-E então? - Perguntei desviando os olhos da televisão para suas mãos brincando com as minhas.
-E então eu tive que matá-lo. Poxa, Jaehyunie, ele não precisava ter me irritado tanto.
O bico na boca dele disfarçava qualquer resquício de maldade que ele tinha. Poderia ter me surpreendido, mas foi numa dessas "missões" que nos conhecemos. Em resumo, eu estava no local errado e na hora errada.
-Tae, você não pode matar pessoas só porque são irritantes. Na verdade, seria melhor se você não matasse pessoas.
-Pensa comigo. - Subiu no meu colo para poder me encarar. - Se eu começasse a não matar agora, não faria diferença nenhuma, ainda mais considerando que já acabei com trinta e sete de uma vez. O inferno já é meu.
-Amor, pensa comigo. - Coloquei as mãos em sua cintura para grifar meu ponto. - Se você parar por agora e se arrepender, pode conseguir um lugar no céu.
-Meu bem, só de ser gay eu já não vou pra lá.
Abri e fechei minha boca algumas vezes, ele ganhou no argumento. Ouvi sua risada, ele escorou a cabeça no meu ombro enquanto seu corpo tremia pelo riso.
-Jaehyunie, onde estava?
-Biblioteca, falei que ia lá fazer trabalho com Doyoung.
-Doyoung o gayzinho que não sabe que é gay?
-O próprio.
-Vem cá, Jae, já pensou em contar pra ele?
-Já, decidi deixa-lo descobrir sozinho.
-Mas vai demorar.
-Tae, já tá demorando. - Riu novamente abraçando meu pescoço.
-Ajuda ele.
-Não quero.
-Não seja ruim.
-Não sou ruim, hoje ajudei uma dona a carregar as compras, a obra de caridade já tá feita.
-Você é impossível. - Juntou nossos lábios sorrindo.
-E você gosta.
-Quem disse?
-Eu sei que gosta.
-Você sabe demais. - Apertei seu quadril e ele suspirou, separando o beijo. - Não faz isso não, bateram na minha coluna anteontem.
-Por que não me falou? - Levantei sua blusa e encarei o hematoma até grande em sua costa.
-Ah não vi necessidade. Já passei e tomei os remédios, vou ficar bem.
-Pelo menos não foi uma bala. - Riu e abraçou minha cintura, deitando a cabeça em meu ombro novamente. - Quer dormir um pouco? - Tarde demais, já havia dormido.
Bem, Taeyong era assim, fofinho comigo e sem misericórdia com qualquer outro. Não se importava em se livrar de qualquer obstáculo que aparecesse em sua frente para conseguir o que quer.
Bonitinho.
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bite me · jaeyong
FanfictionEm um mundo de facções, Jaehyun era o único que conseguia tirar a marra de Taeyong. Short-fic