Capitulo 2

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OPHELIA

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OPHELIA

Podia ver de perto a frustração daqueles que tinham maior poder sobre a democracia e a revolução, aqueles que tinham poder para acabar com toda a minha cozinha.

Era entediante servi-los, mas cozinhar era a arte que me fascinava, não gostava de servi-los, mas amava fazer o que deveria ser feito. A comida os acompanhava nos piores e melhores eventos e eu tinha o prazer de faze-lá, mas não como chefe e sim como auxiliar.

Corte legumes, cebolas, coloque tempero, era chato. O trabalho que eu teria orgulho e estaria feliz, era chato, era chato não poder fazer toda a comida, afinal, quem era eu para ser chefe?

Hoje é o dia do meu banquete mais especial, a chefe ficou doente, e me colocou em seu lugar, ela estava triste de perder o grande banquete e feliz por me dar uma chance de ser o que sempre quis, uma chefe de cozinha. Era um pouco complicado subir de nível econômico na cidade, duques eram sempre duques, pebleus eram sempre pebleus, e isso com todas as classes sociais, era mais fácil descer, do que subir.

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Receber pessoas tão importantes como os 3 ministros, era um evento icônico e único, era como receber um prêmio de honra, só que sem matéria que degrada aos poucos.

Havia 3 ministros como falei, eram eles:

1. Olivetti White: Ele era presunçoso, orgulhoso e não aceitava nada que não tivesse lutado para conseguir.

2. Rachel: Inteligente e astuta, sempre tentando sair por cima de todos, uma de suas especialidades era saber de todos a todo tempo.

3. Patrick: Se acha o melhor, mas era o pior dos 3, por isso estava em terceiro, não por querermos que ele fosse ministro, mas os três eram as únicas opções que tínhamos. Patrick costumava achar que seus planos estavam sempre certos, e se não fosse do seu jeito, tudo seria incerto e errado.

Eram eles que eu iria servir, o ego deles era grande e tive que me preparar, fiz aquilo que achei mais chique para um banquete, seguindo também o meu livro de opções de comidas para um banquete. Gostava de criar mini livros sobre possibilidades impossíveis, que agora, não são mais impossíveis.

Segui meu dia com calma, até Art chegar, ele só pegava no meu pé e me fazia distrair de todo meu foco, o que era preocupante, diante do que estava realizando. Art é um cozinheiro também, mas não confiamos muito em suas habilidades culinárias, até por quê, o que Art mais faz nessa cozinha não é cozinhar, e sim fazer piadas.

Consequentemente, demorei mais que o previsto, já que ele não parava de falar, atrasei a refeição, e tive que me apresentar de frente a mesa dos três ministros, estava nervosa, com o vestido sujo de comida e cheirando a legumes, andei rapidamente até a mesa e fiquei em um canto aonde os três poderiam me ver, senti-me queimar de nervoso e aos poucos me senti envergonhada pelo meu feito de atrasar uma refeição tão importante.

_ Essa é a mulher a qual realizou a comida? _ Rachel aponta para mim, falando com sua dama de companhia, que logo concorda _ Rebaixe ela de cargo por uma semana, não admito que tenha feito isso diante da minha presença.
_ Mas senhorita... _ minhas desculpas são cortadas por seus choramingos.
_ É uma ordem _ todos se calaram e apenas a obedeceram, logo apareceu guardas ao meu lado, e me tirarão dali.

Os outros dois ministros ignoraram, como se aquilo que estava acontecendo era apenas um evento das atitudes mimadas da senhorita ministra, como mulher, ela ainda não era levada a sério em seu cargo.

Fio vermelho - A Distância na monarquia Onde histórias criam vida. Descubra agora