OPHELIA
Levada as pressas para fora da sala, os guardas me soltam ao estarmos longe o suficiente dos portões e ouvidos dos superiores.
_ Diante das ordens concebidas pela segunda ministra, está banida do seu cargo por uma semana e rebaixada para empregada real, faça uma pequena mala em seus aposentos, pois, ira utilizar um específico em sua estadia em um cargo mais baixo.
Olho atentamente para o guarda e sinto um ar de familiaridade em seus olhos, de tanto o encarar, ele me chama e tenta me tirar dos devaneios e consequentemente sem perceber, pergunto algo que apenas estava pensado e o mesmo me responde.
_ Sim, senhorita, estivemos no mesmo lugar de ensino quando menores, mas isso não é relevante neste momento _ ele parece mais frio que antes, e decido que era melhor ir para meus aposentos.Me distancio do guarda familiar e vou para meu quarto, ao chegar abro a porta e adentro e me jogo na cama, me sentindo péssima pelo acontecimento de antes, o meu dinheiro diminuiria de novo e iria pagar o preço devido à minha falta de atenção novamente, me sinto aflita e me culpo por me sentir incapaz, ali ainda deitada, pensando naquilo, deixo algumas lágrimas caírem, mais logo faço questão de limpá-las e me levanto, ainda tenho muita coisa a fazer.
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Ao terminar de organizar minhas coisas, esperei um guarda me chamar para afirmar que o quarto estava pronto. Os quartos de empregados reais eram menores e tinha tetos baixos e apenas uma cama e janela e o estilo de comida deles era de uma renda bem menor, já ouvi dizer que alguns comiam até as sobras dos superiores. Me senti nervosa, não queria comer sobras novamente e viver de uma péssima forma, mesmo que fosse somente por uma semana, isso me lembraria de diversos episódios ao qual eu não desejava pensar ou até mesmo imaginar. Talvez conheceria novas pessoas e teria novas experiencias, mas são apenas uma semana, 7 dias, 168 horas, o que poderia dar de errado? É só limpar e ficar quieta no meu lugar, sem dar trabalho a ninguém.
_ Senhorita? _ Connor me pergunta apreensivo.
Pesquisei um pouco sobre ele, desde que o vi mais cedo, perguntei a Arth, para ver se ele o conhecia e ele me contou que o nome dele é Connor, Connor Smith, ele era interessante mais frio demais para mim.
_ Senhorita, pare de me encarar, seus devaneios são frequentes, mas não quero fazer parte deles, se possível, não me encare desta forma, parece estar apaixonada por mim, toda vez que faz isso _ ao ouvir Connor despejando todas essas palavras, paro de pensar e me sinto ofendida.
_ Senhor, eu nunca estaria apaixonada por você, retire esta palavra do seu vocabulário quando for sobre mim, não existem tais relações assim para mim _ apenas ignoro sua reação e adentro ao quarto ao qual me foi cedido por uma ordem mimada de um superior.
Coloco a minha pequena bolsa ao chão e logo retiro o lençol de cama que trouxe, já que não dormiria nestes que me deram.
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Fio vermelho - A Distância na monarquia
RomanceA distância entre as classes era evidente, o dinheiro, o poder, a ganância, tudo distanciavam-se dos sentimentos e a dor tomava conta de todos eles. Escrito por: ÐARK e Akira Plágio é crime! Qualquer adaptação feita, por favor, informar. Atenção:...