Acordei e senti um enorme formigueiro nas mãos, porque alguém adormeceu sem almofadas. Obrigada, queridas mãos! Não me apetecia nada ir ter aula de História, e deixei-me ficar na cama. Finalmente acordei, e fui tomar um banho. Voltei ao quarto para me vestir: vesti uma sweater branca com florzinhas e com um texto "Ready to love" - ninguém esta preparado para o amor - com uns calções pretos curtos. Fui esticar o cabelo e coloquei o meu colar preferido, e desci para tomar o pequeno- almoço. A minha mãe como é médica sai sempre cedo, e o meu irmão Jeremy também já saiu, deve ser uma amiga nova - espero que esteja feliz. Calcei umas vans pretas e peguei na minha mala castanha e saí. Fechei a porta e caminhei no caminho de pedra, que separava o jardim cheio de flores, onde eu brincara com o meu irmão, até chegar ao portão e fechei-o, enquanto olhava para as novidades no telemóvel. Ia em passo devagar - não é muito fácil andar e mexer no telemóvel, ao contrário do que os mais velhos pensam é preciso muita tática - e senti um leve beijo na cara, fiquei assustada e virei-me...
- Olá!
- Ohh, Stefan, assustaste-me!
- Tu vives aqui, é? - disse enquanto virava a sua cara para a minha casa.
- Sim...
- Eu vivo aqui perto, no virar daquela esquina. - apontou para o fundo da rua. Começamos a caminhar para a escola.
- A sério? Como é que eu nunca te tinha visto antes?
- Acho que tanto tu como eu devíamos começar a usar óculos, para não vermos as nossas beldades. E acho que foi ironia do destino - disse sério.
- Uau, para além de convencido é simpático, Adoro! - sorri e ele retribuiu, dando umas risadas.
- Então porque é que vieram para esta escola?
- Bem, nós andávamos num colégio privado porque os nossos pais diziam que era melhor e toda aquela história..., e como já estávamos fartos decidimos mudar, para podermos respirar o ar da escola pública. - finalizei.
- Acho que foi uma ótima ideia.
- Espero bem que sim. - disse. Vi o Matt a vir na nossa direção com uma rapariga.
- Olá mor! - disse o Matt dando-me um beijo na testa, e agarra na minha mão. O Stefan estava estupefacto.
- Parece que o teu namorado já conheceu a minha namorada. - disse o Stefan.
- Olá, sou a Lexi! O teu namorado é muito simpático.
- Olá, sou a Elena! O Stefan e eu vivemos perto um do outro, descobrimos isso mesmo agora, e vínhamos para a escola juntos. - dei um sorriso irónico.
- Não te preocupes, eu não sou ciumenta. - disse a Lexi, eu não sabia o que responder e permaneci calada. Fomos em direção à escola. Foram os piores minutos da minha vida, estávamos calados, ninguém dizia nada, era constrangedor.
Fomos para a sala, e a aula estava a ser uma seca, passou tão devagar, e o Stefan não ajudava nada, estava sempre a olhar para mim. Quando ele me beijou de manhã eu senti um friozinho na barriga, e por segundos o meu cérebro desejava que fosse ele, foi muito estranho. Finalmente as aulas da manhã acabaram. Saí da aula e despedi-me do Matt e da Caroline, pois íamos ter tarde livre. Eles queriam ir almoçar fora, mas não me apetecia nada, e decidi não ir. Fui para casa. A minha mãe tinha deixado o meu almoço no frigorífico e fui aquece-lo no micro- ondas, enquanto ligava a TV e encontrava um canal decente - sem estar a dar noticias, quis eu dizer. Porque é que os adultos insistem em ver, só falam em tragédia, mortes e guerra, nunca hei-de entender. Acabei de almoçar e fui para o meu quarto, e decidi ir escrever um pouco no meu diário. Sentei-me no meu banco que tinha uma janela mesmo ao lado.
"Querido diário, já não escrevo à muito, eu sei, mas esta minha mudança, têm- me deixado pensativa! Mas vou começar pelas coisas boas... O Jeremy anda entretido com uma rapariga, e pelos vistos também já fez amigos - rapazes. Ele é um rapaz com 15 anos que parece ser muito forte, mas por dentro é muito frágil, ele sente a necessidade de uma presença masculina. O meu pai anda sempre a viajar por causa dos negócios, e quando vem para casa é sempre estranho. Às vezes, não lhe damos a atenção necessária, mas não é por não gostarmos dele, é simplesmente por não estarmos habituados com ele no nosso dia-a-dia, mas amamo-lo mais que tudo. Agora eu... Eu não sei o que se passa comigo porque o Stefan mexeu comigo: cada vez que ele olha para mim um friozinho percorre todo o meu corpo e as minhas maçãs de rosto parecem dois tomates vermelhos. Mas depois há a Bonnie que disse que ele era um machista nato. Tenho a cabeça às voltas."
Parei de escrever e levei o lápis à boca e mordi-o de leve. Espreitei pela janela e vi alguém à frente da minha casa olhar fixamente. Olhei melhor e vi que era o...
- Stefan! - dei um grito, que foi demasiado alto e quando dei conta, levei a mão à boca. Levantei-me do meu banco e andei às voltas pelo quarto, enquanto falava sozinha. Mas que raio está ele aqui a fazer? Devo ir-lhe abrir a porta, ou abro a janela a perguntar o que está ali a fazer? Não depois pareço uma peixeira. Parei de pensar e voltei a espreitar, e deparei-me que ele já não estava lá. Amanhã vou perguntar - lhe. Não depois ele acha que sou uma cusca, ou algo do género.
Passou a tarde e fui jantar com o meu irmão, pois a nossa mãe estava a trabalhar. Arrumei a cozinha e fui para o meu quarto ouvir música. Adormeci.
Desculpem a demora tão grande, já sabem testes e coisas assim relacionadas.
Amanhã último diz de aulas, yeah!!
Mas pronto, espero que tenham gostado!
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