Uma noite de ciúmes

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Nós tínhamos combinado com meus pais e minha tia de irmos à cidade à noite se a chuva tivesse passado e por sorte ela havia dado uma trégua.

Eu estava animado, confesso, Maurício foi o primeiro a se arrumar, eu ainda estava em dúvida em qual camisa colocar, e qual sapato deveria usar

— Você vai demorar mais? Deveria ter começado a se arrumar antes das seis — ele fala da porta do quarto

— Leva tempo para ficar lindo, seja paciente, vai valer a pena.

— Você não precisa de muito para ficar bonito, só vista qualquer coisa e vamos logo.— ele diz

— Não me apresse!

— Então não demore tanto, droga! Vamos chegar atrasado lá e a culpa será sua !

— E daí? — o olhei com raiva, odeio quando ficamos me apressando

— Como e daí? Só ande logo— ele bateu a porta do quarto.

Comecei a fazer tudo na maior lentidão foda-se se vamos chegar atrasados lá.

Já passava das sete da noite quando eu terminei,eu fui para sala e ele estava lá todo emburrado.

— Estou pronto.

— Jura? Depois de uma década? É melhor ficarmos em casa — ele estava me irritando com isso

— Eu não me arrumei para ficar em casa!

— Se quisesse sair mesmo não deveria ter demorado tanto, você é pior que mulher.

Eu não disse nada, só fui para fora de casa o esperar, alguém muitos  muitos na verdade, depois ele sai, ainda irritado.

Ele está assim desde ontem pelo o que eu disse para minha tia, veio me enchendo o saco dizendo que fui muito grosso e Blá,blá, blá.

Enfim, ele é um chato!

Entramos na caminhonete em silêncio, até a casa grande e por sorte eles também estavam saindo, Maurício buzinou para eles , e eles nos seguiram na caminhonete do meu pai.

O céu estava até mais limpo depois de quase uma semana inteira só de chuva.

                                         𓃠

O carro parou perto da praça atrás da caminhonete de meu pai, logo avisto minha mãe e minha tia saindo do veículo.

Olhei para o lado , Maurício ainda estava de cara fechada, reviro os olhos e sai do carro batendo a porta com força

— Você tem merda na cabeça,é?— ele desce e segura meu braço, estava pronto para xinga-lo

— Não, você é quem tem.— mas eu me contive

— Só faltou quebrar a porta da minha caminhonete, garoto!

— Que exagero!

— Exagero? — meus pais se aproximam e nós paramos de brigar

— Oque aconteceu?

— Nada.— falei

Minha mãe e tia estavam com os braços dados com meu pai,uma de cada lado, Maurício me olhou como se estivesse pedindo para eu repetir a ação, mas eu ignorei e andei na sua frente.

Mal dei dois passos e sinto aos mãos fortes dele na minha cintura.

— Quem te deu essa liberdade? — olhei com raiva para ele

— Marido meu não nada sozinho não.— corei com sua fala e fingir não ligar, mas no fundo meu estômago Ficou cheio de malditas borboletas, que ridículo!

I want to hate youOnde histórias criam vida. Descubra agora