Capítulo III

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Escrito por: tsukinojojo 

Notas Iniciais: Agora as coisas vão ficar um pouco mais tensas e algumas verdades virão à tona, vejo vocês nas notas finais.


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Os preparativos para a festa do décimo nono aniversário de Seokjin estavam a mil. Nessa idade, os jovens da nobreza eram apresentados oficialmente à sociedade ou, como o Park gostava de dizer, eram "colocados na vitrine". Tradicionalmente, a partir dessa data, os pais começavam a tratar acordos de casamento para os seus filhos. Contudo, os tempos vinham mudando e a educação de Park Seokjin e Park Jimin já fora bem liberal, diferente da que os seus pais tiveram.

O assunto "casamento" não era exatamente um problema, afinal de contas, com o destino de Seokjin já traçado e o fato de o jovem nunca ter demonstrado interesse amoroso em ninguém, Jihye e Jae-in estavam esperançosos de que o enlace com Yoongi não fosse uma notícia tão mal recebida assim pelo filho.

Eles nem sequer imaginavam o que estava se passando na cabeça de Seokjin naqueles dias, afinal, depois de anos de um relacionamento escondido com Namjoon, ele reunira coragem o suficiente para contar aos seus pais antes que eles tivessem qualquer tipo de conversa com possíveis pretendentes.

Talvez naquela casa apenas os pais deles ainda não soubessem do relacionamento de fato, já que, conforme as escapadas de Seokjin e Namjoon aumentavam, Jimin ficava mais desconfiado e Hayun não tinha mais criatividade para inventar tantas desculpas como justificativa para a ausência dos dois, bem como o fato de Yoongi parecer não se importar de ficar sozinho cada vez mais tempo.

O caçula, então, colocou-se no papel de detetive e passou a vigiar os passos do irmão e do amigo da melhor forma que podia até o aniversário de dezesseis anos de Seokjin. Naquele dia, Jimin acordou cedo e queria fazer uma surpresa para o irmão, havia comprado chocolates com suas próprias economias para presenteá-lo. Então, poucos minutos antes do horário que sabia que o mais velho acordava para ir à escola, abriu a porta do quarto dele de supetão e não encontrou o irmão dormindo. Na verdade, ele estava de pé, vestido com o uniforme escolar e abraçado a Namjoon, que segurava um buquê de flores.

"Ah rá, eu sabia!", foi o que Jimin disse ao ver aquela cena, camuflando a surpresa de tê-los pegado no flagra. O casal ficou apavorado, Seokjin estapeou a própria testa ao perceber como fora descuidado ao não trancar a porta e por ter recebido Namjoon ali, mesmo que não fosse a primeira vez.

A partir daquele dia, Jimin tornou-se cúmplice e aliado. Mesmo sendo visto ainda como "criança demais para entender certas coisas", ele conseguia entender o suficiente para dar o apoio que o irmão e o amigo necessitavam, ajudando-os a manter o relacionamento escondido dos pais com sucesso por mais três longos anos.

Seokjin havia decidido que, naquela manhã do dia da festa, finalmente abriria o jogo com seus pais. Já tinha combinado com Namjoon e com Jimin que eles iriam acompanhá-lo. Ele havia até ensaiado um discurso, assim como o Kim, mas estava esperançoso de que seus progenitores fossem aceitar o relacionamento sem muitos problemas, já que o alfa sempre convivera com a família desde que eram crianças e tanto Jihye quando Jae-in nunca se opuseram à amizade dos dois.

Jimin fora encarregado de chamar Namjoon e levá-lo até o escritório, onde Seokjin já aguardava ansiosamente. O caçula procurou primeiramente no jardim, depois na estufa, onde o amigo passava horas cuidando das plantas, e, sem sucesso, foi até sua casa — que ficava anexa à mansão —, mas não encontrou nenhum sinal dele. Por último, foi à cozinha perguntar à governanta sobre o paradeiro de seu filho:

(In)destinados | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora