Daddy ussules

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15/01/23

*Pode conter gatilhos, não recomendado para -12 anos, aviso dado, aproveitem a leitura*

~Dante~

Bem, hoje eu acordei eram 7:30 da manhã, meio cedo, de acordo com meu fuso horário. Fiz tudo que tinha que fazer, tomei meu banho, escovei os dentes, me troquei, pentei meu cabelo e desci para a cozinha.

Chegando lá, vi meu pai, Manjiro, era raro ver ele acordado essas horas, então fiquei um tanto curioso, e depois de uma belíssima discussão interna se deveria comentar ou não, eu disse

- Pai? Bom dia -falo um pouco sonolento ainda, mas tendo um tom de animação na voz mesmo assim-

- Dante, não quero conversar agora, eu virei a noite fazendo um relatório para a empresa e não dormi nada, só cala a boca -falou em um tom ríspido e frio, nada diferente do normal-

-Certo, vou só pegar um suco e ir direto para a aula - eu falo no mesmo tom, um pouco menos animado, é sempre assim, eu já acostumei... mas eu não queria... Ok, sem pensamentos depressivos agora, isso não vai me ajudar a entender as Grandes Navegações que a professora vai ensinar hoje-

-Tanto faz, chegue vivo em casa, pelo menos - ele realmente não se importa se eu chego vivo ou não, mas ok-

Eu pego o suco e vazo de lá, eu prefiro ir para aquele hospício mirim do que ficar em casa

Chegando lá, eu encontrei o senhor Yaishie, o tiozão que cuida do portão, super meu amigo ele, claro.... Ele é o único... único sentimento que eu tenho perto de um pai.

- Bom dia SR.Yaishie! -falo um bom dia normal-

- Bom dia Dante, tudo certinho?

- Tudo sim, até mais então, tenho que estudar

- Isso mesmo, estuda bastante

Então, eu entro na escola, nada mudou desde semana passada, mês passado, ano passado, tirando que tem uns trabalhos de desenho do infantil colados no corredor, tem que chamar um especialista pra desvendar o que está escrito neles, não é possível

Enfim, vou pra minha sala, 107, sem segundas intenções, tô de olho.
Eu vou para a minha carteira, me sento  no fundo da sala encostado na parede, não poderia desejar um lugar melhor pra ficar, é ainda melhor já que meu amigo senta do meu lado, o Heyuki.

- Boa tarde -chega o Heyuki por trás-
Tá beleza Dante?

- dou um pulinho por causa do susto- Ah, tudo sim, mas espera... Você disse  boa tarde?

-sim, respeita meu fuso horário

-cada louco com a sua loucura né

-é, mas enfim, vai la pra casa hoje, meu cachorro miou que estava com saudade de você 

- Meu Deus, que desculpinha esparramada ein, Heyuki?. Vou sim, pode deixar

- foi ruim, foi, mas funcionou

- Solto um suspiro cansado-

- Não posso negar, sempre funciona - falo em um tom de rendimento-

Depois disso, eu continuo minha vida normalmente, presto atenção na aula, sério, nunca vi algo tão legal quanto as Grandes Navegações, talvez perca somente para a segunda guerra.
Quem falar que o descobrimento da América foi só uma corrida de quem chega primeiro, eu pego de soco.

Certo, a aula de história acabou e fomos direto para o intervalo, nada de novo lá também, só umas pessoas me olhavam com medo ou nojo, talvez pelo fato de eu ser filho de um mafioso, mas não sei.
Achei minha amiga, Saky, ela é um ano mais velha que a gente só, ela é do oitavo e eu e o Heyuki somos do sétimo, já cheguei nela dando um abraço por trás.

-Saky!! - falo calmo e animado também-

- Que susto pirralho! -ela dá um tapinha na minha cabeça-

-Bom dia né senhora? -chega o Heyuki na frente dela-

- Bom dia pirralho 2 - fala em um tom bravo, mas carinhoso ao mesmo tempo-

-Vai lá em casa hoje -o Heyuki disse-

-Nem precisa convidar, já ia pra lá mesmo

-Olha que folgada...

Depois disso, comemos, eu comi morango com creme de avelã, o Heyuki comeu todas as bolachinhas da Saky, ela teve que se contentar com uma maçã que ela tinha de reserva, amor de amigos né gente?

Tocou o sinal denovo, hora de voltar para a cela, digo, sala de aula. Tive aula de português e matemática, nada a declarar, meio chato, mas da para suportar, por enquanto.

Por pura obrigação vinda por parte da Saky, fui para casa pegar uma mochila que eu já tinha pronta, apenas com coisas tipo, escova de dentes, toalha e uma muda de roupas, uma de frio e uma de calor, apenas pelo fato de acontecer outra briga mais seria lá em casa.

13:00

- Pai, cheguei mas eu já estou saindo, vou para a casa do Heyuki.

Manjiro não responde, estava muito ocupado, provavelmente vendo algum carregamento da sua "empresa", como ele costuma chamar.

Pego minha bolsa e saio sem falar nada, qualquer lugar está melhor que minha casa nesse momento, eu juro.

Ando uns 20 metros e chego na casa do Heyuki, tiro meus sapatos, e que porre que é tirar all star, aquele negócio gruda no pé estilo cola, incrível 

A casa era coisa simples, tinha 3 quartos, 2 banheiros, lavabo, sala e cozinha todas juntas. Toco a campainha e já escuto o latido do Leiki, um Golden Retriver que só falta cair meu braço de tanto que ele lambe, logo atrás uma voz de criança grita, eu não conhecia aquela voz, o indivíduo deveria ter no máximo 6 anos.

A porta se abre e eu quase caio para trás ao ver o cachorro pulando em cima de mim, já que estou acostumado, seguro o cachorro e entro na casa. Vejo o tal indivíduo, ele realmente parecia ter 6 anos, já chego dando oi para os pais do Heyuki, educação é tudo.

- Boa tarde, tudo bem?

- Dante, que bom te ver, tudo certo por aqui, e você? -Diz a mãe dele, bem carinhosa cono sempre-

- Tudo bem Sim, o Heyuki está no quarto dele?

- Está sim, a menina também... como é o nome....

- Saky?

- Sim! Eu esqueci o nome dela, a idade chega uma hora, não é?

- Que isso, tá nova ainda,bem, eu vou indo lá então

- Isso, vai sim

Então, eu vou pro quarto do Heyuki, já sabendo o que vou perguntar, a questão sendo o sujeitinho na sala. Eu dou duas batidinhas na porta

- quem me chamas? -Uma voz masculina familiar-

-Policia Militar

-Rápido, tira os baseados de cima da mesa - escuto aquela voz feminina já bem familiar-

- Abre aqui, logo

- Nossa, apressado -A Saky abre a porta do quarto, estavam ela e o Heyuki jogando algum jogo que eu não me dou ao trabalho de lembrar qual, enfim, eu entro no quarto, ele tinha uma cama de casal, mesinha de cabeceira, um armário, de onde o Heyuki deveria ter saído há tempos, mas isso é outro assunto, e uma mesa com um PC gamer-

problemas com o papai -Manjiro Sano-Onde histórias criam vida. Descubra agora