capítulo 1

55 3 0
                                    

            Diana Sanches

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

            Diana Sanches

Não é possível dizer que a adrenalina não está  percorrendo meu corpo pois está.

Ela me faz ficar alerta a cada passo que dou para dentro da Rocinha a mesma cria vozes na minha cabeça dizendo que a morte está na estreita só me esperando dá algum passo em falso para me pegar.

Lídera o primeiro batalhão do BOPE não é uma tarefa fácil e a prova viva disso são as noites de sono mal dorminda aquele sentimento de que vidas estão nas suas mãos.

Que ao sair daqui só restarão corpos de pessoas que não tem nada a ver com o confronto mas estavam na hora errada no lugar errado.

A noite é a melhor amiga nossa pois é entre as sombras que o BOPE surge para dizer que a guerra não acabou e junto vem a morte deixando seu rastro.

Tiros são ouvidos de longe e a nosso único dever é acabar com o tráfico a final se a polícia federal não dá conta.

BOPE é chamado.

Nos não somos como eles pois nos entra para matar não para salvar vidas e sim para cortar nas raízes o mal dos traficantes.

-capitão Sanches eles estão recuando e estou com o soldado Souza ferido-fala o soldado Ferreira pelo rádio me tirando dos meus pensamentos.

-Atenção porra quero todos os soldados feridos nos carros agora os sobreviventes vão avançando agente não vai recuar...ENTEDERAM AGENTE NÃO VAI RECUAR-falo pelo rádio e logo escuto eles concordarem.

Começo atira trocando tiros com um traficante a 4 metros de mi o mesmo é novo e não sabe controlar uma arma logo consigo atira no seu braço fazendo soltar longe a arma com isso me aproximo com mais seis soldados.

Quando me aproximo vejo que é apenas um adolescente  que não tem culpa de escolher o lado mais fácil para sobreviver o mesmo me olhar com ódio mais as lágrimas não o deixa presta muita atenção nisso.

-soldado Castro pega ele e leva para a Van-falo e logo o mesmo é levado da minha frente.

-capitão agente tem que para a crianças escondidas e não matamos crianças inocentes-fala me co-capitão e simplismente viro a arma deixando ela na minhas costas.

Solto um suspiro e não muito longe vejo duas crianças escondida atrás de um carro que esta cheio de marcas de tiro deixando claro que o BOPE não brinca em serviço.

-ok vamos voltar-falo não querendo mais que aquelas crianças e outras vejam essa matança que nunca acabará.

-Atenção todos recuam vamos acabar poraqui o estrago foi grande-falo no rádio e logo todos começam a voltar para os carros.

Pelo caminho que eu vou é possível perceber que aqui é onde a mais civis mortos por tentarem ir contra nós.

O erro deles é achar que conseguem nos matar mas isso não acontece pois somos altamente treinados e já sabemos que a morte é nossa única amiga.

Quando você entra no BOPE oque eles deixa mais claro para você é que ao entra na favela ou você sai morto ou vivo agora oque acontece lá dentro quem você mata ou deixa de matar é problema seu afinal.

Não somos qualquer polícia.

-descupa pela informalidade mas você está acabada-fala meu único amigo no meio desses loucos.

-essa é a vida de uma mulher que trabalha no BOPE-falo deixando um sorriso sair.

-você sabe que logo isso vai acabar-fala confiante.

-sua esperança me dá ânsia pois você sabe mais que ninguém que isso nunca vai acabar...afinal o governo precisa da gente e quantos agente mais mata mais aparecem são como ratos sempre multiplicando-falo descendo o morro com todos eles apontando as armas para todos lados.

O horror na cara dos moradores me faz soltar um suspiro pois quando eles vão perceber que nós somos oque mantém a maior parte deles vivos.

-o seu ódio por eles me dão esperança-fala rindo ajeitando sua arma.

Somente resmungo pois já estou cansada disso tudo não é fácil para lidar com tudo isso e não sair com nenhum trauma.

Aqui o sistema tá nem aí para você afinal o sistema entrega a mão para salvar o braço.

Se não fosse por nós eles já estavam mortos de tanta merda mas isso não ajuda em nada.

-depois de hoje eles tem que aumentar nosso salário-fala Silva um dos meus melhores  atiradores.

-pede para o sistema dessa porra toda a final eles mandão agente enves daqueles cuzão vim no nosso lugar-fala Silveira que estava ao meu lado.

-aqueles lá estão com merda até no pescoço-um soldado fala e todos ficam em silêncio.

-esse é nosso trabalho estamos aqui por causa deles então não ficam reclamando de bucho cheio afinal todos vocês tem uma lista enorme de mortes assim como eu-falo depois do silêncio que estendeu-se entre eles.

-Quantas crianças a gente vai ter que perder para o tráfico, pra um playboy enrolar um baseado? Eu fico puto com gente que nasce com oportunidade e entra nessa merda-fala Silveira.

Eu concordo com ele várias crianças inocentes entram para o tráfico achando que irão ter uma vida melhor , levar comida para dentro de casa e depois podem sair ilesos.

Mas essa porra engana todos.

Quando você entra nesse mundo só sai morto dentro de uma vala com formigas saindo pela boca só por causa que um playboy de Copacabana quer fumar um baseado , depois a família que sofre porque muitas vezes não pode ter um velório digno.

Não posso fazer nada.

Mesmo sendo líder eu continuo obedecendo ordens uma coisa que não aceito mas em compensação eu tenho respeito dentro do BOPE não é qualquer que me dar ordens todos lá sabem que mesmo eu sendo mulher sou igual uma bomba sempre perto de explodir.

As vezes desconto minha raiva toda mas missões e isso gera muito trabalho para os encarregados de retirar os corpos.

Afinal o BOPE entra para matar.

Olho para frente e vejo os carros logo todos entra assim que entro coloco o cinto e olho para a favela a minha frente.

-quando isso vai acabar...

                       

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


                       

Além da Mira Onde histórias criam vida. Descubra agora