April 14 1912. Versão Jack.

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Olaaaaa galerinha linda!! Estou de volta!!
E hoje trago a vocês uma versão dos fatos relatado pelo nosso amado e querido Jack!

Confesso que foi muitooo desafiador escrever um capítulo tão sensível pelo ponto de vista do Jack, já que não temos quase nada de seus pensamentos durante o filme. Mas juro que dei o meu melhor e procurei transcrever tudo o que imagino que Jack sentiu!

Enfim, espero que gostem!! ♥️♥️♥️

Perdoem os erros e comentem bastante!! Boa leitura! ♥️♥️♥️
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O vento cortante passava pelo rosto de Jack, fazendo seus lábios racharem mais ainda. Sua camisa àquela altura estava praticamente congelada, talvez todo seu corpo estivesse ficando. Exceto pelo seu coração que poderia muito bem rasgar seu peito e sair pulando de tão forte que batia. O ar trazia os gritos desesperados das pessoas e o som do navio cada vez mais perto do mar. Ele sabia que não demoraria mais do que alguns minutos para que o Titanic estivesse em seu novo lar, no fundo do oceano Atlântico.

Ele olha para Rose que segurava a borda com toda a sua força. O pavor em sua expressão atingiu o seu amago. Sua linda e valente Rose. O grande amor de sua vida, que ele jamais imaginou que fosse merecedor e talvez de fato não era, já que aquela poderia ser a última vez que estariam juntos.

Não. Ele pensou.

Se dependesse de Jack, eles ainda teriam um futuro belo pela frente. Mostraria a ela todas as coisas das quais conversaram nos últimos dias, teriam uma grande família e morreriam juntos em uma cama quentinha e bem velhinhos.

Não perderia ela naquela noite, não deixaria que aquele navio afundasse e levasse consigo a história deles como faria com as centenas de pessoas que ali estava.

Seus pensamentos são rompidos quando sente o imenso puxar no navio. Era assustador sentir o mar reivindicando do que ainda sobrara do grande Titanic. A pressão seria imensa e até mesmo dolorosa lá embaixo, sem dizer o quão fria e cortante estaria a água àquela altura da noite.

Jack sentia que sua morte lhe esperava ansiosamente.

Rose estava em pânico, o fazendo ignorar seu próprio terror e tentar transparecer a ela a calma e de que ele sabia do que falaria, mesmo que tudo na realidade não se passasse de um último fio de esperança e confiança de que poderiam estar vivos ao amanhecer.

Respirando fundo, ele se apoia em seus joelhos. Seu coração parecia que iria parar de bater com a sensação horripilante do medo.

- Chegou a hora - ele grita, suas mãos, mesmo que não desejasse, tremiam ao segurar com força.

- Ai meu Deus, Jack - a voz amedrontada dela partiu seu coração. Como queria que Rose tivesse permanecido naquele bote, agora, ela não estaria passando por todo aquele trauma e sim aconchegada em sua mãe, sabendo que tudo terminaria logo. Mas, para sua felicidade e temor, Rose pulou e escolheu lutar para sobreviver ao seu lado. - Ai meu Deus...

- Segure firme - ele ordena, passando seu braço envolta de sua cintura, como se assim a pudesse manter segura e a salva. - Segure firme!

Sua mente o fez retornar para o dia que havia caído naquele lago em Chippewa Falls. A sensação de que teve de mil facadas lhe furando, a urgência que seus pulmões exigiam oxigênio e não conseguia, de toda sua vida passando diante de seus olhos e nada a sua volta além do frio, escuro e dor. Ele havia pensado que aquele momento tinha sido o mais difícil e desafiador de sua vida, mas agora, enquanto via a água se aproximar com fome insaciável, teve a certeza de que nada seria pior do que aquilo.

- O navio irá nos tragar para baixo, respire bem fundo quando eu mandar - ele sussurra bem perto de seu ouvido, buscando seus dedos para entrelaçá-los. O desespero e a comoção vieram à tona novamente. Se Deus estivesse ouvindo-os naquele momento, rezava para que ele permitisse que saíssem juntos, mas que se não fosse possível, que ele ao menos salvasse Rose. Ele sentiu a mão dela apertando a sua o mais forte que conseguia.

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