Cap. 4

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Quando me acordo na manhã seguinte com o corpo de Jimin ainda entre meus braços, um sorriso me escapa sem que eu consiga me segurar. Ele não é uma pessoa pequena, mas gosto de como seu tamanho destoa do meu e ele se encaixa perfeitamente em mim. Acho que o destino o teria colocado em meu caminho e eu teria me apaixonado por ele de qualquer forma, porque é impossível fazer o contrário.

Nossa noite não acabou com o primeiro orgasmo e nós caímos totalmente exaustos após um banho quente e proveitoso. Nós ainda trocamos beijinhos muito preguiçosos e sonolentos antes de nos entregarmos ao mundo dos sonhos e eu consegui dormir a noite inteirinha de tão relaxado e bem que me sentia junto a ele.

Sua bochecha amassada contra meu peito faz com que um biquinho fofo se forme em sua boca e é preciso que eu me segure muito para não deixar um selar em tal bico. Ele já me deu essa permissão, mas a única coisa que faço enquanto ele dorme, além de o observar, é acariciar suas mãos, suas costas e seus cabelos, algumas vezes a coxa que geralmente repousa sobre minha cintura, também. Mas só.

Acima de tudo, eu sei o que é manter o respeito.

— Já precisamos acordar? — É o que sua voz baixinha e ainda cheia de sono me pergunta. — Quero ficar aqui o dia inteiro.

— E nós podemos, hoje é sábado. — Eu o lembro, depositando um selar sobre sua testa. — Não quer comer alguma coisa agora? É perto de onze horas.

— Eu estou cansado. — Murmura. — Você destruiu a minha energia.

— E o seu corpo. — Brinco, o ouvindo bufar. — Você está com dor, Ji?

Percebo as bochechas dele ficarem rosadas e então deixo um selar na que está virada para cima. Ele se encolhe ainda mais contra mim e sorri pequeno, negando com a cabeça e me abraçando melhor. Ele sempre me agarra como se ele fosse um coala humano. E eu amo essa sensação.

— Depois nós almoçamos, então. — Dou de ombros.

Quando me viro de frente para ele, Jimin se aconchega mais contra meu peito e solta um suspiro satisfeito. Ele me abraça e encaixa o rosto entre meu pescoço e o peito, o braço passa por cima da minha cintura e ficamos nesse abraço quentinho e gostoso.

Ficamos assim pelas próximos seis horas e perdemos totalmente o horário regular de um almoço decente. E nossa alimentação só se torna mais precária quando nos enchemos da comida que sobrou de ontem à noite e chocolate. Muito chocolate.

Depois disso, ficamos enrolados um no outro, no sofá, assistindo a vídeos aleatórios de gatinhos e cachorros na internet. Um programa bobo, mas muito satisfatório.

Com o seu sumiço, seus pais ligaram sem parar e Jimin os deu de desculpa que estava em uma fraternidade da universidade, estudando para as provas da semana seguinte. Depois, ele chorou em meus braços porque não aguentava mais aquela pressão toda, ele não queria mais se sentir um fardo para si mesmo, porque estava difícil demais de carregar aquele peso.

Eu tentei ajudar, mas não tive palavras o bastante e por isso apenas o abracei. Mais tarde, o levei para dar uma volta de moto, andamos por um parque e até fomos ao cinema, jantamos lanches gordurosos e bebemos muito refrigerante.

A noite acabou sobre a minha cama, mas não fizemos nada além de trocar beijos. Conversamos muito, também, sobre tudo e qualquer coisa.

— Você pode estar aqui sempre se quiser. — eu afirmo a ele.

— Me desculpe, Jungkookie, não é fácil assim. — Ele murmura de volta. — Sei que você não me entende, então apenas respeite as minhas decisões.

— Eu respeito, Ji, mas me machuca saber que não está feliz. — Rebato, o apertando mais contra mim.

— Só tem uma coisa que me faz feliz. Enquanto eu tiver isso, ficará tudo bem.

Seven | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora