Além da Noite Chuvosa

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Sinopse:
Daniel morreu em um acidente de carro durante uma terrível tempestade quando foi comprar um peixe enquanto eu estava gravida. Todos me dizem que não foi minha culpa.Mas eu ouço os burburinho da cidade. Além de que os freios não se cortaram sozinhos.

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No sombrio inverno de uma pequena cidade, Emily, grávida, sentiu seus desejos começarem a aflorar. Naquela noite fria, seu anseio por sabores específicos a fez chamar por Daniel. Seu marido apareceu com a pequena Clara nos braços, um sorriso gentil iluminando seu rosto.

"Querida, do que você precisa?" perguntou ele, com afeto.

Emily lambeu os lábios, respondendo com um toque de indulgência: "Estou desejando peixe com cebola e abacaxi."

Contudo, a hora avançada não era favorável. Daniel apontou para o relógio. "Quase 1h da manhã, amor. Não consigo encontrar uma peixaria aberta agora."

Brincando, Emily cruzou os braços. "Bem, se nosso filho nascer com cara de baiacu, a culpa será toda sua."

Clara riu, e Daniel, com um sorriso, aceitou o desafio. "Certo, vou buscar o melhor peixe que puder encontrar." Com cuidado, ele colocou Clara no chão.

[...]

Horas se arrastaram, a preocupação aumentou e as tentativas de contato com Daniel foram em vão. Emily estava cada vez mais inquieta, enquanto Clara, entretida com seu ursinho de pelúcia, estava alheia ao drama que se desenrolava.

Finalmente, o telefone fixo tocou, e Emily correu para atender. As palavras do policial do outro lado da linha despedaçaram seu coração. A vida dela foi devastada por uma tragédia que a assombraria para sempre: seu marido, Daniel, o homem gentil e prestativo, havia perdido a vida num terrível acidente de carro durante uma noite de tempestade, enquanto tentava realizar o desejo dela.

As memórias daquela noite atormentavam Emily incessantemente. A chuva incessante e os ventos ferozes obscureceram a visibilidade.

Porém, contar a notícia à filha foi ainda mais doloroso. Lágrimas brotaram nos olhos de Clara ao ouvir a verdade, seu rosto infantil se enrijeceu, e seu urso favorito caiu no chão enquanto ela corria para o quarto, chorando.

A culpa consumia Emily, pois ela acreditava que sua fraqueza havia desencadeado uma série de eventos trágicos.

No enterro, tentaram assegurar a Emily que a culpa não era dela, mas os sussurros na cidade eram implacáveis. E foi em um pequeno dia que Clara fez a pergunta que a assombraria:
"É verdade que você matou papai?" As palavras de sua filha perfuraram o coração de Emily, sua voz infantil carregando um peso inimaginável.

"Claro que não, querida. Quem disse isso?" Perguntou, preocupada.

"As maes de minha amiga disseram" Assegurei ela que isso nao era verdade"

[...]

A polícia revistou toda minha casa de cima a baixo e atrás de um guarda-roupa velho no sótão foi encontrado um alicate com a migraxa do carro de Daniel utilizando para cortar seus freios.
A tensão aumentou, e eles algemaram Emily, tirando Clara de seus braços. A jovem garota observou a cena com olhos arregalados e cheios de confusão.

Emily começou a protestar, negando veementemente que o alicate fosse dela. Porém, as emoções fortes causaram uma reviravolta: sua bolsa estourou devido à pressão e o desespero, resultando em uma dor intensa que eclipsou tudo. No meio da turbulência, os policiais rapidamente a desalgemaram.

[...]

Horas mais tarde, Emily estava deitada em uma cama de hospital, ao lado de seu recém-nascido. Ela havia acabado de alimentar o bebê e estava exausta. Enquanto isso, Clara estava na sala de espera, inconsciente do novo desenvolvimento.

Os policiais voltaram a perturbá-la, invadindo seu espaço de fragilidade. Desta vez, Clara não estava presente.

"Vamos deixar seus filhos sob os cuidados de sua mãe. Você será presa em dois dias." A voz fria do policial ecoou na sala, deixando Emily sem forças para protestar.

Quando os policiais partiram, Clara entrou na sala. Sentou-se em um banco próximo a Emily, estando à sua altura.

"Filha, precisamos conversar", disse Emily com a voz fraca, mas cheia de sinceridade.

Clara olhou para a mãe com seus olhos jovens e determinados. "Eu já sei. Vou morar com a vovó até você sair da prisão." A jovem garota afirmou isso com uma mistura de tristeza e bravura.

Emily ficou surpresa com as palavras que saíram da boca de Clara, mas antes que pudesse responder, a filha continuou.

"Eu sei que não foi você quem matou o papai." Clara declarou, pegando Emily de surpresa. A mãe sorriu com gratidão, sentindo um pouco de alívio em meio à tormenta.

"Mas, filha, como você pode ter tanta certeza?" Emily questionou, curiosa para entender o raciocínio de Clara.

A garota suspirou antes de começar a falar, suas palavras carregadas de um peso doloroso. "Eu estava brincando na garagem naquela noite de inverno. Encontrei a caixa de ferramentas do papai e achei o alicate dele. Minutos antes dele sair, cortei os freios do carro."

As palavras de Clara caíram como uma bomba, atordoando Emily. Ela lutou para compreender o que a filha estava confessando.

"Por que fez isso, querida?" Emily perguntou, sua mente se debatendo entre a incredulidade e a necessidade de entender.

Clara encolheu os ombros, uma mistura de emoções cruzando seu rosto infantil. "A vovó sempre me dá doces antes do almoço e me dá dinheiro quando quero. Fazer isso foi a única forma de poder morar com ela."

O choque percorreu o corpo de Emily, e suas palavras ficaram presas em sua garganta. Ela tentou implorar para que Clara não seguisse por esse caminho, prometendo até mesmo permitir que a filha comesse todos os doces que quisesse.

Clara riu, saindo da sala enquanto Emily gritava em desespero. Estaria este o seu fim? Ser condenada à prisão, incapaz de acompanhar o crescimento de seus filhos, com um marido morto e uma filha que parecia carregar um lado obscuro?

Determinada a não ser dominada pela tortura desse destino, Emily fez sua escolha. Antes que pudesse reconsiderar, ela pegou uma corda e...

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⏰ Última atualização: Aug 12, 2023 ⏰

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