O Fragmento Perdido 2
RETALIAÇÃO
Sinopse
Depois de ter sobrevivido perseguições e percas que renderam explosões e uma caçada humana em São Paulo, Pérola Scarter tenta manter-se a salvo em uma fuga, agora, para o local menos improvável, o famoso pulm...
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Comecei a caminhar em passos rápidos, em direção a mata fechada. Poderia ser mais rápido, porém, uma dor esmagava a minha perna. Lembrei da mordida da onça. Olhei para a região da dor e a calça jeans estava com um enorme rasgo, por dentro, na pele, sangue escorria.
Pude ver as marcas do que o dente de sabre me causou. Me concentrei e emitia uma camada de ar quente ao machucado, queria cauteriza-lo de forma forçada, consciente. A ferida se fecharia e não me seria mais um problema. Levaria alguns minutos. Não poderia ficar parada, mancando, continuei andando mata a dentro. Esperava que fosse mais fácil para despistá-los. Mais vozes iam aumentando pela região. Eu procurava um esconderijo.
— Escutei alguma coisa. Fiquem espertos. — Diziam uma voz.
Ra-Ta-Ta-Ta
O estampido de armas automáticas soava, assustando os pássaros que voavam de uma árvore a outra.
“Pensei que não podiam atirar em mim. Estou magoada em saber que podem. O que houve, não sou mais valiosa, viva?”
Corri por entre as árvores torcendo para não ser atingida por rajadas de tiros. No entanto, sentia cada casca das enormes árvores arranharem a minha pele, toda vez que esbarrava com uma e, seria impossível não ter contato com uma árvore após outra, já que ali existia uma mata espessa.
— Não atirem. A ordem é, não atirar. Temos que pegá-la viva. — Uma voz soava forte e firme. — Por que está atirando, soldado?
— A- acredito ter visto algo atrás dos arbustos, se-senhor... — A voz tremia ao se explicar.
— E, o que farei com a menina morta, se por acaso, seus tiros a acertarem? Ela não me seria útil em nada. Então, o soldado não irá atirar. Estamos entendidos?
