Verônica não conseguia dormir sabendo que tudo tinha acontecido mais cedo. Então, ao invés, que tinha sido gasto a maioria de sua noite com música estridente através de seus fones de ouvido enquanto ela estava deitada de costas, olhando para o teto e tentendo bloquear seus pensamentos. Não ajudou muito, no entanto.
Ela não podia ajudar, mas se perguntou o que Cheryl estava pensando. Cheryl tinha feito toda sua vida um inferno por quatro anos, como ela poderia esperar que seja tudo menos amargo para ela? Verônica tinha tantas emoções acumuladas em direção a garota mais jovem que ficou surpresa por não ter conectado seu punho ao rosto de Cheryl assim que a viu de pé em porta.
Mas houve uma mudança de Cheryl, também. Verônica tentou continuar dizendo a si mesma que Cheryl estava apenas apedrejando fora de sua mente, mas que não foi uma explicação mais a contribuir para esta mudança na menina, e Verônica desejou que ela pudesse descobrir o que era, apenas para alimentar sua curiosidade.
De volta a escola, todo mundo sabia o nome de Cheryl. Ela era a garota que você ia amar ou odiar, e tudo dependia da forma como ela te trataria. Se Cheryl gostasse de você, sua vida seria fácil. Mas, se ela tivesse alguma coisa contra você, bom, você estava ferrado. Cheryl tinha os meios e os recursos para transformar sua vida um inferno. E isso foi exatamente o que ela tinha feito para Verônica.
Notícias se espalharam rapidamente após o indecente no refeitório. Verônica chegou e foi recebida por inúmeros olhares, insultos, e às vezes, violência física. E o pior de tudo, Verônica não tinha sequer começado a sair do armário por conta própria. Alguém tinha feito para ela. Alguém que ela odiava comn cada fibra do seu ser.
Após o incidente, Verônica foi forçada a dizer para seus pais o que tinha acontecido antes que a notícia chegasse para eles de outra forma. Sua mãe estava um pouco confusa no início, mas eles estavam aceitando. Verônica era eternamente grata que seus pais não estavam com muitas dificuldades em relação a sua sexualidade. Ela estava grata por ter todo esse apoio em casa.
Seus pais ficaram furiosos quando Verônica disse o que Cheryl tinha feito. Eles informaram a escola, mas Verônica sabia que isso não ia adiantar nada. Cheryl vivia com seu tio, mas ela sempre se gabou como ele não se importava com o que ela tinha feito. A menina poderia fugir com o que ela queria, e fez com que todos ficassem cientes disso.
Então, Verônica era praticamente impotente. Ela passou o resto dos seus anos de colégio almoçando fora para evitar insultos que recebia seu caminho parao refeitório. Josie, Betty e Toni eram suas únicas amigas. Verônica sabia que, sem elas, esses anos seriam dez vezes mais dolorosos do que já eram.
Se mudar para Nova Iorque fez uma grande diferença na vida de Verônica. Ela decidiu se abrir sobre sua sexualidade, já que agora ela teria controle sob si mesma. Ela ficou surpresa quando ninguém realmente se importou em relação a isso. Foi legal. Ela disse que era gay e eles aceitaram, mudarando para outro assunto na conversa. Era totalmente diferente do que tinha sido na escola. Seus pensamentos foram interrompidos naquela noite.
Verônica saltou quando viu algo se mover fora de seu quarto. Ela apertou os olhos, vendo que a porta tinha sido aberta rapidamente. A luz do corredor era a única coisa que iluminava o quarto dela, e observou como a figura se moveu para perto de sua cama. A menina tirou os fones de ouvido.
- Bear? - Ela perguntou, sentando e levantando uma sobrancelha. Não houve resposta e Verônica ficou ainda mais confusa.
- Oi. - A voz sussurrou. As mãs de Verônica se fecharam em punho e ela respirou lentamente. O que Cheryl estava fazendo aqui?
- Estou dormindo. Vá embora! - Disse com firmeza, rolando para longe da garota. Suas companheiras de quarto com certeza teriam várias explicações a dar na manhã seguinte.
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Yellow • Cheronica
أدب الهواةPRIMEIRO LIVRO DA SÉRIE YELLOW. Verônica Lodge odiava Cheryl Blossom, pura e simples. Claro, quem poderia culpá-la? Cheryl tinha sido a pessoa que leu as mensagens privadas de Verônica em frente a todo refeitório, empurrando-a para fora do armário...