Capítulo 6: Entre Reflexões e Enigmas

4 5 0
                                    

A manhã seguinte viu Noa dirigindo-se à escola em um silêncio profundo, como se o tumulto de pensamentos em sua mente o tivesse afastado de qualquer interação social. Ele passou o dia mergulhado em lembranças e reflexões, os acontecimentos de sua vida recente como sombras enigmáticas a dançar diante de seus olhos.

A tarde chegou com uma melancolia chuvosa. Noa estava a caminho de casa quando a chuva começou a cair, primeiro suavemente e depois com mais intensidade. Ele se encontrava sem guarda-chuva, e a chuva logo o alcançou, ensopando-o da cabeça aos pés. Ele correu o mais rápido que pôde, o som da chuva derretendo em suas roupas como uma sinfonia inquieta.

Finalmente, Noa chegou em casa, sua respiração ofegante, a sensação de alívio permeando sua exaustão. Ele entrou, deixando para trás poças d'água enquanto se apressava para seu quarto. Rapidamente, ele tirou suas roupas molhadas e se despiu, antes de envolver-se em roupas secas. Uma caneca de cerâmica descansava sobre a mesa ao lado de seu computador, um objeto familiar que trazia conforto a ele.

Noa sentou-se, as gotas d'água escorrendo pelo vidro da janela, como lágrimas da natureza. Ele começou a escrever, suas palavras fluindo como um rio de pensamentos. O diário estava desgastado pelo tempo, mas cada página contava uma história. Ele detalhava mais sobre o sonho que tivera, revivendo cada fragmento enigmático, como se estivesse capturando as sombras em tinta e papel.

As palavras ganhavam vida à medida que Noa lembrava dos detalhes, suas mãos movendo-se com uma energia renovada. Ele descrevia a sensação de estar na presença da garota de cabelos prateados e do garoto das sombras, como se estivesse recontando uma lenda perdida no tempo. A chuva continuava a cair lá fora, como se o mundo chorasse junto com ele, mas Noa estava imerso em seu próprio universo.

Quando finalmente terminou de escrever, uma sensação de realização o envolveu. No entanto, a chuva começou a diminuir, suas últimas gotas caindo como suspiros finais de uma tempestade. Noa se levantou, seu corpo ansiando pelo ar fresco após a chuva. Ele decidiu ir à praça próxima, como sempre fazia quando precisava aliviar seus pensamentos.

Ao abrir a porta, algo estranho aconteceu. O chão pareceu desmoronar sob seus pés, e antes que pudesse reagir, ele estava caindo em um buraco escuro. O medo tomou conta dele, sua mente girando enquanto o vazio o engolia. O coração batia freneticamente, a escuridão o envolvendo por completo.

Noa caiu em um abismo desconhecido, suas mãos estendidas buscando desesperadamente algo para agarrar.

A história de Noa:Despertar Além das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora