The Emperor Of Lost Paradise

Capítulo VI: Destino Quebrado

No dia seguinte, no reino de Vestalium.

O Sol nascia esplendorosamente nos céus azuis desta manhã, a temperatura local começava a dar indícios de aumentar o calor a medida que o dia prosseguia normalmente no reino de Vestalium. Hoje, não havia muitas nuvens nos céus e os ventos não estavam muito fortes, como na semana anterior. Em específico, um evento incomum acontecia neste exato momento, na capital de Vestalium.

Em meio ao numeroso conglomerado de províncias que compunham o reino de Vestalium, existe uma que é a capital central do reino e sua infraestrutura e arquitetura poderiam ser consideradas belas e elegantes para os padrões de alguém da época do Renascimento do mundo anterior de Zaratustra. Havia uma pequena floresta entorno da capital que cobria alguns quilômetros, que separava a capital central das demais províncias do reino, longas e extensas estradas de terra cobriam a vista de quem olha-se. O acesso da capital para as outras províncias só era possível por meio das estradas de terra e geralmente demorava 1 dia para alguém conseguir atravessar a floresta e chegar na cidade mais próxima da capital.

Pequenas casas e cabanas de madeira preenchiam a maioria das construções da capital. Além disso, haviam dois enormes e imponentes templos religiosos distintos nas extremidades da cidade. Aqueles eram o templo dedicado a Deusa Aurorium e o templo dedicado a Deusa Noctumbres, ambos eram os mais famosos e com o maior número de seguidores e fiéis que havia em todo o reino de Vestalium. Cada um ficava num canto isolado do outro, já que os seguidores dessas respectivas religiões se odiavam profundamente e era até um milagre que nenhuma guerra interna religiosa, tenha estourado até o momento, graças a interferência decisiva de Frederico nesse assunto.

Outra construção importante que chamava a atenção de qualquer um da cidade, seria um imenso castelo de tijolos erguido na parte central da cidade. Aquele era o centro governamental de Vestalium e o local onde a família real Eisenferd morava desde os primórdios da fundação do reino. Sua arquitetura clássica e sua extravagância bélica eram algo a ser admirados, ainda mais por estarem num estado tão bem conservados e preservados ao longo dos anos. O castelo havia sido construído para ser inicialmente uma fortaleza contra as selvagens criaturas perigosas que habitavam a floresta, que rodeava a cidade. Mas com o tempo e o aumento do poderio militar, passou a ser apenas a base do governo e servia como uma simples moradia aos membros da família real.

Dentro do interior do castelo real

Em uma elegante e decorada sala de espera adornada parcialmente por mármore branco e alguns quadros de pinturas nas paredes, estava um homem de meia idade esperando pacientemente pelas respostas de seus servos, em relação a criança que tinha aparecido misteriosamente em um dos quartos do castelo, ontem a noite.

Frederico estava confuso e atordoado, quando levou aquela criança de ontem até a enfermeira do castelo, mas se contentou em esperar até o amanhecer, que o pequeno intruso desperta-se e ele pudesse interroga-lo pessoalmente. Os seus guardas jamais deixariam que um desconhecido pudesse adentrar no castelo sem a permissão dele, então as chances daquele garoto ser um espião ou mesmo um assassino enviado por algum de seus inimigos eram muito grandes. O rei de Vestalium não gostava de criar pressupostos antes de ouvir a resposta do garoto, entretanto com os recentes acontecimentos políticos, era questionável saber se era realmente um assassino ou um espião, mesmo sendo apenas uma criança aparentemente inocente e pura.

Vários assassinos e espiões tentaram de todas as formas mata-lo e sabota-lo internamente no passado e na atualidade. Frederico já estava habituado a se proteger de possíveis ataques contra sua vida e também sabia como identificar o mandante do crime, no entanto, enviar uma criança para mata-lo ou espiona-lo era algo além do compreensível e do aceitável para sua moralidade como rei e como cavaleiro.