Capítulo 15

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POV: Lalisa Manoban

Depois de ver Jennie e Heng se beijando, o meu mundo se destruiu em pedaços, ou melhor, o meu coração se destruiu em mil pedaços.

O que senti... significa que eu realmente estou apaixonada pela Jennie?

E se for um amor incorrespondido?

E se ela não me quiser além de sua amiga?

E se ela... PORRA! Eu não aguento mais!!!!

Eu não deveria ter transado com ela. Como eu pude acreditar que ela realmente sentia alguma coisa por mim?

— Eu sou tão ingênua!! — me sentei em uma pedra que havia no local. Apoiei meus cotovelos em meus joelhos e passei minhas duas mãos pelos cabelos. Logo depois as desci para tapar meus olhos, e, assim, comecei a chorar.

Que porra de sentimento é esse?

Angustia misturado com fraqueza, misturado com tristeza, misturado com desprezo, misturado com... com coisas ruins.

Eu nunca me apaixonei antes, mas sempre tive uma queda pela Jennie, e, eu demonstrava meu amor irritando-a. Eu amava fazer isso.

Lembro de uma vez que ela me abraçou, foi a primeira vez que eu senti meu estomago cheio de borboletas. Eu me lembro também que passei o resto do dia sorrindo que nem uma retardada.

Era o aniversário de 11 anos da Jennie, ela nunca tinha ganhado presentes de ninguém. O presente dos sonhos dela era ganhar um cachorrinho, pois então, eu saí para procurar um cachorro junto ao Jungkook. Eu o arrastei e até hoje ele me odeia por isso.

Lembro-me que foi a primeira vez que eu e Kookie saímos sozinhos e escondidos. A primeira vez que quase viramos um zumbi. Por isso o Kookie me culpa até hoje, mas ele também ri das palhaçadas que fizemos no caminho.

Foi aterrorizante quando um zumbi ficou cara a cara comigo. Estávamos fugindo de uma horda e eu tropecei. O zumbi caiu em cima de mim e me encarou com seu rosto cinza e cheio de sangue, ele estava sem uma parte de sua nuca, dava para ver direitinho seu cérebro podre, rodeado de moscas.

Por sorte o Jungkook o tirou decima de mim um minuto antes de ele me morder.

Foi horrível a sensação.

Jennie nunca soube do que eu passei para conseguir o cachorrinho.

O pequeno tinha acabado de nascer, pois ele era muito pequeninho, inclusive, até hoje ele está vivo, mas já está velhinho. O nome dele é Kuma.

O animalzinho fica com uma veterinária, protegido em uma casa próprio para os nossos cachorros.

Voltando a realidade.

Ouvi um barulho atrás de mim e percebi que não estava sozinha na floresta. Era o lugar onde costumávamos pescar, não havia zumbis ao redor. Por tanto, só podia ser uma pessoa.

— Jennie? — ninguém respondeu. — Kookie? Jimin? Rosé? Jisoo? — chamei o nome de todos, mas o silêncio continuou.

Senti um calafrio quando alguém passou correndo atrás de mim. Olhei rapidamente para trás, e senti uma faca passar pela minha barriga, fazendo um corte um tanto profundo.

Taparam minha boca e só pude ver uma luva preta que cobria a mão do indivíduo.

Fui impressionada com outra facada na minha coxa, dessa vez, foi por outra pessoa que aparentava usar o uniforme da gangue dos Jiboias.

Logo apareceu um cara com outra faca maior, logo ele esfaqueou a minha barriga, afundando o objeto afiado lá. Ele foi cuidadoso para não atingir nenhum órgão, o que eu estranhei bastante.

Fui jogada no chão. Um dos homens subiu em cima de mim e começou a me socar.

O primeiro soco foi na lateral do meu troco;

O segundou foi na minha bochecha;

No terceiro, ele se preocupou em acertar em cheio o meu olho direito;

O quarto foi no meu queixo, eu quase mordi minha língua, mas percebi o que o mais alto iria fazer, então rapidamente tirei minha língua de pertos dos meus dentes;

O último soco foi dado pelo o que aparentava ser o chefão. Ele me levantou, cerrou os punhos com força e logo eu senti uma dor no meu maxilar inferior, fazendo-me ir um pouco para trás e gemer de dor. Logo fui surpreendida com a outra mão dele que fez o nocaute final me socando na base do meu pescoço, assim fazendo-me cair no chão, totalmente desacordada.

POV: Narrador

A noite apareceu, a escuridão tomou conta da floresta, um lugar perigoso para se ficar de dia, imagina de noite. Ela ficou desmaiada no chão, com sangue caindo de sua boca, seu corpo cheio de hematomas, o seu troco, seu braço e sua coxa também estavam escorrendo sangue, com o risco de ganhar uma picada de cobra.

As chances de ela não sobreviver, só aumentou ainda mais.   

O Apocalipse: Só Restaram NósOnde histórias criam vida. Descubra agora