XIII

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- Hey, está ouvindo?! Temos que sair daqui! Está ferida?   - Funguei negando a cabeça -  Vamos! Aqui não é mais seguro!

Me puxou às pressas e descemos as escadas, corremos para o batmóvel e entramos. Ele ligou e saímos dali.

Eu fiquei a olhar para a casa pelo espelho de fora, estávamos a deixando. Um soluço escapou após tudo que passamos ali.

- Pegue.   - Ele me entregou um paninho e sequei minhas lágrimas -   ... Vamos encontrar ela.    - Disse ele firme, e apenas balancei a cabeça em confirmação ficando séria. Sim.. Irei encontrar ela, e.. Matarei o maluco de Gotham.









Os olhos azuis se abriram assustados fitando o teto branco, puxava a respiração com força como se tivesse recebido um balde de água no rosto, a mulher loira se sentou analisando o quarto familiar. Familiar o bastante, para saber onde estava.

- Não... Ah não... Céus... Não!   - Ofegou prendendo o choro, apertando as mãos nos lençóis brancos e limpos, trazendo um leve aroma -  Hannah... Hannah!  - A chamava não obtendo respostas.

A mulher tateou o quarto todo se encolhendo, porém parou de se encolher ao pôr as mãos na barriga.

- Meu bebê...   - Diz baixinho, e virou o rosto bruscamente estalando o pescoço não se importando, e viu a maçaneta girar e sendo aberta.

Teve poucos minutos para olhar para o lado, arrancar a abajur da escrivaninha retirando a proteção de pano e usar como escudo à frente de si.

A porta finalmente se abriu revelando Joker que esboçava um sorriso ladino, com uma das mãos nos bolsos, com sua típica roupa roxa e os cabelos verdes penteados para trás.

- Bom dia, meu amor.    - Sorriu adentrando o quarto e fechando a porta atrás de si, sem trancar.

- Não me chama disso!   - Gritou irritada, seus braços tremiam segurando a abajur demonstrando seu nervosismo e medo  -   Não me chame de “amor”, o-ou “querida” ou sei lá quantos apelidos idiotas!  -   Exclamou com os olhos em lágrimas, e viu Joker a analisar e erguer as mãos em sinal de rendição.

- Está tudo bem agora, Quinn.    - Se aproximou da cama até seu joelho tocar no colchão.

- Pare aí, ou eu arremesso essa droga!    - Sua voz ainda se via alta e Joker apenas sorria a olhando.

- Eu entendi, Harley.    - Ele começou a dar uma volta ao redor da cama, e a mulher virava a abajur como se fosse uma espada em suas mãos, ainda apontando para ele o qual não tirava os olhos da mulher -   Lembra daqui? Onde a gente tinha nossos... Momentos felizes?   - Riu rouco parando ao lado de uma escrivaninha virado para a loira.

- Por quê me trouxe aqui?!    - Rosnou irritada e seu rosto começou a ficar vermelho por causa da raiva e do choro, as lágrimas caíam uma atrás da outra, rolando por suas maçãs -  Fala logo!

- Primeiro, abaixe esse abajur, Harley.    - Diz trocando seu sorriso para um olhar de seriedade.

- E se eu não abaixar, hum? O que vai fazer? Vai me bater?! Como das outras vezes?! Como das outras vezes que você apenas fingia me amar?! Escuta aqui! Eu não sou mais o seu brinquedinho ridículo!   - Gritou em prantos.

-  ... Não. Não, Quinn.. Você não é mais. Falou o certo!   - Voltou a abrir seu sorriso ladino.

- Você... Não respondeu a minha pergunta! Responde a pergunta!

-  ... Eu te respondo... Se você me entregar essa merda de abajur.   - A mulher o olhava ofegante.

- O que vai fazer comigo?     - Em um sinal de fraqueza, Harley acabou por soluçar, dando a oportunidade para que o esverdeado ajoelhe uma perna no colchão e tomar a abajur das mãos dela em um movimento rápido e se afastou.

𝐻𝑎𝑟𝑙𝑒𝑦 𝑄𝑢𝑖𝑛𝑛'𝑠 𝑃𝑟𝑒𝑔𝑛𝑎𝑛𝑐𝑦 | +18 JOKEROnde histórias criam vida. Descubra agora