𝟬𝟯; 𝐄𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨𝐫𝐚𝐢𝐬

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 Os dias se passavam, e o contado que eu já não tinha com Rindou, estava quase virando inexistente

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Os dias se passavam, e o contado que eu já não tinha com Rindou, estava quase virando inexistente.
Ele sempre desaparecia durante o dia e só voltava na hora de comer, tomar banho ou para dormir bem tarde da noite. Tudo isso estava me dando nos nervos. O que ele fazia tanto tempo fora? Não que fosse da minha conta, ou que eu me importasse, claro.

A janta tinha acabado de ser servida e mais uma vez naquela semana, Rindou não estava lá. Eu pego uma vasilha azul escuro que estava no armário, e guardo uma porção de comida pra Rindou. Depois de terminar, vou até nosso quarto compartilhado.

"Maldito idiota! Por que está fazendo isso?" Digo para mim mesma.

Eu abro a porta do quarto com cuidado, e por incrível que pareça, chego no momento certo. Rindou estava no banho.

A fumaça do banho quente, escapava por debaixo da porta e entregava que ele estava lá dentro por algum tempo. Eu largo a comida no móvel perto da cama de Rindou, e abro a janela para o clima abafado do quarto sumir. Solto um suspiro aliviado quando todo o ar abafado do quarto, é trocado pelo ar úmido e gélido da floresta.

Quando eu me viro, percebo o amontoado de rouoas sujas de Rindou jogadas pelo quarto, parecia que estava fazendo para me incomodar. Eu me agacho para pegar suas roupas e de longe eu podia sentir o cheirinho natural dele, não que eu gostasse claro, mas eu aproximo do meu nariz e sinto o aroma de frutas frescas e flores de primavera, era uma sensação de arrepiar.

"Pare com isso sua maluca!" meu transe se quebra com a voz de minha cabeça. Suspiro estressada com isso. Eu me levanto com rapidez e vejo o
caderno azul de Rindou cair sobre o chão. Estava dentro do bolso da camisa desde o começo.

Eu sempre me esquecia desse detalhe, do caderno que sempre estava com Rindou, esse poderia ser o grande fator da causa dos sumiços do Haitani. O caderno.

Ele sempre estava com o caderno, sempre em suas mãos, e desde a primeira vez em que eu conheci esteve nas mãos dele, mas nunca parei para o questionar, o que fazia com aquilo.

Servia como seu diário? Como caderno de
anotações do dia? Ou caderno para desenhar?
Aquela era a minha oportunidade de saber o que tinha naquele caderno azulado.

— Parece que deixei algo cair. - Rindou diz se levantando com o caderno nas mãos.

Desde quando ele esteve ali? Eu estava tão
ocupada presa em meus pensamentos e dúvidas que mal pude perceber ele sair do banho.

— Sim, sim... Eu, eu ia pegar pra você, mas você já fez isso... - eu me explico com rapidez enquanto jogo as roupas de Rindou no cesto de roupas sujas.

Ele apenas comprime os lábios, quase formando um biquinho, e nos encaramos por alguns segundos, que pareceram uma eternidade.

Rindou estava com o cabelo molhado, suas costas ainda tinha os pinguinhos d'água, ele segurava a toalha com uma das mãos enquanto a outra ia em direção ao seus cabelos loiros com mechas azuis.

𝐌𝐄𝐔 𝐆𝐀𝐑𝐎𝐓𝐎 𝐄𝐌 𝐓𝐎𝐍𝐒 𝐃𝐄 𝐀𝐙𝐔𝐋, 𝖱𝗂𝗇𝖽𝗈𝗎 𝖧𝖺𝗂𝗍𝖺𝗇𝗂.Onde histórias criam vida. Descubra agora