XI

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- Eu nem deixei ela me beijar, o que a fez murchar, dona.   - Riu divertido e a morena suspirou alto em alívio -  Mas não deixa mais a porta aberta, tá?

- É.. Tá difícil. Enfim, vou entrar, já ouvi que ela fez merda.   - Resmungou com um olhar enjoado.

- Opa, vou indo lá, fui!   - Diz  indo apressado na direção de seu carro, e Hanna entra vendo que a loira havia vomitado no chão.

- ... Que bom que tirei a droga do tapete.   - Murmurou.







Hannah.

Acordei Quinn que havia capotado no sofá, mas ela não aproveitou tanto assim, acordei ela e ela foi para seu quarto com a minha ajuda.

Desci novamente e peguei um balde, pano de chão e um rodo.
Metade da minha noite foi limpando o chão todo da sala, o que eu já havia feito enquanto Quinn estava fora.

Guardei as coisas e coloquei o tapete no lugar, peguei uma taça e uma garrafa de vinho na adega; subi as escadas e verifiquei pela abertura da porta, a loira dormir tranquila.

Entrei em meu quarto e arrumo minha cama, e vou para o banheiro, enchi a banheira, acendi velas perfumadas e coloridas, me despi e coloquei meus fones de ouvido, arrumei o celular no suporte para sabonetes, peguei a garrafa de vinho pondo na taça redonda e deixo a garrafa no chão, ao lado da banheira e fechei os olhos enquanto relaxo.

Era a única hora onde não havia preocupações e sons desnecessários, e bebia o vinho sem pensar em nada, apenas escutando minhas músicas, e um miado no fundo.

Eu, a música... E o maldito miado.

- Ah qual é?!   - Assim que tirei os fones, procuro por algum felino e saí da banheira, tratei de me enrolar na banheira e procurar o bendito gato.

Assim cheguei no meu quarto, o som ficou alto, e notei uma pequena sombra vindo da janela.

- Só pode ser brincadeira...   - Abri a janela e... Era um filhote de gato, seu pelo era diferente, uma parte ruiva, e outra preta, seus olhos eram um verde e outro azul. Acabo sorrindo e o pego fechando as janelas - Oi pequenino. Tá perdido é? Deve ter sido difícil subir nessa árvore grande, ainda novinho... Pelo visto, foi abandonado... Se você disser que vai se comportar... Eu deixo você ficar!

Sorrio e o ponho na cama, e caminho para o guarda-roupa mas senti algo estranho e me virei rápido avançando e alcancei o filhote que por pouco, não caiu no chão.

- Danadinho.

Manhã seguinte.

- Quinn! Oh! Quinn! Tenho uma surpresa!  - Essa abre a porta com um olhar sonolento e acabo por rir fraco.

- Quê que foi?   - Me olhou emburrada.

- É, eu sei que odeia quando eu te acordo mas...   - E mostro o filhote de gato em minhas mãos. Quinn arregala os olhos e solta um gritinho fazendo o filhote se encolher.

- Que lindo!   - Deu pulinhos e eu nem pisquei, Harley já estava com o filhote em suas mãos.

- Eu sei! Acho que os pais o abandonaram na árvore... Sei lá, escalaram e deixaram ele lá, eu só ouvi os miados do mesmo.  - Ergui os ombros.

- Oww... Não vou te abandonar, meu neném, nunca!   - Sorriu beijando o filhote.

- Que amor...  - Solto uma risada fraca e essa me deu um tapa meio forte no braço.

- Vou cuidar dele, e olha só! Vai fazer parte da família!    - Diz a loira o levando pra cozinha e eu a seguia, a vendo com um pijama de unicórnio. Ela nunca muda.

Por um lado, eu vi isso de uma forma boa... Quinn iria esquecer seus problemas, poderá agora focar na sua nova “distração”; sem homens, sem bar... E assim espero! Pois quando Harley consegue algo, ela não o larga nunca! E isso pode ser um novo começo para..

- Simba!   - Disse ela de repente e a olhei confusa.

- Hum?

- Simba... Simba Frances Primeiro!
- Sorriu e abri os lábios estupefata de como Quinn conseguiu um nome tão rápido.

- Por que.. Simba?

- Ué! Simba é aquele leãozinho da Disney que o pai morre!

- ... Ah.. É verdade.   - Digo me lembrando.

-  ... Vem bebê, vamos assistir o teu xará na TV!  - Sorriu ligando a Televisão e ri divertida.

- Nem acordou direito, enfim, vou fazer um café.

- Hum! Aceito chá de canela!   - Pediu concentrada pra encontrar o filme.

- E um chá de canela saindo.   - Sorri de canto já indo pra cozinha.

A minha rotina começa e fiquei na cozinha maior parte do tempo, minha vida nunca foi cozinhar, mas... Aprendi umas coisas nas aulas de culinária.

Deixei um balde perto de Harley, a vendo totalmente concentrada na TV, chegava a assustar, ela mal piscava.







Era umas duas da tarde, já havíamos almoçado, e Quinn havia pego uma das mamadeiras do bebê para dar de alimento para o pequeno.

Me assustei quando o telefone da cozinha soa em um som alto. Me levantei e logo o alcancei.

- Alô?   - Pergunto e escuto uma voz.. E olhei em pânico para Harley.

- Hannah? Hannah quem era?!


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Arlequina.

- Hannah! Fala comigo!  - E me levantei mas senti o bebê chutar com força me fazendo grunhir e segurar o braço do sofá. Escuto Sim a miar provavelmente preocupado comigo -  Porra.

- É... Ele.   - Diz baixo mas em um tom audível.

- Ele? Ele quem? Ai!   - Ponho uma mão em minha barriga.

- Ele... Ele disse... Que está vindo... Te buscar...    - Disse e uma lágrima quente desceu de meus olhos, e eu já não sabia mais se era pela dor... Ou pela maldita notícia.





𝐻𝑎𝑟𝑙𝑒𝑦 𝑄𝑢𝑖𝑛𝑛'𝑠 𝑃𝑟𝑒𝑔𝑛𝑎𝑛𝑐𝑦 | +18 JOKEROnde histórias criam vida. Descubra agora