Alguns dias depois.
Todos acordaram no mesmo horário. Tomaram um café da manhã farto, pois o dia seria longo. Rubi e Dante competiriam no dia do guerreiro.
Seria uma competição acirrada, e, se dependesse de ambos, teria o nível máximo de brutalidade permitida pelos jogos.
A viajem no grande carro de Saphix, uma versão atualizada de uma Land Rover-Range Rover, fora rápida e silenciosa. As ruas estavam vazias, exceto pelos competidores indo a pé para o pátio de decisão.
Saphix apenas os deixou em frente ao pátio, e seguiu com Allastor para seus deveres.
O pátio estava cheio. Ela notou muita gente ali, e alguns possíveis problemas.
Um garoto baixo, de pele escamosa com uma balaclava cobrindo seu rosto. Um menino careca meditando, de pernas cruzadas, e claro, Dante. De cara, ela soube que esses três seriam problemáticos.
Mais alguns minutos observando, e os nomes seriam chamados. Eram divididos em quatro grupos, representando as quatro regiões do país. Água, terra, fogo e ar. Cada participante era mandado para um grupo, de modo a balancear os números. Ao que tudo indicava, a escolha era aleatória.
- Aí - Dante chamou a atenção dela, tocando em seu ombro - Boa luta. Espero te enfrentar.
- Boa luta pra você também - Rubi respondeu, levantando a mão em cumprimento - E se chegar ao final, nós vamos nos enfrentar.
Ele fez o Zhar, um cumprimento que aprendera com seu pai. Uma batida leve de punho fechado em seu próprio peito, simbolizando respeito. Ela retribuiu.
*
Logo as equipes foram divididas em números iguais, com a diferença de um a mais para um time. Cada equipe ficava num pátio diferente. As quatro áreas tinham TV, para acompanhar as lutas. Eram sempre grupo versus grupo, até que só sobrasse um. Logo depois disso, o grupo era desfeito, e colocado para lutar entre si.
"A primeira luta vai começar", o auto-falante rugiu em alto e bom som. Todos se viraram para a tela. O grupo da terra e do ar iriam começar a batalha campal. Existiam três regras. Se caísse de costas, era desclassificado. Se fosse ferido e não pudesse mais lutar, era desclassificado. Se usasse alguma magia ou técnica especial, como as do pai de Rubi, desclassificado.
Todos estavam a par disso, e aguardavam a trombeta soar. A tensão para o início da batalha campal era grande. Então, a trombeta soou, e pouco tempo depois, o grupo de Rubi já não prestava mais atenção. Logo, algumas pessoas decidiram que era melhor ter um líder para coordenar o grupo. Eles fizeram uma votação. Tentaram indicar Dante, por ser filho de um general muito experiente, mas ele recusou. Então, olharam para Rubi.
"NÃO!", foi o que ela pensou em dizer. Mas sabia que eles precisavam de coordenação, e via já a muito tempo seu pai coordenando as tropas em treinamentos de manobras e táticas de batalha.
-Ok, eu aceito.
Todos fizeram o Zhar, e ela retribuiu. Então, ela voltou os olhos para a tela. o Grupo do ar usava uma estratégia de flancos. Atacavam e recuavam, derrubando alguns por vez, inutilizando a investida conjunta usada pelo grupo da terra. Então, a estratégia do grupo que avançava mudou. Eles pararam a investida, e encurralavam pessoa por pessoa numa muralha de escudos.
Pouco a pouco, eles retiraram a vantagem da equipe opositora. Logo, o grupo do ar mudou sua estratégia também. Começaram a usar investidas divididas na tentativa de partir a formação. Logo, eles mal tinham competidores. Quando sobraram apenas dez do grupo do ar, eles se reuniram num canto, e começaram a cochichar.
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A guerra de Ylith
FantasyA centenas de anos atraz, no mundo de Argnum, um ser maléfico emergiu das profundezas do submundo. Foi derrotado, mas antes, escravisou a humanidade. Agora, um novo inimigo se levanta, e um grupo de jovens distintos foi designado pelos doze deuses p...