Márcia
Quando Hugo foi sequestrado meu mundo simplesmente caiu...
Poxa tantos anos ao lado dele e eu nunca consegui expressar meus sentimentos, meu medo era não dar certo e e perder nossa amizade.
Malu - Que foi que tu tá pensativa? — perguntou e sentou na nessa comigo —
Marcia - Se eu te contar você jura que vai ser sincera comigo? — perguntei apreensiva —
Malu - Claro que vou, pode falar
Márcia - Eu nem sei como te falar isso, mas sei lá quando o Hugo foi sequestrado eu me arrependi de nunca ter falado o que sentia pra ele eu orei tanto pra Deus me dar uma segunda chance pra que eu pudesse contar pra ele o que sinto, mas agora não sei como falar pra ele não sei se ele sente o mesmo eu tô muito confusa, são anos de amizade e eu não quero falar e acabar estragando tudo — falei e já comecei a chorar —
Malu - Amiga calma, se você sente você tem que falar e não fica apreensiva não se ele não sentir o mesmo pelo menos você tentou e é melhor tentar do que ficar todos os dias pensando em como seria se você tentasse — falou enxugando minhas lágrimas — Chama ele pra cá — falou e beijou minha bochecha — tchau amiga to indo pro curso.
Malu
Hoje vou começar a fazer um curso de administração, passou um pessoal lá na escola divulgando e como é de graça vou fazer e o melhor é que se eu for direitinho ganho ponto em algumas aulas e eu tô precisando se eu reprovar aí é que não vou arrumar um trampo digno. Assim que sai de casa já queria voltar pra dentro, essas horas da manhã e um puta sol desses, pelo menos o curso era aqui no morro mesmo mas é um pouco longe. Peguei meus fones de ouvido e já fui escolher uma música, comecei a andar quando vi o carro do GM se aproximando mas não adiantou muito ele parou o carro do meu lado abaixou o vidro e ficou me encarando
Malu - Tô cagada? — perguntei vendo o mesmo rir —
GM - Do jeito que tu tem medo de mim deve tá sim — falou me fazendo revirar os olhos e sair andando — Espera porra, tá indo pra onde? —
Malu - Pelo que eu saiba meu pai tá morto e nem ele quando tava vivo perguntava pra onde eu ia
GM - Entra aí eu te levo — falou me fazendo erguer a sobrancelha — Tá indo pro curso não tá? — olhei sem entender nada — Entra logo que eu não tenho o dia todo
Malu - Então vai resolver suas coisas, Deus me deu duas lindas pernas posso muito bem ir andando — falei e virei as costas andando —
GM - Se fode nesse sol quente então otaria — Falou e arrancou com o carro —
Queria muito uma caroninha mas não sou louca de entrar no carro com ele.
Horas depois
Vitor - Qual é vai negar voz mesmo? — paguei de loca e continuei andando — Pô gata da uma atenção aqui — falou me puxando pelo braço —
Malu - Me solta porra tá maluco? — gritei puxando meu braço de volta — Já falei que com gente do crime não me envolvo, me deixa quieta na moral cara — falei e sai andando —
Porra o cara tava enchendo meu saco a dias querendo ficar comigo de novo e o pior é que tava querendo mandar em mim como se eu fosse esposa dele, cara sem noção porra. Tô cheia de b.o já quero mais não. Guiei pra casa e já fui direto pra cozinha tava na maior larica, fui esquentar a comida e logo ouvi porta abrir mas nem sei bola imaginado que seria a Márcia mas me enganei.
GM - Hm, cheguei na hora boa em gata — disse entrando na cozinha - Ih qual foi tá fazendo tratamento do silêncio?
Malu - Só não quero papo - falei e ele nem rendeu, coloquei minha comida no prato e quando me virei ele tava em pé atrás de mim — que susto assombração — desviei dele e me sentei na mesa —
ele nem falou mais nada colocou comida pra ele sentou na mesa também, quando terminei de comer coloquei meu prato na pia e ja lavei.
GM - Lava o meu também, na moral - nem falei nada só assenti e lavei enquanto ele ficava parado me olhando -
Malu - Quer me falar algo? - perguntei ficando de frente pra ele -
GM - Quero não pô
Malu - Tá em cima de mim por que então? - perguntei e ele agarrou minha cintura - me solta!
GM - Qual foi maluca, quando tu tava morando comigo tu me dava moral - falou beijando meu pescoço -
Malu - Te dava moral por que tava mal psicologicamente, por que achava que se não desse você tentaria algo pior, não vou mentir não teu beijo é bom e tua pegada também mas tô de boa, quero distância — ele ficou me encarando por mais alguns segundos e saiu calado -
Antes eu achava que tinha algum sentimento pelo Guilherme, não sei se era só medo ou se era uma forma de tentar fingir que eu estava feliz, hoje eu olho e me pergunto como eu consegui beijar ele como eu consegui me imaginar ao lado dele isso com certeza não é o que quero pra mim.
Meu celular começou a tocar e quando fui olhar era um número desconhecido
- Olá boa tarde, falo com Malu Medeiros?
Malu - Olá boa tarde, sim sou eu mesma
- Sou da clínica de dentista que você fez entrevista, queríamos saber se você ainda tem interesse na vaga?
Malu - Ah claro, tenho interesse sim
- Consegue começar amanhã então? as 08:00?
Malu - Sim, consigo sim, estarei aí
- ok então, obrigada tenha uma ótima tarde
Agradeci e desliguei a chamada, graças a Deus me chamaram orei tanto por um emprego, é um salário de jovem aprendiz mas já está ótimo pra mim. Como não tenho que ajudar aqui da pra guardar até ter o suficiente pra começar a comprar minhas coisinhas.
•••
Próximo capítulo somente com meta atingida de 300 curtidas e 100 comentários.(sei que perdi a essência e não tenho tantas ideias como antes, por isso peço pra que qualquer coisa que esteja chata ou sei lá podem me avisar)
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Vendida ao dono do morro
Roman d'amour"Venderam meu corpo e minha alma..." Ao ser vendida para pagar dívidas de seu pai ela vira "propriedade" do dono do morro e não ela não vai aceitar ser de alguém que ela odeia tão fácil...