Frio

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Quando comecei a coordenar meus pensamentos, tudo parou novamente, ela se arremeteu de uma só vez, me penetrou com tudo, tapando minha boca com a mão livre para que não gritasse novamente e me excitou ainda mais vê-la em cima de mim fazendo que não com a cabeça e seus lábios soltaram um " tsu,tsu,tsu".

E se lançou mais uma vez sem dó, e estocou fundo e sem dó três dedos, senti um leve incômodo e se lançou novamente, fundo, e fechei os olhos era bom e doloroso ao mesmo tempo, era pleno e cheio, e não havia um só espaço a ser preenchido. E me manteve um bom tempo com a boca tapada na mão, enquanto entrava mais e mais.

Se apoiou no antebraço e me beijou, recebendo meus gemidos em sua boca, abafando-o no beijo tão intenso quanto suas estocadas, forte, selvagem, e eugozei novamente, menos louco que antes, mas igualmente bom.

Engfa desceu uma das mãos para o meu quadril, me puxando cada vez mais para ela, com a outra mão me preenchia, me castigando por todo esse tempo sem foder com ela, e eram duas coisas completamente diferentes, ambíguas, a crueldade sádica em minha entrada, e o beijo amoroso contrastando com a força com que me penetrava e me puxava para ela cada vez mais.

Aumentou o ritmo de repente, seus lábios já não estavam sobre os meus, seu rosto colado ao meu, meus dedos lhe arranhavam as costas e Engfa gemia em meu ouvido, era incrível saber que estava se deliciando comigo, em mim, uma mulher que já teve inúmeras pessoas sob seu corpo e era comigo que ela sentia prazer.

Seu carinho era meu e meu coração era dela.

Engfa parou de repente, me olhando nos olhos, tão gostosa, linda e sincera.

- Cazzo!..Penso di aver trovato la Donna della mia vita.

De verdade? Não compreendi nada que ela disse! Isso foi frustrante, mas ao mesmo tempo foi legal. Dá pra entender?

Apesar de não saber nadinha, achei romântico ela falando italiano no meu ouvido. Achei ter entendido o Donna della mia vita, melhor confirmar.

- " dona da sua vida"?

- Dona da minha vida? Não amore mio, la donna, a mulher.

A mulher da vida dela? Foi além do esperado, então me calei, isso me assustou um pouco.
Amor platônico é amor real, assim, intenso e perfeito, me deu um medo. Apenas nos aninhamos uma nos braços da outra e adormeci com ela me fazendo cafuné.

E foi lá pelas tantas da madrugada, um frio do cacete naquele chalé, logo o mais afastado, o meu preferido, o meu chalé! Não estava adiantando nada a porra do edredom, Juliette acordou comigo praticamente tentando entrar nela.

- Quer de novo é? -

- Eu tô morrendo de frio!

E pelada foi acender a lareira, ou tentar, já que por nada ela pegou! Engfa tentou mais umas duas vezes, se levantou, mãos na cintura e constatou o óbvio.

- Tá quebrada.

- Ah! Tia Ana. Se eu não morrer congelada vou matar aquela velha.

- Morrer congelada? Comigo aqui? Vai não.. - Engfa entrou novamente debaixo do edredom, me beijando a boca, o pescoço, falando baixinho..- O jeito é a gente fuder até o amanhecer.

- Até o amanhecer, Muito bom.

(...)

A primeira pessoa que vi, foi justamente quem queria ver mesmo.

Camila!

- Vem cá, vem cá, vem cá!

- Bom dia pra você também, Charlotte Waraha.

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