𝐒cream (𝐅lop 𝐆roup 𝐕ersion) - Finalizado.

𝐀to 1

29/10 - Domingo
23:00.

Era uma noite de céu aberto, lua cheia. As ruas estavam completamente desertas. As únicas iluminações presentes eram as dos postes de luz que estão espalhados por toda Woodsboro.

Em uma casa específica, cujo os vizinhos estavam já dormindo, havia um jovem sentado sobre a cama com a luz apagada e as leds acesas; denominado como João. Naquele momento, estava fazendo uma webcam com um garoto rico que conheceu na Internet.

João, devagar, despiu-se de seus trajes, ficando apenas com uma lanjerie de renda da cor vermelha, sensualizando para o rapaz através da tela - o garoto faria a mesma coisa, ficando sem a blusa. Os dois conversavam intimamente.

Naquele momento, o telefone toca.

- Aí, que droga. Já volto. - Disse ele, se levantando da cama e atendendo o aparelho telefônico, levando ao ouvido. - Alô? Quem tá querendo falar comigo nessa hora da noite? - Ditou, um pouco raivoso.

- Olá, é o número da Heather? - A voz era grossa, estranha para João.

- Aqui não é a Heather, ligou para o número errado. - Desligou e retornou para sua atividade anterior. Ao tirar uma das alças da lanjerie, foi interrompido novamente pelo mesmo telefone.

- Alô? - Disse, já furioso.

- Vim pedir desculpas por ter ligado de novo, mil perdões. - Falou a voz anterior.

- Legal. Agora me deixa em paz. - Quando o jovem iria desligar a chamada, parou ao ouvir a tal voz novamente.

- Vamos conversar! O que está fazendo? - Perguntou o indivíduo, curioso.

- Ér... Assistindo série, por quê? - Enganou a estranha voz no telefone.

- Que tipo de série?

- American Horror Story. Estou assistindo Asylum. - Respondeu a pergunta, de forma desaforada.

- Asylum? Assustador. - A voz indagou.

- Já conversou o suficiente? Quero voltar pra o que estou fazendo. - Disse João, revirando os olhos e, depois, visando o computador com a webcam.

- Seus pais estão em casa? - Perguntou o estranho.

- Por quê? - Disse João, pensando. - Olha, eu sei várias posições.

A voz gargalhou com o comentário. Um silêncio tomava conta da chamada, que logo foi quebrado pela frase do estranho - Deixa, eu não quero te atrapalhar... Nessa webcam com estranhos, se prostituindo por dinheiro na Internet.

- É o que, seu idiota? - Ao ouvir aquela frase, olhou os arredores. Arqueou sua sobrancelha, duvidoso. - Que mentira é essa?

- Se não quiser que isso seja espalhado... - Gargalhou o indivíduo.

- Isso é um blefe, não é, Daniel? - João acharia que era uma brincadeira de seu amigo, Daniel.

Um barulho de vidro quebrando viria da cozinha, no andar inferior. - Porra. - João falou, virando seu rosto na direção do som e prestando atenção nos detalhes.