Capítulo 2

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Quando me dou conta já estou pronta, coloquei um vestido preto básico e tênis, estou sempre de brincos e um colar ponto de luz então é mais fácil estar pronta pra tudo, passo um gloss e vou até a entrada.

Abro o portão e vejo somente Bill mexendo no telefone

-Estou pronta- Digo fechando o portão

Bill volta sua atenção a mim e vejo nascendo um sorriso

-Muito pontual você, está linda Cassy- ele diz estendendo a mão para eu acompanhar ele

-Sarcasmo?- vou de encontro a ele e atravessamos a rua

-Cassy só tem uma coisa que tenho que dizer- Bill para na porta e coloca a mão no rosto- Eles são meio adolescentes ainda, então não julgue muito

-Porque acha que eu julgaria...- Bill abre a porta e Tom está correndo atras de um rapaz que grita descontroladamente socorro

-Ta bom, eu posso tentar- Olho para Bill que estava segurando a risada

-Vem vou te apresentar- ele pega na minha mão me levando para dentro- Galera essa é a nossa vizinha, Cassy- Ele me olha- Sejam gentis e em caso algum estacionem na frente da casa dela.

Olho para ele sorrindo e aperto sua mão e quando volto os olhares todos os meninos estão olhando com cara de assustado, olho novamente para Bill e ele parece estar mais confuso que eu

-Mãos dadas?- Um rapaz diz e logo Bill solta a minha mão

-Parem de ser idiotas, vão deixá la desconfortável- Bill diz indo até a mesa pegar bebida e o rapaz se aproxima

-Prazer Cassy, sou Gustav- ele me comprimenta

-Prazer- sorri fechado e logo tom se aproxima

- 10 minutos parecem eternidade quando está esperando, sabia?- ele diz

-Se houver outra oportunidade dobro o valor só para você se sentir imortal então- digo e Gustav começa a rir

-Eu gostei muito de você Cassy, muito mesmo- ele dá um tapa no ombro do Tom e sai indo até os fundos onde parecia estar acontecendo a festa

-Qual é, não precisava ter conquistado meus amigos tão rapido- ele sorri
-Eles são irresistíveis, desculpa - debocho

Bill logo vem trazendo duas bebidas e me entrega uma

-Vamos Cassy- ele diz andando até os fundos como se fosse para eu seguir e assim fiz

Chegando lá tinha várias meninas e uns 3 ou 4 caras fora Gustav, conversei com Bill e com algumas garotas que sempre diziam estar interessadas no Tom e eu ficava procurando algo interessante neles e obviamente nada para mim, eles são lindos de fato mas não chamou minha atenção em nada fora a beleza.

Olho para o céu e vejo ele ficando um tom mais claro e quase grito um BINGO, era minha deixa para ir embora, procuro Bill com os olhos e vejo que ele está aos beijos com uma garota então decidi não atrapalhar e só vou em direção a saída.

-Uma gata fugitiva- Escuto uma voz vindo das escadas

Olho para trás e vejo tom sentado na escadaria com roupas de dormir provavelmente, quando foi que ele saiu da festa que eu não reparei?

-Está quase amanhecendo, vou indo- volto a caminhar até a porta e sinto ele vindo atrás

-Te acompanho até sua casa- ele diz abrindo a porta

-Nossa é tão longe, não deveria se incomodar- debocho

-Imagina, Bill me mataria- ele diz quando começamos a nadar até o outro lado da rua

-São bem receptivos, vão se dar bem aqui- digo

-Sim, mas não tivemos tempo de conversar muito- ele olha para mim- O que faz da vida senhorita Cassy?

-Doutora Cassy Miller para você- digo olhando para ele e vendo que já estamos no portão de casa

-Doutora? que ótimo já sei onde trazer o Gustav quando eu deixar ele desacordado- ele diz debochando

-Não vou poder ajudar com isso mas posso ajudar com esse distúrbio de superioridade- digo no mesmo tom

-Ah, então você é psicóloga- ele diz se achando esperto

-Psiquiatra para ser mais exata, gosto de tentar entender a mente do outro- encarro o mesmo que agora tem os olhos brilhando

-Porque?
-Porque? - fico surpresa porque ninguém tinha feito essa pergunta tão direto assim

-Porque quer ajudar alguém que é considerado maluco?- ele me encara

-Todos nós temos sequelas de algo senhor Tom, só que alguns sabem se curar e já outros precisam de ajuda. E eu gosto de ser a pessoa que tenta ajudar

-Quem precisou de ajuda e você não conseguiu ajudar- Ele perguntou sério

Eu penso rápido, eu manipulo aqui e não ele.

-Isso não é sobre mim e sim sobre quem eu estou ajudando- digo ríspida e ele dá um passo para trás

-Certo senhora sem traumas, Boa noite Cassy- ele diz se virando

-Boa noite Senhor Kaulitz- digo abrindo o portão e escuto ele parando de andar

-Repete por favor- Tom diz parado no meio da rua

-Quer que eu te de boa noite novamente?- fico sem entender

-Sim, não na verdade a parte do senhor Kaulitz. Repete?- ele diz com as mãos no bolso

-Está precisando de uma consulta senhor Kaulitz- digo e solto um riso e coloco a mão no rosto

-Obrigada Doutora Cassy, vou agendar- ele sorri e volta a caminhar até a sua casa

Fecho o portão e fico pensando no porquê de repetir a frase, será que lembrou alguém para ele? Mas logo tirei esses pensamentos, não posso ficar lendo comportamentos de qualquer pessoa ou examinando cada passo delas, isso pode me deixar maluca e sem controle.

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