A vida das fadas não é assim tão fácil. As pessoas têm medo delas, e os tenebrosos despreza-nas. E quando o misterioso assassino de fadas aparece nas ruas, tu, uma estudante talentosa de uma escola de ballet, estás destinada a detê-lo.
Readaptado "...
Atravesando o palco com uma túnica leve enquanto tremes por todo o lado. Os teus dedos caem profundamente nos ombros, mas isso não te ajuda a manter quente. É como se tu andasses sobre gelo fino ao invés de piso liso, ou pior ainda - que tu andas sobre uma corda bamba da qual agora vais cair. Vais cair... Cair até a morte... Estás com medo. Não tens medo do público, nem do juri e suas avaliações, mas daquele que está seguindo os teus passos. O mostro. O mostro. O maníaco. Ele aproxima a cada segundo que passa, mas por alguma razão ele não ataca. Ele demora. Como se ele estivesse a brincar contigo.
??? - Minha doce e marota...
Suas palavras ecoam pelo salão, e só então percebes que não há espetadores nos assentos ao teu redor. Não terás que dançar para o júri, o teu pai ou tua irmã. Hoje ele vai te observar sozinho - um louco possuído por fadas.
(Quando é que me vais deixar em paz?! Chega disto!)
Palavras desesperadas escapam dos teus lábios e um véu nublado cobre os teus olhos. Estás à beira do palco, olhando freneticamente ao teu redor, mas o mundo ao teu redor está a escurecer, sendo arrastado pelas lágrimas. Sentes que ele está por perto. Ele está tão perto. O seu hálito ardente está prestes a deslizar sobre a tua pele enquanto ouves o seu sussurro venenoso.
??? - Deixar-te em paz?
O zombar em sua voz te faz sentir tremendo de frio.
??? - Não, pequena fada, isto não faz parte dos teus planos. És muito vivida para isso... muito atraente...
Os dedos frios apertam a garganta, e fica mais difícil respirar. Os lábios do mostro movem ao longo da curva do teu pescoço, acariciando, fanzendo sentir assustada de morte.
Duas semanas voaram como se fosse um único dia. Praticas até um estado de loucura, na esperança de te perderes na dança.
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Tentas não pensar no maníaco, os demónios o levaram, ou nos teus medos e pesadelos que te surgiram na mente quase todas as noites. Assim que fechas os olhos, o vês - o mostro que estava a matar as fadas. Não importava onde tu tentasses te esconder dele, ele sempre te encontrava. Ao menos havia um fato agradável em tudo isso: sempre te libertavas dos grilhões do pesadelo antes qua o assassino pudesse tirar a tua vida.
Tina - Entra, entra! Controle de solo para Stella.
Animas e olhas para a Tina, que se afundou cansadamente no banco na aula de balé. A aula da ditetora tinha acabado e tu precisavas tomar um banho, mas já não tinhas mais energia nem para isso. Christina vos fez trabalhar até os ossos ainda mais do que de costume, exigindo dar o melhor de vocês mesmos.
Stella - Desculpa, eu me perdi em pensamentos. Tina - Tens feito muito isso ultimamente... Só pensas e relfetes, depois refletes e pensas. Suponho que um tenebroso é o culpado pelo teu devaneio?
