𝐻𝑎𝑟𝑙𝑒𝑦 𝑄𝑢𝑖𝑛𝑛'𝑠 𝑃𝑟𝑒𝑔𝑛𝑎𝑛𝑐𝑦 | +18 JOKER

XII

Arlequina.

- Hannah! Fala comigo!  - E me levantei mas senti o bebê chutar com força me fazendo grunhir e segurar o braço do sofá. Escuto Sim a miar provavelmente preocupado comigo -  Porra.

- É... Ele.   - Diz baixo mas em um tom audível.

- Ele? Ele quem? Ai!   - Ponho uma mão em minha barriga.

- Ele... Ele disse... Que está vindo... Te buscar...    - Disse e uma lágrima quente desceu de meus olhos, e eu já não sabia mais se era pela dor... Ou pela maldita notícia.

Eu tentei. Tentei de tudo se afastar dele, até me envolvi com outros caras! E de repente, o mundo se volta contra mim... Coringa está vindo, e em minha mente só martelava que ele fará mal à semente que há dentro de mim.

Não, não, não, não! Eu sei que.. Já sonhei tendo uma família bonita com ele, filhos e tudo mais, mas eu acordei. Não é real, ele odeia crianças, não quer filhos e isso já está na cara, e eu não sei o que ele teria coragem de fazer.. Apesar de eu conhecer bem sua mente.

Eu não gosto de crianças. Mas esse bebê é meu, é meu filho, e não é de mais ninguém.. Ninguém. E eu vou o proteger.

- Harley! Harley, volta pra terra, agora!  - Hannah me sacudiu de leve e a olhei sem entender -  Chama o Batman!

- Como assim chamar o “Batman”?! Ele nem tem um celular! Ele tem... O sinal...

- Tá louca?! Está de manhã! Ele não vai ver!   - Hannah revirou os olhos nervosa.

Mas.. Eu senti um pressentimento ruim, e engoli em seco, segurei a mão de Hannah com força, e essa me olhou confusa e ainda mais nervosa.

-  ... Haja o que houver, proteja você e Simba! Você lembra!? Naquele quarto que ninguém usa, acho que... O livro... Vermelho ou roxo, se você puxar vai abrir a passagem secreta e..

Escuto carros e peguei Simba que estava no sofá e a entreguei.

- Não esqueça de fechar, é só você pegar o telefone! Vai, agora!  - A empurro pra escada.

- Espere.. Quinn você tem que vir  comigo!    - Mas eu nem a respondi. Algo atravessou a janela, bateu com força na Tv e parou no chão soltando fumaça.

- VAI LOGO!    - Gritei e essa me olhou com pavor.

A porta foi aberta com força e Hannah tentou me puxar mas ao subir os primeiros degraus, o bebê chutou e eu travei em um grunhido.

- Quinn! Eu não vou deixar você!   - Chamou ela e um tiro próximo passando no meio de nós, fez surgir um som extremamente agudo em meus ouvidos.

- ... Vai! Vai, Hannah!   - Ordeno e ela me olhou com angústia. Foi como o último olhar, e apenas pude esboçar um sorriso angustiado, fui puxada para longe da escada enquanto a via subir rapidamente.

- Vai ficar tudo bem, meu amor!     - Meus olhos se alargam, minha visão fica embaçada por conta das lágrimas que se formam, minha garganta se fecha, meu coração dispara. E eu apenas não acreditava que aquilo realmente estava acontecendo.

- Não...   - Lágrimas quentes descem.

- Vamos voltar pra casa.  - Abriu um sorriso assustador e tentei me soltar de seus braços, mas eu não tinha força, sentia minha visão ficar turva aos poucos -  Vamos homens!

- Senhor, dois dos seus foram atrás da outra.   - Disse um dos capangas.

- Muito bem!   - Coringa sorriu satisfeito mas não demorou muito para seu sorriso morrer.

- Chefe! A menina desapareceu!   - Disse os dois capangas e sorri em alívio ainda perdendo os sentidos, porém tentando me manter firme no forte aperto de Coringa.

- Tsc! Tão rápido assim?!   - Rosnou ele.

- Ela simplesmente sumiu.  

Ela entrou no esconderijo.

Sorri ofegando estando aliviada por saber que ela conseguiu. Eu apenas seria um peso com esse bebê; mal consegui subir as escadas e agora imagino o pesadelo que está por vir.

- Onde ela está?!    - Joker me olhou com ódio e me sacudiu. Porém... Eu acabei por desmaiar. Posso considerar como se os tivesse... Salvado.

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Hannah.

Não pode ser real. Eu não quero que seja real! Estava do outro lado da parede falsa, com Simba em minhas mãos, porém.. Eu via tudo o que estava acontecendo lá fora. Realmente... A casa estava cheia de câmeras...

Era.. Assustador...

Harley desmaiou, provavelmente por conta do nervosismo, Coringa teve que pedir ajuda... Desistiram da busca por mim e eu encontrei um telefone preto de fio em um canto. Respirei fundo e me direcionei até o telefone, e por incrível e ouvi que pareça, assim que peguei o aparelho , ele já entrou em uma linha.

-Alô, Alfred falando.   - Diz a voz masculina pelo o outro lado da linha, e ofeguei segurando o fio do telefone.

- ... P-por favor... Estou... Assustada e...

- Espere!.. Esse telefone.. É da casa da... Arlequina?    - Perguntou e eu acenei em vez de responder -   Te alguém aí?

- Tem!  - Respondi desesperada antes que ele desligue -  E sim... Aqui é da casa da Arlequina e...   - Parei de falar ao ver que colocaram Quinn em um carro e logo saíram. Meus olhos ficam em lágrimas.

- Alô? Alô, você está aí?

- ... Ele... Sequestrou ela.    - Digo em lágrimas e solucei.

- ... Entendo. Espere alguns minutos.. Está escondida?

- Estou em.. Um esconderijo, tem uma passagem secreta.   - Expliquei como entrei e encerramos a ligação. Simba miou no meu colo e o balancei como se fosse um bebê, mas comparando, ele é um filhote -  Droga, Quinn...

Os carros já haviam ido, porém tem dois homens na sala. Droga, esqueci de falar isso!

Nervosa, eu olhava as câmeras. Levou cerca de quinze minutos até que eu descobri que há uma câmera no meu quarto, deixei a raiva de lado assim que o morcego entra quebrando a janela.

Vejo os homens conversarem entre si e correrem para o andar de cima. Batman os encontrou, desacordou ambos rapidamente.
Ele parecia procurar onde eu poderia estar, deixei Simba na mesa e comecei a bater (espancar) na porta.

- AQUI!    - Gritava com todas as minhas forças, até eu acabar apertando um botão vermelho e pequeno e a passagem ser aberta -  Oh...   - Peguei Simba e corri para fora estando nervosa e o encontro. O abracei.

Meus soluços eram altos junto com o meu choro. Eu só queria a minha amiga grávida e cabeça dura, de volta! Eu pensei em ter escutado a voz do morcego mas meu choro abafa sua fala, até ele me afastar de si, e dar tapinhas fracos em meu rosto.

- Hey, está ouvindo?! Temos que sair daqui! Está ferida?   - Funguei negando a cabeça -  Vamos! Aqui não é mais seguro!

Me puxou às pressas e descemos as escadas, corremos para o batmóvel e entramos. Ele ligou e saímos dali.

Eu fiquei a olhar para a casa pelo espelho de fora, estávamos a deixando. Um soluço escapou após tudo que passamos ali.

- Pegue.   - Ele me entregou um paninho e sequei minhas lágrimas -   ... Vamos encontrar ela.    - Disse ele firme, e apenas balancei a cabeça em confirmação ficando séria. Sim.. Irei encontrar ela, e.. Matarei o maluco de Gotham.
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