Capítulo 2

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A cidade estava envolta em uma serenidade matinal quando me levantei, ansiosa para enfrentar um novo dia. O aroma do café recém-passado preenchia a cozinha enquanto eu me preparava para sair. No entanto, antes que pudesse dar o primeiro gole, meu telefone tocou, interrompendo o momento tranquilo.

"Caroline? É a Rosamaria", a voz animada da mulher do outro lado da linha me pegou de surpresa.

"Saudades minhas? Já? A festa foi ontem à noite!", brinquei, ainda me recuperando da noite anterior.

Rosamaria riu, e eu pude imaginá-la sorrindo do outro lado da linha. "Eu sei, mas uma nova amizade merece ser celebrada, não é?"

Concordei com um sorriso. "Definitivamente. O que você está planejando?"

"Bem, pensei que poderíamos nos encontrar para um café. Tem um lugar adorável aqui perto que serve o melhor cappuccino da cidade."

Senti uma sensação agradável de antecipação. "Isso soa perfeito. Quando e onde nos encontramos?"

Após combinarmos os detalhes, desliguei o telefone e terminei de me arrumar. Em pouco tempo, estava a caminho do café, ansiosa por mais uma chance de conhecer melhor a mulher que havia entrado em minha vida de forma tão intrigante.

O café era acolhedor, com mesas de madeira dispostas ao redor de grandes janelas que permitiam a entrada generosa da luz do dia. Ao entrar, avistei Rosamaria, sentada em uma das mesas próximas à janela, com um sorriso caloroso no rosto.

Seus olhos verdes pareciam brilhar ainda mais sob a luz suave do ambiente. Ela usava um vestido simples, porém elegante, que realçava sua beleza natural. Cabelos loiros caíam em suaves ondas sobre seus ombros, e eu não pude deixar de notar como a luz do sol realçava cada fio dourado.

"Caroline, que bom que você veio", cumprimentou, levantando-se para me abraçar.

Retribuí o abraço, sentindo-me à vontade em sua presença. "O prazer é meu. Esse lugar é encantador."

"Eu sabia que você iria gostar. Vamos nos sentar?", convidou, indicando a cadeira vaga em frente a ela.

Nos acomodamos, e logo um garçom simpático nos abordou para anotar nossos pedidos. Optei pelo cappuccino, seguindo a recomendação de Rosamaria. Enquanto aguardávamos, nossos olhares se encontraram em um momento de cumplicidade, como se compartilhássemos uma antecipação silenciosa pelo que estava por vir.

Enquanto nossos cafés eram preparados, mergulhamos em uma conversa agradável. Rosamaria compartilhou histórias de sua vida antes de se mudar para a cidade, revelando detalhes de suas viagens e experiências que haviam moldado sua personalidade.

"Você tem um jeito tão autêntico de contar suas histórias", comentei, encantada.

Ela sorriu, agradecida pelo elogio. "A vida é feita de histórias, não é mesmo? Acho importante valorizá-las e compartilhá-las."

"Concordo plenamente", respondi, inclinando-me para a frente. "E eu realmente aprecio essa oportunidade de conhecê-la melhor."

Rosamaria assentiu, seu olhar fixo nos meus por um momento a mais do que o necessário. "A recíproca é verdadeira, Caroline. Acho que também precisava de alguém com quem pudesse conversar abertamente."

À medida que a conversa fluía, nossos olhares se encontravam em momentos de conexão profunda, como se estivéssemos descobrindo aspectos um do outro que até então permaneciam ocultos. Era uma sensação única e emocionante.

"Caroline, você já explorou mais a cidade? Eu adoraria te mostrar alguns lugares interessantes que descobri", sugeriu Rosamaria, depois de um gole de seu cappuccino.

Fiquei animada com a ideia. "Adoraria. Acho que ainda tenho muito a conhecer por aqui."

"Ótimo. Vamos planejar um dia para isso", ela respondeu, com um sorriso gentil.

Nossos olhares se encontraram, e em silêncio compartilhamos uma compreensão mútua. As conexões que estávamos construindo eram especiais, e eu sentia que cada encontro com Rosamaria trazia novas descobertas e emoções.

"Você mencionou que gosta de fotografia, Rosamaria. Já pensou em fazer algum tipo de exposição aqui em Mar Azul?", perguntei, curiosa.

Ela pareceu pensar por um momento, seus olhos verdes fixos no horizonte. "Na verdade, nunca considerei isso. Mas é uma ideia interessante. Quem sabe? Talvez um dia."

Enquanto o dia avançava e nossos cafés foram substituídos por conversas profundas e risos compartilhados, percebi que nossa amizade estava se fortalecendo a cada momento. Era como se estivéssemos tecendo os primeiros fios de uma tapeçaria que prometia ser repleta de cores e emoções.

À medida que nossas vozes se entrelaçavam em histórias e sonhos, eu sabia que algo especial estava florescendo entre nós. Ainda era cedo para definir, mas havia uma sensação inegável de que Rosamaria estava destinada a desempenhar um papel significativo na minha vida.

Conforme nos despedíamos do café, trocamos promessas de nos encontrarmos novamente em breve. O sol começava a se pôr no horizonte, pintando o céu com cores vibrantes, e eu sentia que, assim como o dia, nossa jornada estava apenas começando.

Vínculos Inesperados - RosattazOnde histórias criam vida. Descubra agora