Crowley fazia alguns milagres demoníacos para poder chegar a livraria de Aziraphale porque as ruas estavam completamente cheias, era natal afinal, uma data na qual ele não comemoraria se não fosse pelo anjo que o convidava todos os anos para passarem a noite tomando vinho, comendo sobremesas e conversando.
— Oi, sou eu, não diga nada — Aziraphale falou do outro lado da linha quando Crowley atendeu o celular
— Hm — disse Crowley que não conseguia andar em alta velocidade e já estava ficando estressado por isso e também porque queria dar um sinal de que estava ali antes que o anjo perguntasse
— Eu, ahn, receio que teremos que mudar nossos planos
— O quê? — Crowley grunhiu. — É por causa daquele dono de loja que te pediu um favor, não é?
— Bem, é que...
— Só porque alguém pediu algo não significa que você tem que fazer, meu anjo
— Eu sei, mas é natal
— Você sabe que o moleque não nasceu dia 25 de dezembro
— Mas é uma tradição humana que se trata de ajudar os outros e ser solidário e eu gosto de celebrá-la — Crowley suspirou. "Os humanos poderiam ser assim o resto do ano", pensou. — Ele disse que era uma emergência, a pessoa que iria teve um problema familiar
— Você quer uma carona até lá?
— Não, na verdade eu preciso de uma pequena ajuda sua
— Que seria? — Aziraphale, é claro, que não contou até ele chegar lá
.....
— Não, anjo, eu não vou usar isso — Crowley disse jogando a roupa verde de duende para Aziraphale que usava uma fantasia de papai Noel e uma barba falsa
— Por favor, Crowley, pelo natal — Aziraphale falou se aproximando dele
— Eu não vou usar essa roupa ridícula – Crowley olhou dentro dos olhos do anjo que já estavam começando a brilhar como uma forma de fazer ele ceder ao pedido. O demônio desviou o olhar para a sala em volta
— Crowley, querido... - Aziraphale o chamou
— Desculpe — Tom, o dono da loja adentrou o pequeno vestiário fazendo os dois o olhar. - Senhor Fell, espero não estar atrapalhando nada, mas precisamos do papai Noel porque a fila de crianças está aumentando
— Oh, sim, claro, irei imediatamente - Aziraphale sorriu e Tom assentiu se retirando. Ele olhou novamente para Crowley - Vai me ajudar ou não?
Crowley suspirou, odiava a parte que não conseguia dizer não para Aziraphale
— Tá - disse entre os dentes. — Mas você vai fazer a dança
— Por qual razão? — Perguntou enquanto a fantasia de duende era retirada de suas mãos
— Por me fazer usar isso — disse erguendo a roupa. Aziraphale, sorrindo, assentiu e saiu dizendo que iria na frente
....
— Acha que eu vou ganhar alguma coisa esse ano? — Uma garotinho perguntou a Crowley que estava controlando a fila. Aziraphale estava sentado em uma poltrona vermelha conversando com uma garotinha que, aparentemente, tinha feito uma lista e uma carta para o papai Noel.
— Você não foi uma boa criança esse ano? É assim que vocês decidem né?
— Eu acho que não fui uma
— Por que acha isso? — Ele se abaixou ficando na altura da criança
— Eu... eu roubei uma bala, uma vez... de uma lojinha
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Ineffable Husbands | Good Omens Oneshots
FanficApenas algumas histórias que vieram em minha mente e eu decidi escrever e compartilhar Espero que gostem :)