12. The start of the end

1.2K 119 108
                                    

O início do fim

JUNE ANDAVA DE UM LADO PARA O OUTRO ANSIOSAMENTE. Havia acabado de contar tudo a Henry — e Pandora que se juntara a eles a meio por ter ouvido gritos vindos dos dormitórios na sala comunal.

Henry estava muito quieto enquanto Pandora acompanhava June a andar de um lado para o outro no dormitório como se dançassem.

Me desculpa, foi tudo minha culpa. Nunca deveria ter resolvido o enigma. Sou uma idiota. Me perdoe, June. Pandora, que já tinha até mesmo derramado algumas lágrimas, despejava agora desculpas como se não houvesse amanhã, que eram respondidas na mesma velocidade e ânimo por June.

Não é sua culpa, quanto muito é minha por ter tido essa ideia de brincar com ele também. Se você não tivesse resolvido o enigma, alguém teria, iria dar ao mesmo. Pelo menos você o ameaçou. Ele é um idiota.

Henry se levantou abruptamente. O seu olhar estava calmo apesar de parecer inquieto. Pronto, tudo bem. Era só isso? ele inquiriu, recebendo olhares chocados das duas.

isso? Henry, você não ouviu nada do que eu disse? exasperada, a gémea mais nova levou as mãos à cabeça.

Ah, não se perde muito. Vai a ver e, no final de contas, só se adianta aquilo que era inevitável: a loucura dos Black. ao ver que nenhuma gostou do comentário, se acalmou, perdendo o sorriso nervoso que ostentava segundos antes. Eu também não gostei nada disso, mas era uma questão de tempo até algo assim acontecer, não há nada a fazer. Podemos falar com Dumbledore, mas duvido que haja algo a mudar nessa situação. É uma profecia, é indestrutível.

M-mas, Henry... os pensamentos de June só estavam mais confusos. Ela, para além dessa situação toda da profecia e dos pesadelos, tinha beijado Sirius. E gostado.

June, não se preocupe, ok? Eu sei que não faz sentido dizer isso mas é verdade. Não há motivo para preocupação. Qual é a melhor coisa que pode acontecer? Black ser atormentado, todas as noites para sempre, com o seu pior pesadelo? E a pior? Ele compartilhar sua alma? Nada demais. estremeceu com o olhar que as duas garotas lhe deram. Muito cedo? graças aos anos de prática a fugir da irmã, Henry conseguiu fugir do estalo que ela tentou lhe dar. Correndo em seguida pelo dormitório com a língua de fora para ela, tentando arrancar um sorriso à garota.

Acabaram deitados na cama com June no meio, sendo abraçada de lado por Henry.

Não havia nada a fazer agora, exceto falar com Sirius — mas isso ia esperar, June não era assim tão corajosa. Por alguma razão não estava na casa dos leões e sim na dos corvos.

.

Sirius estava junto ao lago negro quando James o encontrou. Com a cabeça entre as mãos e os joelhos dobrados contra o peito, James achava que era impossível Sirius parecer mais miserável. Mas corrigiu esse pensamento quando Sirius levantou a cabeça e olhou para ele. Sirius estava mais do que miserável. Parecia louco.

Tinha os olhos bastante arregalados e um sorriso numa mistura entre sonhador e lunático desenhado nos lábios. Os seus cabelos bagunceados e o nó da gravata desfeito.

Sirius? Tudo bem?

Eu a beijei, Pontas. Eu a beijei e ela me expulsou do quarto. Será que eu beijo mal? Me beija, Pontas. Sirius se inclinou para a frente, pronto para beijar o Potter que se tinha baixado para ficar na altura dele. Teria o beijado se não fosse pela mão de James a impedi-lo.

𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐄𝐓, Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora