♫ Our song - rinney

𖧧 Poeira ં

Intervalo acabando, e Finney está indo a caminho da clássica aula de matemática. Vance? Foi atrás de Bruce, que provavelmente não vai aceitar matar aula com ele.
Atrasado,  bate na porta.

— Entrem mocinhos.

Finney vai em direção a sua cadeira e se senta, o professor continua a falar sobre algo que Finn com certeza já sabia.
Desde que saiu do vestiário, começou a pensar na falta que o piano causava, não apenas o piano... As sensações que ele trazia.
Se sentia destante de tudo, vivendo de mentirinha, sua existência não teria razão nenhuma sem aquilo.

— Desgraça. - Sussurrou sentindo queimar por dentro.

Não queria participar de algo que não faz parte dele, Finn sentiu que estava fazendo drama denovo, mas pensando sobre seu lado, não é justo... Não é justo ter de fazer o quê não gosta, nunca pode entrar em nenhum clube, teve de aprender sozinho, quando finalmente conseguiu o que queria, tocar sempre, isso é tirado de si de forma inexplicável...
Amava aquilo tanto, tanto, tanto, de forma indescritível, não teria palavras pra explicar por quê fica feliz sempre que ouve um musical ou uma música, não teria fôlego pra dizer quanto aquilo era importante pra si.
Finney apenas, queria tocar pra alguém.

As engrenagens de sua cabeça começam a rodar mais devagar, seus olhos arderam. Sentiu uma lágrima derretendo sobre sua pele.

Robin se senta um pouco mais afastado, mas ele percebe, Finney não está nada bem.

Finn levanta, sai correndo.

— Blake!! Onde pensa que vai!? - O professor grita.

— Cala boca! - Robin retuca, correndo atrás de Finn.

Finney foi rápido, Robin procura nas salas vagas da escola, na biblioteca e...

— A sala de música.. Óbvio.

Corre até a sala, abre a porta discretamente, Finn estende os dedos pra cima das teclas.

Ao menos por um segundo Robin achou que ele tocaria, mas só escuta soluços ao invés de notas.

Tomou coragem e entrou na sala, fechando a porta.

— Ei, como você tá? - Disse preucupado, Finn apenas fechou a tampa do piano, e descansou a cabeça sob o braço apoiado no piano.

Robin se aproxima, se senta ao lado do garoto chorão.

— Uma semana.

— O quê? - Arellano não entende.

— Uma semana jogando naquele time horrível.

— Pensa pelo lado bom... - Nem fudendo que tu vai falar isso.

Finney ergueu a cabeça, olhando diretamente para Robin desta vez.

— Você fica bonito de uniforme.
"Falei também, foda-se"

O rosto do ex-pianista automaticamente tomou um tom mais avermelhado.
Riu fraco.

— Valeu, eu acho. - sorriu e lágrimas cairam denovo.

Finney ficou em silêncio... A cada coisa que pensava ficava triste, e Robin era um de seus motivos.

— Desculpa, não sei como ajudar... - Robin se sente meio culpado por não ter estrutura emocional pra lidar com a dor de sua musa.

Finney apenas prossegue com as lágrimas em silêncio, olhando para seus dedos sobre a tampa do piano.

"Tem papel e caneta aqui?" Rob pensou.

Viu uma partitura jogada no chão, se agachou e pegou, olhou a sala da direita para a esquerda vendo uma prateleira, umas duas guitarras empoeiradas na parede e uma mesinha, nessa ordem. Foi até a mesa branca, quase bege pela poeira acomulada, por um segundo agradeceu por não ter rinite nem nada do tipo.
Na sequência, Finney espirra e Robin ri baixo e descontraído.
Abre uma pequena gaveta e encontra fios de violão, uma tecla velha e outras tranqueiras, incluindo um lápis horrível de velho, sério puta que pariu, foi pra guerra esse coitado, mas claro que Robin se daria a mão farpada por um sorrisinho genuíno de Finn.

Finney ainda melancólico respirava cada vez mais devagar com o intuito de se acalmar, mas parte de seu corpo continuava adrenalizado com a presença do outro garoto na sala.
Virou para a direção de Robin que estava atrás de si observando o garoto numa posição ridícula, suas costas pareciam pedir socorro, tinha uma feição preocupada mesmo sem olhar para Finney.

—————

OIII AMORISSSS saudades? voltei do nada com uma migalha, eu iria extender esse cap, mas preferi deixar curtinho só pra dizer que to viva ainda, até os próximos, eu acho 💀
kisses da hyuuu!!!