Meu instrumento de Arte

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É louco como as coisas mudam tão depressa
Em um dia, eu falava que te amava até o infinito
E antes que eu pudesse me agarrar à aquela memória,
O meu ódio por você se tornou maldito,
E agora o ego e prepotência te devora.

Eu pedi para Deus
O seu amor, mas eu não recebi de verdade,
Não consigo acreditar no que ocorreu,
Pois quem te ama, não te esfaqueia
Com tanta maldade...

Eu pedi para Deus
O seu perdão, por algo que sequer cometi
E olhando a situação com cuidado,
Esse final sempre esteve claro,
Eu só não imaginei que
Você iria conseguir.

Eu pedi para Deus...
A sua morte, para não precisar ver sua cara,
Eu pensei que se meus monstros morressem,
Eu iria estar livre dessa desgraça

Eu tive medo de surtar
Pois eu estava tão mal,
Que nem naqueles casos americanos,
Comprar um cano
E ver você ser legal.

O choro é de angústia
Angústia da alma,
A mesma alma que jurava te amar
Jurava te amar espiritualmente,
Agora a sua morte é algo que ocupa
Minha mente

E da sua morte, viria o choro
O choro novamente,
De angústia,
Mas essa angústia seria a confusão,
De estar feliz com a morte
Da minha primeira paixão

Você colocou monstros que correm
Livremente dentro de mim,
Há alguns meses atrás,
É engraçado pensar que você
Que colocaria nisso um fim.

Você está morto?
Pois eu não lhe reconheço,
Você não é mais aquele garoto,
Mas sinto alívio que essa sua versão,
Eu não conheço.

E de não conhecer,
Eu conheço seu passado,
As coisas que faz no presente,
E provavelmente,
Qual no futuro vai ser seu estado...
Um infeliz mal amado.

Esse infeliz mal amado,
Por mim foi tão bem cuidado,
Eu não entendo onde eu teria errado,
Para você se tornar esse covarde,
O lado bom é que posso transformar
Essa raiva
Essa decepção
Em arte.

"Meu Instrumento de Arte" -Ariel Cruz

𝐆𝐫𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐉𝐨𝐯𝐞𝐧𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora