhado de alguma forma com essa garota que acha que está um filme Teen onde é a protagonista.

Vou para a quadra fechada onde sei que irei encontrar meu único amigo nesse manicômio, Miles.

~▪︎~▪︎~

Primeiro capítulo dele, Nico Martinez o garota que sofre mais que Juliette.
Com esse pequeno pov podemos ver um pouco de como e a vida do nosso protagonista.

O pequeno Seth é a coisa mais fofa e vocês vão amá-lo.

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