Capítulo XXIV

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Escrito por: tsukinojojo 

Notas Iniciais: Chegamos ao penúltimo capítulo e teremos uma "nova" — e muito importante — personagem dando as caras. Boa leitura!


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Já chega!

Uma fortíssima luz branca irradiou do corpo de Jimin assim que a ponta do punhal encostou em sua roupa, travando o movimento de Donghae. A mesma luz explodiu e arremessou o sacerdote com força contra a parede.

Quando o brilho diminuiu, Yoongi correu desesperadamente na direção do Park. O ômega estava desacordado, contudo não havia nenhum ferimento, a ponta do punhal nem sequer cortara o tecido de sua camisa. O Min pegou o esposo no colo e agarrou-se a ele com todas as forças, chorando alto como um bebê, um choro que poderia ser traduzido em um misto de dor, medo e também de muito alívio.

— Jiminnie, acorda, por favor! — o alfa chamava entre lágrimas. Mesmo tendo feito tudo conforme o combinado, mesmo sabendo que Jimin estava ciente e havia aceitado os riscos, Yoongi sentia-se miserável e culpado porque tinha presenciado o desespero do mais novo nos últimos segundos agoniantes em que estava nas mãos do sacerdote.

Nesse meio tempo, a luz branca tomou a forma de uma silhueta feminina que usava uma camisola esvoaçante de mangas compridas e tinha longos cabelos lisos, porém apenas uma pessoa naquela gruta a enxergava assim.

Donghae sentia que todos os seus ossos haviam quebrado depois do impacto contra a parede rochosa, mas ainda estava consciente e viu a figura de Younha naquela luz.

Hoseok entrou na caverna em seguida e foi correndo em direção ao primo, que estava sentado e permanecia com Jimin nos braços. O Jung colocou dois dedos na testa do Park, concentrou-se e irradiou uma pequena luz laranja, que o fez recobrar a consciência de imediato.

Jimin abriu os olhos e piscou algumas vezes tentando se localizar. Percebeu que estava vivo e sem nenhum arranhão ou dor, assim como Yoongi e Hoseok, e então abriu um pequeno sorriso para eles.

— Acabou? — indagou enquanto alternava o olhar entre Yoongi e Hoseok.

— Quase, Jimin. O pior já passou, mas ainda temos coisas a fazer — o Jung respondeu, afagando seus cabelos.

— Jiminnie, me perdoa por ter te dito tantas coisas horríveis, por não ter te tirado de lá quando você se desesperou, tive tanto medo de que desse tudo errado — falou, afoito.

— Calma, Yoon, não se preocupe, você cumpriu exatamente o que acordamos e agora você me recompensará com carinho e café na cama todos os dias pelo resto das nossas vidas — decretou enquanto levava uma das mãos à bochecha do Min.

Hoseok riu da resposta de Jimin. O alívio que o Park sentia era tanto que, mesmo ainda imersos naquela atmosfera tensa, ele conseguiu brincar.

— Tudo o que você quiser, tampinha.

— Blé, doce demais vocês dois. Me deem licença que alguém aqui tem que concluir o trabalho sujo — brincou.

Hoseok se colocou de pé, retomou a feição séria e foi em direção a Donghae.

— Olá, tio Min. Como o senhor está?

O sacerdote fez um esforço para virar a cabeça em direção à voz masculina que o chamava.

— Você... você é o garoto do outro dia... então é mesmo um dos Jung?

— Sim, sou Jung Hoseok, seu sobrinho. Aquele que você chegou até a batizar, mas logo depois escorraçou da sua casa sem nem sequer se importar com o que pudesse acontecer.

(In)destinados | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora