Chiang Rai

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-Sim, claro, amor, pega meu celular por favor? - entreguei o aparelho a ela, discou um número.

"Ágata, estarei fora o restante do dia numa reunião com a Sra. Austin, avise a Tina. (...) Não, pode transferir sim, menos o Cortez, deixe-o esperar um pouco mais. (...) Certo, obrigado, Ágata."

Me puxou para o seu lado e cai de volta na cama.

- Prontinho, toda sua.

Beijou-me seguidas vezes estalando os lábios nos meus, para se tornar um beijo mais profundo não demorou nada e daquele beijo vieram outros tantos, abraços, pernas entrelaçadas numa cama desarrumada.

- Segundo tempo, querida?Sem dúvida.

- Mas depois, temos um assunto pra resolver.

- Aham...

(...)

"Ora, porque não estou no escritório. - bati na mão dela para que me deixasse quieta."

- Essa aqui. - apontei para o estojo

"Não, to falando com a Engfa. Isso... No shopping... (...) é...."

Na vitrine, tantas opções, não sabia qual delas escolher, Nudee matraqueava sem parar do outro lado da linha.

Engfa jogou os lábios para o lado, puxando meu celular.

Nudee, depois ela fala, estamos escolhendo nossa aliança de verdade. (...) Obrigada. (...) Pra você também, tchau.

E desligou.

- Poxa, nem dei tchau pra ela P'Fa.

- Não dramatiza. Dá uma olhada nessa aqui.

- não gostei, muito larga, meus dedos são finos, parece até que estou usando um aro de caminhão.

- Já vi que não gostou.

Nessa brincadeira ficamos quase quarenta minutos, até que no cantinho de um estojo esquecido, lá estavam elas, um par diferente, uma mais larga e lisa, a outra parecia dupla com um brilhante. Nos olhamos e sorrimos.

- É essa aqui. - Engfa indicou para a vendedora.

Eu adorei.

O resto do dia foram de coisas normais, dividir um milk shake, andar só pra olhar as roupas, ver as novidades literárias. Cinema, se bem que Engfa saiu umas quatro vezes para anteder o telefone, tomar café, falar sobre tudo, rir de tudo, coisas normais e neste dia, fomos apenas um par de namoradas.

Beijos e mais beijos, pernas atrapalhadas, quase caímos, mas não paramos de rir, meu vestido foi suspenso e suas mãos me apertaram contra ela, os dedos seguindo para dentro da calcinha, apertando minha bunda, a camisa dela ficou presa nos braços, ela não me soltava e riamos contra os lábios da outra.

Uma vez mais nos amamos, brincando, entre morangos e leite condensado. Nos amamos no sofá, caímos e continuamos a nos amar no tapete.

Houve um momento em que tentei chegar ao quarto, fugindo, engatinhando, mas ela me puxou pelo calcanhar, me virou e nos amamos no chão frio do corredor. Já era madrugada quando fomos até a cozinha beber apenas um copo d'água, deveria ser apenas um copo de água

- Você não cansa Engfa?

- Fome. Fome de você.

E quando dei por mim, estava inclinada com o rosto grudado no balcão azulejado da cozinha, sendo devorada por uma mulher linda.

Ainda bem que ela ainda tinha aquela bendita pomada ginecológica. Foi muito útil no dia seguinte.

{...}🐰🐰🐰🐰😉😅

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