Cap. 2

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Jimin sempre foi uma pessoa difícil de se lidar, mas eu sempre consegui, de um jeito ou de outro. Porque derreter o meu loirinho é a minha maior habilidade e isso não é segredo para ninguém.

Ele está no sofá da minha casa e eu estou o desenhando enquanto ele atualiza de cinco em cinco segundos a página da universidade que contém o resultado de seu teste prático. Um resultado que sairá a qualquer instante, no caso.

Eu gosto muito de desenhar, é uma das minhas coisas favoritas no mundo, e eu amo fazer esboços de Jimin. Nem sempre eu finalizo, mas quando me apego em alguma pose sua e acho lindo demais para aguentar, eu vou até o fim e depois o presenteio. Ele tem uma pasta só com meus desenhos e já me confessou, enquanto eu estava um pouco bêbado e ele pensou que eu não me lembraria, que sempre abre essa pasta e olha as artes quando sente minha falta.

Eu bebia muito quando eu e ele nos conhecemos, e estava em um vício tão forte que comecei a frequentar um grupo de apoio com a ajuda de Jimin. Hoje eu posso dizer que consigo me controlar e beber civilizadamente, mas guardo medo daquela época e prefiro não colocar álcool na boca.

Ou seja, essa confissão do meu loirinho foi no início da nossa relação. Agora ele deve fazer isso com ainda mais frequência.

— Ji, você quer um abraço? — Ofereço, largando meu caderno e meus lápis sobre ele, sorrateiramente me aproximando do Park. — Eu posso distrair você.

— Eu estou nervoso.

— Eu sei disso, é notável. — Afirmo, deslizando minha palma por sua coxa nua devido ao short que mal o cobre. — Mas nós podemos ocupar a mente com alguma coisa.

Jimin fica em silêncio, mas segue me encarando com curiosidade. Ele bloqueia a tela de seu celular e deixa o aparelho na mesa de centro sem quebrar o nosso contato visual. Em seguida, me surpreendendo, ele sobe em meu colo e me abraça pelos ombros, próximo o suficiente para me fazer arfar, longe o suficiente para que eu o puxe até que estejamos completamente grudados.

— Quer descansar? — É o que pergunto, o aconchegando feito um bebê em meu colo.

Quando ele concorda, começo a o nanar mesmo, acariciando suas costas com cuidado e carinho enquanto sinto sua respiração se acalmar e bater em meu pescoço. Ele não dormiu noite passada, como me disse hoje mais cedo, e a adrenalina do nervosismo não o permitiu descansar ou desopilar durante todo o dia. Logo, é óbvio que está com sono e que precisa de, pelo menos, um cochilo gostoso.

Ele ama o meu colo, especialmente para dormir.


Horas mais tarde, com o leve movimento do meu corpo percebo que meu coala não está mais enrolado em mim. Na verdade, há uma fina coberta que me cobre e meu corpo está reto e confortável no grande sofá-cama. Jimin deve ter se acordado e me ajeitado para que eu ficasse em uma posição menos propícia a sentir tanta dor.

Um sorriso preenche meu rosto enquanto me alongo, e prontamente o cheiro gostoso de comida invade meu olfato. A comida que Jimin faz é deliciosa e me faz querer tê-lo aqui todos os dias comigo. Essa ideia é corriqueira para mim, mas ele foge disso feito o diabo fugindo da cruz, então nem tento mais dar a sugestão.

— Oh, acordou... — Ele me olha, com um pano de pratos como utensílio para secar suas mãos. — Fiz o jantar.

— Como você foi no teste, Ji? — É o que pergunto, levantando-me do sofá para me aproximar dele e envolver sua cintura.

— Passei com noventa e oito por cento de aptidão, eu diria que fui bem. — Ele ri baixinho, um pouco tímido. — E com isso temos motivos para comemorar. Fiz seu prato favorito. E fiz até um pouco de hotteok, apesar de que eu gostaria de saborear algo brilhante no qual somente eu posso tocar.

Seven | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora