JEON JUNGKOOK

VINTE E TRÊS

Jeon Jungkook...

Consigo segurar Jimin antes que ele chegasse ao chão, não consigo descrever o que estou sentindo no momento.

Pego ele em meus braços e levo para nosso quarto às pressas, coloco ele na nossa cama e tento chamar ele mais nada. Ligo para o médico de confiança da nossa e exijo que ele venha atender meu esposo.

Sento na cama ao seu lado e toco seu rosto e a única coisa que vem na minha cabeça é aquela maldita noite.

DIAS ANTES

"Estou no meu carro voltando de uma reunião importante, estou exausto por ter passado horas enfiado em meu escritório.

Deixei Enrico para trá, para que ele possa se  divertir um pouco nessa nova cidade. Meu motorista fica em silêncio o caminho inteiro, e eu agradeço por isso.

Ele estaciona em frente ao hotel, logo um rapais abre a porta para que eu desça. Reviro os olhos com isso, acho extremamente desnecessário esse tipo de coisa. Mas ele é orientado a fazer isso.

Entro no hotel e quando estou de frente ao elevador ouço passos de saltos apressado atrás de mim.

- S-senhor Jeon, sinto muito, eu tentei ligar para o senhor avisando que sua esposa está em seu quarto _Uma moça jovem diz de cabeça baixa.

Minha esposa?

_Que porra é essa? Meu esposo está a mais de quilômetros daqui. Quem você deixou entrar em meu quarto sua inútil? _Falo já me exaltando.

A moça se treme inteira e não consegue falar absolutamente nada. Bufo em frustação e entro no elevador assim que ele chega, estava pronto para matar quem estivesse naquele quarto.

-Ercole, suma com essa mulher _Falo para um dos meus seguranças que arrasta a moça da minha frente.

-Você! Fique aqui _Falo para o outro que iria  entrar junto comigo.

O elevador sobe até o meu andar, eu mesmo que vou matara pessoa que estiver no quarto. Saio do elevador com sangue nos olhos, quando abro minha porta dou uma olhada no quarto e não vejo ninguém.

Dou uma olhada em tudo e não acho nada, respiro fundo achando tudo aquilo muito estranho. Por que aquela mulher falaria que uma pessoa estava em meu quarto sendo que não tem ninguém?

Quando resolvo trocar de roupa, o telefone do quarto começa a tocar.

-Diga! _Falo já ficando nervoso novamente.

-Senhor Jeon, seu sogro está aqui na recepção aguardando pelo Senhor.

Era só o que me faltava.

-Fale que já estou descendo _Desligo a chamada.

Desço novamente de elevador e vou até a recepção querendo saber o que meu querido sogro está querendo falar comigo.

-Meu genro preferido _Ele fala abrindo os braços.

Olho para ele e vejo que está sozinho, ele continua com os braços abertos mas vai abaixando assim que vê que eu não vou abraçá-lo.

-O que quer aqui? _Pergunto sem rodeio.

-Gostaria de falar sobre um assunto muito sério, me acompanhe em um drink? _Ele pergunta.

Vejo que ele me parece um tanto desesperado, e acabo aceitando."

Saio dos meus pensamentos assim que vejo que estou sentado na sala e sou despertadopela fala do médico.

-Seu esposo teve uma queda de pressão senhor Jeon, provavelmente provocado por algum estresse _Ele fala colocando algumas coisas dentro da sua maleta.

Saio do quarto com o doutor.

-Nas condições que ele se encontra não pode se alterar, então aconselho que ele fique alguns dias de repouso _Ele diz arrumando suas coisas na maleta.

-Nas condições queele se encontra? _Pergunto confuso.

-Seu esposo está grávido, senhor Jeon _Ele diz com um sorriso no rosto.

Quando escuto essas palavras não consigo ter reação alguma. Meu esposo está grávido? Um bebê?.

-O senhor está bem? Está um pouco pálido _Ele pergunta preocupado.

Meu Deus eu vou ser pai!

-Enrico? _Chamo.

Enrico entra na sala me dando um olhar de confusão, acho que se perguntando se eu queria que matasse o médico.

-Acompanhe o doutor até a saída _Falo me acomodando no sofá.

Os dois sai pela porta enquanto fico olhando para a lareira. Eu não acredito ele está esperando um filho meu, eu vou ser pai porra.

Preciso cuidar dos dois agora. Me levanto e vou até nosso quarto. Quando abro a porta vejo que ele está acordado olhando para a parede em sua frente.

-Anjo? _Chamo.

Ele me olha e me faz assustar, ele não está mais com aquele brilho inocente em seu olhos. Está vazio.

Como se estivesse perdido em seus próprios pensamentos, e eu não gosto nada disso.

-Eu estou grávido? _Ele fala com lágrimas nos olhos, não sei se é de felicidade ou não.

Sempre quis engravidar Jimin, e vim tentando todos os dias.

-Sim meu Anjo, vamos ser papais _Me aproximo dele sentando na cama e beijando sua testa com delicadeza para não assustar ele.

-Está feliz? _Ele pergunta me olhando com receio.

-Mas é claro que estou, aqui está o fruto do nosso amor _Falo passando a mão em sua barriga. Ele fica olhando para onde eu passo a mão.

-Não quero que me toque _Falo baixo mas eu escuto.

-Jimin, não faça isso anjo. Não vá por esse caminho _Digo sombrio.

Nunca vou aceitar que ele me rejeite.

-Não esqueci do que vi. Não ache que eu vou ser um esposo troféu para você _Ele fala e vejo raiva em seu olhar.

-Não pode ficar estressado anjo _Mudo de assunto.

Não quero discutir com ele agora. Ele já passou por muita coisa.

-Agora você precisa descansar um pouco _Falo beijando sua testa.

Ele concorda com um aceno de cabeça e vira para o lado, vejo que seu celular está em cima da mesinha, pego ele. Me levanto e caminho até meu escritório.

Sentado no bar, fico pensando como vai ser daqui pra frente. Sei que devo descobrir tudo que aconteceu naquele dia, mas agora estou com outra coisa na cabeça.

-Jungkook _Fala Enrico entrando sem bater.

-Conseguiu achar a família dele? _Pergunto.

Quando estava subindo para vê Jimin, mandei mensagem para Enrico descobrir onde estava a família do meu anjo.

-Ainda não senhor. Explicou para ele o que realmente aconteceu?.

Ele pergunta se referindo as fotos que Jimin recebeu.

-Ainda não. Não quero deixá-lo ainda mais nervoso. Eu vou ser pai! _Solto essa bomba em cima dele.

-Porra. Você é realmente um louco.

Nós dois olhamos um para o outro e damos risadas, ele sabe que engravidei Jimin para termos um laço eternamente. Ele nunca poderá me deixa, sabendo que nosso filho iria crescer longe do pai.
.
.
.