Colégio Ordo Calamitas V

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         Lembrando que as histórias aqui do colégio Ordo Calamitas não seguem uma linha temporal exata, quando vier a calhar eu vou colocar algum acontecimento que sucede outro.
       Sei que muitos de vocês gostam dos escriptas e quis trazer mais interações nesse capítulo, para aqueles que gostam das aventuras da equipe E e cia, prometo trazer outro capítulo com novos personagens e aqueles que já apareceram também.
       Boa leitura :)

      Total de palavras: 2357

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         Você sabia que Gal e outros alunos da escola, como a Beatrice e o Dante-que você conhecia - eram órfãos e viviam em um grande orfanato do outro lado da cidade.
         Apesar da sua grande curiosidade sobre o estilo de vida deles e como era o orfanato, você nunca perguntou por medo de ser incoveniente e vista como uma enxerida mal educada.
        Por sorte, o universo pareceu ter pena de você e trouxe as respostas para suas dúvidas na forma de um garoto alto com cabelos escuros e atitude duvidosa.
         Gal estava te esperando no portão da escola, braços cruzados e fones de ouvido que tocavam música na altura suficiente para a rua inteira ouvir também.
           Ele tinha mandado uma mensagem para você na mesma semana do acontecimento na sala de química, o moreno pediu para você ajuda-lo a estudar para prova e perguntou se não poderiam se juntar no orfanato.
        Você ficou em dúvida no início, receosa por causa de Henri, um garoto que constantemente se encontrava no meio de problemas, bullying, pichações e outras dores de cabeça do diretor Veríssimo eram causadas por ele e outros do seu grupo de amigos.
         No fim, você decidiu que não iria deixar alguns valentões mancharem a imagem dos moradores do orfanato e aceitou ir com o Gal.
        Claro, você deixou um de seus amigos sabendo da situação e mandou a localização do orfanato pelo whatsapp.
         Kaiser foi a primeira opção na sua cabeça, ele prometeu não contar nada para Joui, Liz, Thiago e nem pro Arthur, afinal, dos quatro, três ficariam malucos de saber que você está com Gal e Arthur não consegue guardar segredo.
         O Cohen até afirmou que iria confirmar suas mentiras caso necessário, você definitivamente vai compensar seu amigo nerdola por isso.
         Se concentrando na sua situação atual, você caminha até Gal, parando na frente dele com uma das mãos na alça da mochila e um sorriso simpático no rosto.
      Você acena na frente do rosto dele e ele levanta os olhos do celular aborrecido.
       A expressão dele rapidamente muda ao perceber sua presença ali, ele sorri enquanto puxa um dos lados do fone, um som bastante familiar toca, batidas fortes de uma banda que Arthur é aficionado.
       
       — Tá ouvindo Dragões metálicos?
Você pergunta automaticamente, dando um passo pasa trás quando Gal endireita as costas, deixando a parede.

         — Olha, você também tem bom gosto, menina bonita?—  Ele fala passando um braço sobre seu ombro, do qual você se afasta levemente, deixando uma certa distância entre seus corpos.
        Ele parece perceber e sorri com atrevimento, colocando as mãos no ar como se indicasse que vai te dar espaço.
        
         — Eu costumo escutar bastante quando vou no ensaio da banda do meu amigo, ele adora os dragões! — Você responde mexendo na alça da mochila para se distrair da atenção dos olhos dele. — Foi mal, não fico muito confortável com pessoas que não conheço tão bem me tocando o tempo todo! Você fala se referindo ao que acabou de acontecer, ele olha para o seu rosto de forma contemplativa antes de assentir com um sorriso genuíno.
       
         — Fica tranquila, tenho certeza de que até o fim da tarde, você vai me conhecer muito bem. Ele ri levemente, parando de olhar para você por um momento enquanto desliza o dedo pelo celular, distraído por alguma coisa, apesar da atitude maliciosa, ele respeita o seu espaço e você agradece por isso mentalmente.
      Vocês caminham até descerem a rua, indo em direção ao ponto de ônibus onde uma multidão de adolescentes conversa entre si, todos esperando para irem para casa.
       Por um segundo você quase pergunta a Gal se não podem ir andando mas, ao lembrar da localização do orfanato, você desiste e caminha sem ânimo até a multidão de pessoas que se aglomera em baixo do pequeno teto do banco lotado.
        Gal resmunga algo sobre os adolescentes ali serem uns merdinhas e você ri baixinho, dando uma pequena cotovelada no moreno ao ver os olhares ofendidos de algumas pessoas ali se voltarem para vocês dois.
       Ele dá de ombros e  volta a escolher outra música em sua playlist.
        Alguns minutos insuportavelmente lentos passam e você se sente derreter sob o calor do sol e a movimentação e gritos constantes das pessoas ao seu redor.
       De repente, você enrijece ao sentir algo cutucar a entrada de seu ouvido, você ouve uma risada ao seu lado enquanto Gal te entrega um lado do fone de ouvido, você o pega com uma expressão surpresa mas coloca na orelha, sendo recebida rapidamente por uma de suas músicas favoritas dos dragões metálicos.
       Você sorri em agradecimento silencioso para Gal, agora tendo algo para se distrair da espera demorada do ônibus.
      Ele sorri de volta, se abaixando levemente para falar com você por cima da música.
  
        — Essa é a minha favorita! — a frase sai mais como um sussurro e você sente os cabelos de sua nuca se arrepiarem levemente, mas sorri condescendente para ele.
      
          — É uma das minhas favoritas também! você sussurra de volta, rindo levemente quando Gal começa a cantar baixinho a letra da música para si mesmo, você o acompanha com a voz no mesmo tom, os minutos rapidamente passam e você avista o ônibus se aproximando.
        Você tira o fone de ouvido, devolvendo para ele apontando para o ônibus enquanto se aproxima da calçada, nesse ponto, algumas das pesoas já se foram, indo embora em suas respectivas rotas rodoviárias, oque você considera um alívio considerando que o ônibus não vai ficar tão cheio.
        Vocês sobem e usam seus cartões de estudante antes de se sentarem no fundo, você na janela e Gal ao seu lado.
        O caminho até o orfanato é silencioso, você desliza pelo feed do Instagram e de vez em quando observa o rosto concentrado de Gal conversando com alguém incansavelmente.
       Ele parece irritado, sobrancelhas franzidas enquanto digita rápido mas, assim que sente seu olhar sobre si mesmo, ele olha para você com expectativa, logo depois rindo quando você desvia os olhos culpada.
          O percurso dura mais alguns minutos e então, Gal se levanta ao seu lado, largando o celular com uma careta enquanto leva a mão pra tocar seu ombro.
       Ele rapidamente recua, respeitando sua última advertência sobre o toque indesejado.
        
        — A gente para aqui, menina bonita! Gal fala com um sorriso, enquanto aperta o botão e espera o motorista parar.
         Você se levanta, decidindo ignorar o apelido por enquanto.
         Vocês descem e imediatamente você é recebida pela visão de uma construção imponente.
        O enorme casarão ocupa um terreno extenso, com plantas e flores bem cuidadas ao redor, diferente do orfanato em si, que parece ter sido construído há algum tempo.
         Mesmo na luz da tarde, a composição de elementos e a atmosfera do lugar ainda te dão um calafrio.
        Gal vai na sua frente, indicando um caminho acimentado, você anda atrás dele, quieta e observadora, ao redor do orfanato, cresce uma vegetação  alta e várias árvores, como se a floresta fosse engolir tudo ali em alguns anos.
          Na sua frente, Gal abre uma porta de madeira escura e você percebe que finalmente estão entrando no lar dele.
         Diferentemente da parte de fora, o interior do orfanato é bem cuidado e suficientemente limpo, apesar de algumas crianças andando aqui e ali, você tem uma impressão melhor sobre o lugar agora.
           Há algumas portas para abrir e você espera paciente enquanto caminha com Gal até um corredor no canto esquerdo, vocês caminham por entre algumas crianças curiosas e finalmente parecem chegar onde Gal queria.
       Ele abre a porta na frente dele e espera você entrar primeiro, agradecendo com um aceno de cabeça, você entra e se depara com uma biblioteca, quatro ou cinco estantes estão espelhadas na sala, um padrão quadriculado no chão decora o ambiente também, há três mesas com cadeiras e você se senta em uma delas, depositando sua mochila na mesa enquanto vê Gal entrar e fazer o mesmo com as próprias coisas.
      Ele se senta na sua frente, começando a tirar algumas coisas.
      
          Acho que aqui é o único lugar que vamos ter silêncio, a maioria do pessoal não vêm pra cá, exceto por um loiro inconveniente,mas ele não tá aqui agora.  — Gal fala com um revirar de olhos, você imagina se o loiro incoveniente seria o Dante mas, prefere não perguntar.
             Ao invés disso, você começa a tirar seu material de estudo e você e Gal iniciam oque vieram fazer aqui.
          
                        (...)

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⏰ Última atualização: Jun 19 ⏰

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𝐂𝐚𝐥𝐚𝐦𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬 _✥..𝐀𝐎𝐏Onde histórias criam vida. Descubra agora