18. me conheço, menos ninguém

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Me sinto covarde.
É uma fragilidade absurda
de minha parte dizer
tal fim,
mas a realidade me fez de
palhaça.
Não sou forte.
Não estão prestando atenção em mim. E ninguém nunca vai mostrar porquê age como tal.

Dói dizer que isto é um alívio.
O mundo não gira
em torno do meu ser,
e minha existência é tão
ignorante
quanto minha
asmissão
em relação a isso.

Não insistas. Realmente os
holofotes foram uma ilusão
dos meus sonhos.
Digo isso
pois ainda quero
ser escritora,
e não quero que
meu medo de
fracassar
perante todos me distraia disso.
Pois, então, sou e
serei sempre um anonimato,
uma carta sem destinatário,
e preciso impedir que as
palavras
me sufoquem.

Viva ou morta,
quem se importa?
Sempre serei
mais verdadeira com
o papel do que
com as pessoas,
pois então,
que diferença faz?

Somente eu
determino quem sou.
Não uma pessoa.
Qualquer outro pedaço de
papel
com meu nome
não escrito por mim
é falso.

Somente eu sei de minhas verdades.
E elas morrerão comigo.

A teoria do coração quebradoOnde histórias criam vida. Descubra agora