O Fragmento Perdido 2
RETALIAÇÃO
Sinopse
Depois de ter sobrevivido perseguições e percas que renderam explosões e uma caçada humana em São Paulo, Pérola Scarter tenta manter-se a salvo em uma fuga, agora, para o local menos improvável, o famoso pulm...
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ANO DE 2020 *ATUALIDADE*
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A rua onde estou, não é desconhecida, eu já havia ido até ali, dois meses atrás e era praticamente pelo mesmo motivo. Fugindo de alguém para me esconder.
— Pérola, o quê...? — A mulher mal conseguiu terminar a sua frase e olhava-me como se estivesse vendo um fantasma em sua frente.
— Oi, Elô, eu preciso falar com você, eu posso...? — Eu disse, apenas deixando escapar um fio de voz, seguida por lágrimas que escorriam pela minha bochecha. Eu tinha uma cara de derrotada.
— É claro, meu anjo, entre. — A loira me envolveu em seu abraço no mesmo instante sem negar afeto. Como imaginei que seria. — Florence sabe que está aqui? Ela sabe que está de volta? — Perguntava, de maneira desesperada. Seus olhos me analisavam por inteiro.
— Não, ela não sabe, ainda. Eu só te peço, por favor, que não diga nada.
— Ela precisa saber sobre você, meu amor. Não podemos esconder isso dela. Sua irmã está desesperada a sua procura. Pérola, vocês precisam conversar e se entenderem...
— Elô, eu imploro... — Ao fazer o pedido, simplesmente, desabei em seu colo, um choro dolorido escapava e, Elora passou a tentar me consolar como se tivesse medo de tocar em mim e eu me quebrar inteira como se fosse me partir em milhões de pedacinhos.
— Ei, tudo bem, sou eu, meu amor. Vamos fazer da melhor forma, ok? — Ela disse, buscando o meu olhar. — Por onde esteve? O que houve com você? — Ela me olhava, franzindo as sobrancelhas.
Na verdade, estava espantada por que eu não era a pessoa que ela se lembrava. A minha fisionomia estava mudada. Talvez, eu tivesse com a cor de pele mais escura mais puxada para uma cor calipso, um pouco mais escuro do que a pele de Florence, devido ao sol e calor intenso do norte e, com certeza andei perdendo peso, passei a comer menos e não era só por andar fugindo mais do que dormindo ou comendo, mas também, por que eu quase não sentia apetite para comer. Meu paladar andava azedo o que me permitia comer apenas pela sobrevivência e não por prazer.
