A cidade que não dorme parte 2

390 52 16
                                    

Notas da autora:
Oii pessoas! Tô viva kkjl me desculpem o sumiço. Ainda estou na primeira fase do luto, com o fim da novela :( Enfim, ainda vai ter parte 3 com essa história, mas é a última e já vou postar amanhã. Juro juradinho!
E outra coisa, vocês querem que eu continue com a fic? Querem mais histórias? Porque, por mim, eu posso escrever muito mais, tenho várias ideias inclusive kkjl Mas isso é com vocês. É só me avisarem que eu continuo ou não, tá bom? É isso, vamos na fé! Boa noite e boa leitura :)










-Alô?
-Ora ora, quanto tempo, hein Heleninha?
Era Theo. O ódio já instaurado em Helena, só triplica. Ela automaticamente liga o viva voz para que todos ali escutassem a conversa.
-Seu canalha!
-Que isso? Pra que tanta agressividade?
-O que você fez com a Clara? Cadê ela? Se você machucar ela, eu juro que eu te mato!
-Ha ha mas é uma sapata mesmo, que valente! Mas pode ficar tranquila, que a sua amiguinha está em ótimas mãos.
-O que você quer? Me fala, que eu faço agora! É dinheiro?
Uma risada alta e irônica é emitida do outro lado da linha.
-E eu lá preciso de algum dinheiro seu! Deixa eu te explicar a situação... A Clara me meteu um belo par de chifres, justamente com você. O dinheiro que caia todo mês na sua conta, fui eu quem dei! Eu que paguei pra você deixar ela magra e o que você fez ao invés disso? Você comeu ela! Ha ha eu fui um idiota mesmo. Então, sabe o porquê de eu fazer tudo isso? Porque eu quero que você sofra! Quero que você implore! Quero que você pague por destruir uma família!
-Você já fez isso sozinho.
-Cala a boca! Pode ficar bem esperta, porque o próximo vai ser o seu querido enteado.
-Você não vai encostar um dedo no Rafa!
-Ai Helena, tô perdendo a paciência. Fica com Deus aí.
O homem fez menção em desligar a chamada, porém a personal interviu.
-Não! Espera!
-Que que é agora!?
-Eu me entrego! Vamos fazer uma troca! Você devolve a Clara e eu vou no lugar.
-Uhm... Me convença.
-Você não queria me ver sofrer? Então, eu me entrego! Você vai poder fazer o que quiser comigo, só deixa a Clara em paz!
-Ok, ok. Não é uma má ideia. Vou te passar um endereço. Mas não quero nenhum tipo de gracinha! Quero você sozinha!
-Sem problemas. Só tem uma condição!
-Tava bom demais pra ser verdade! Que condição é essa?
-Me deixa falar com a Clara! Pelo menos ouvir a voz dela pra certificar que ela está aí!
-Ai, tá, tá bom... Oh amor, a sua personalzinha histérica tá querendo falar com você. Abre a boca aí!
Após alguns segundos em silêncio, surge uma voz feminina e desesperada. Era Clara.
-Helena, meu amor! Eu tô com medo! Não escuta ele, não vem pra cá! Por favor...
-Meu Deus, Clara! Eu vou te tirar daí, meu bem! Confia em mim, vai dar tudo certo!
-Aqui tá frio, eu tô com medo...
-Eu sei, meu amor, eu sei... Vai ficar tudo bem. Eu te amo! Não esquece disso, tá?
Antes mesmo de Albuquerque dizer alguma coisa, a voz masculina volta a tona novamente.
-Já deu! Já falou demais, muito mi mi mi pro meu gosto. Vou te mandar o endereço. Se quiser a dondoca viva, não faça nenhuma gracinha. Beijinhos, sa-pa-to-na!
A ligação é encerrada. Helena fica estática. Ela não poderia perder Clara. Nunca se perdoaria por isso.
Anita se aproxima cautelosamente e acalma a amiga.
-Helena, nós já rastreamos a ligação e acionamos nossa equipe para cercar o local. Nós vamos prender ele. Vai ficar tudo bem.
-Eu... Eu... Eu vou junto!
Verônica ao ouvir, já se manifesta.
-De jeito nenhum! É muito arriscado!
-Mas eu tenho que ir! Eu falei pra ele que eu ia! Vamos fazer essa troca. Eu faço de tudo pra ela ficar viva.
O casal entra em um empasse. A loira hesita em aceitar a possibilidade.
-Isso tá fora de cogitação.
-Amor, o Theo iria achar bem estranho se ela não fosse. Ela precisa ir. Não vamos entregá-la, é só pra enganar ele.
-Mas e se ele for mais rápido? E se ele pegar ela? De jeito nenhum!
Enquanto a discussão entre as duas desenrolava, a esperada mensagem chegou no celular de Weingberg.
"Rua Ascenção Ferreira n°15
Venha sozinha, sem mais ninguém. Vou te fazer virar mulher de novo."
O estômago de Helena embrulhou, sua pernas enfraqueceram e sua mão deixou o celular cair no chão. O barulho do aparelho chamou a atenção de todos. Rafael que estava em um canto estático até agora, se aproxima da mulher extremamente preocupado.
-Helena? Tá tudo bem? Fala comigo, por favor.
Aquilo não era possível, aquele homem era um monstro. Helena precisava tirar ela das mãos dele.
-Tudo bem... Eu vou. Sem discussão.
-Helena... Se eu perder a minha mãe... Se eu perder você. Eu nunca vou me perdoar. Toma cuidado, por favor.
O jovem estava com os olhos marejados e as mãos trêmulas.
-Rafa, independente do que acontecer, saiba que eu te amo! Eu amo com todo o meu coração. Você se tornou um filho pra mim. Você é forte, você é inteligente, você é capaz de tudo. Vai dar tudo certo. Te amo.
A mulher depositou um beijo na cabeça de Rafa e mexeu a cabeça para as amigas, sinalizando para elas irem.
No caminho, tudo se passava na cabeça de Helena. Pensava em todas as possibilidades. Clara tinha que sobreviver. Ela não aguentaria ficar sem ela.
Devido aos pensamentos, ela não percebeu o parar do carro. Haviam chegado. Era uma casa grande, porém abandonada. Estava tudo silencioso. Como combinado, Helena saiu do carro e caminhou até a casa, avistando o carro partir.
Respirou fundo e tocou a campainha. Em menos de um minuto, o portão foi aberto. Ele estava ali. Com o típico sorriso sínico nos lábios. Deu espaço e fez menção para ela entrar. O pesadelo tinha começado.

One-shots Clarena- Tudo o que der na telhaOnde histórias criam vida. Descubra agora