Intercâmbio ● [𝚃𝚜𝚞𝚔𝚒𝚢𝚊𝚖𝚊]

Primeiro dia de aula

- 𝚃𝚊𝚍𝚊𝚜𝚑𝚒:

07:00 min

Era o meu primeiro dia de aula e eu estava muito nervoso, mas aquela família que eu estava me apoiava muito, então me sentia seguro. A casa de família em que eu estava hospedado nos Estados Unidos era acolhedora e cheia de vida, com alegres vozes e risadas sempre preenchendo o ar. 

Naquela manhã, eu me vesti. Quando desci as escadas, senti o cheiro reconfortante de panquecas que a Sra. Aubrey estava preparando na cozinha.  Ao meu lado, Shoyo já estava conversando animadamente com o filho do casal, que estava curioso para saber tudo sobre o Japão e o Brasil.Após um café da manhã delicioso,  Ava nos levou para a escola em seu carro. Ela nos tranquilizou, dizendo que o primeiro dia de aula poderia ser intimidante, mas que logo faríamos muitos amigos.

Chegando à escola, Shoyo e eu trocamos um olhar nervoso antes de entrarmos no prédio. Nós dois sabíamos que estávamos no mesmo barco, enfrentando um novo ambiente juntos. A secretária da escola nos ajudou a encontrar nossas salas de aula, e, enquanto eu caminhava pelo corredor, tentava lembrar de todas as palavras em inglês que havia aprendido.

Minha professora, a Sra. Davis, foi incrivelmente acolhedora. Ela percebeu que eu era novo e fez questão de me apresentar a todos os alunos. Eu senti um misto de nervosismo e gratidão ao ser recebido com sorrisos amigáveis. Shoyo também teve a mesma experiência em sua sala de aula.No intervalo, Shoyo e eu nos encontramos e compartilhamos nossas experiências. Ele me contou sobre as diferenças entre o sistema educacional no Brasil e nos Estados Unidos, e eu compartilhei minhas primeiras impressões sobre os colegas de classe. Foi nesse momento que algo surpreendente aconteceu. Enquanto estávamos conversando, meu olhar se fixou em um garoto alto de cabelos loiros, um rosto que eu conhecia bem, mesmo após tantos anos. Era Kei, ou como eu o chamava, Tsuki.

Minha surpresa deve ter sido óbvia, pois Shoyo perguntou quem era o garoto. Com um sorriso nostálgico, contei a ele sobre como Kei e eu éramos amigos de infância no Japão. Como o destino poderia ser tão irônico? Encontrar Tsuki em um lugar tão distante e em um momento tão crucial de minha vida!

19:00 min

No final do dia, minha ansiedade já havia diminuído consideravelmente. Voltei para casa, compartilhei a surpresa com a família e me peguei pensando em como aquela reunião inesperada tinha o poder de me fazer sentir mais conectado a tudo o que estava acontecendo. A vida, de alguma forma, estava se entrelaçando, unindo passado e presente, e eu estava ansioso para ver como essa nova fase da minha jornada se desenrolaria.

21:00 min

Na hora de dormir, acabei não conseguindo pegar no sono, me perguntava se devia falar com ele, se ele me reconheceria, afinal faziam anos sem contato.