Além da torre

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Parte I

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Parte I

O acordo

Tentava agarrar o pequeno globo negro, ao mesmo tempo que ele voava em direção à Lana Rootenford e o homem encapuzado pulava do andar de cima. Em uma fração de segundos, nós três fomos sugados e então, caí rolando, sentindo espinhos me cortarem.

Espera, espinhos no luxuoso museu dos Rootenfords?

Enquanto rolava, pensava que fiz uma grande merda, e em uma fração de segundos, me lembrei de uma semana antes, quando a missão de cuidar de um minúsculo globo negro em um museu me foi dada por meu pai.

Naquele dia, eu o encarava do outro lado da mesa, o olhar que ele mais odiava: um leve sorriso e levantar de sobrancelhas.

- Não cumpriu sua missão como deveria  - ele rosnou, batendo com o punho contra a mesa de mogno de seu escritório.

- Mas encontrei o fugitivo - eu argumentei, levantando os braços atrás do pescoço e me recostando na cadeira, inclinando-a um pouco mais para trás.

- Somos uma empresa de segurança particular. Não podemos chamar a atenção daquela forma!

- Ora, não acho que tenha sido tão grave - argumentei, ainda sorrindo.

- Você entrou na igreja com uma Lamborghini! - Ele vociferou. 

- Foi uma entrada triunfal - contradisse.

Vi seu rosto assumir um tom rubro que seria assustador, mas eu o conhecia, e o melhor: me conhecia. Ele não podia fazer nada além de gritar, mas no final, eu estaria são e salvo.

- Foi no meio de um casamento, Henry!

- Tem ideia do quanto esses convidados vão se lembrar de mim?

- Se eu pudesse... Eu...

- Me demitia? Sabemos que sou o melhor da agência e que...

- O que nos leva ao porquê de estar aqui, e não no olho da rua - ele me interrompeu, se sentando novamente -, temos um pedido especial.

- Que tipo de pedido?

- Um maluco entrou na justiça por um globo negro, acho que de diamante, que ele insiste que pertenceu à família dele - ele soltou, agora mais calmo, o que não era bom.

- E pertenceu?

- Parece que sim. Só que ele estava em um sarcófago da família, e foi roubado em Londres, em julho de 1800.

- Mas?

- Eles o encontraram, ao que parece, está em exposição no museu Rootenford.

- Quer que eu recupere?

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