15.

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Natália 🤪:

Entrei dentro de casa e me joguei no sofá só vendo meu pai agora na sala. 

Eu nunca consegui entender a relação do meu pai com o Gabriel, sério.

Nunca cheguei a ver meu pai tendo uma relação boa com o Gabriel, nunca cheguei a ver ele tratando o Gabriel com carinho.

Antes eu não conseguia enxergar isso, mas depois que eu comecei a me entender por gente comecei a ter essa visão.

Teve até um tempo na minha infância que o Gabriel começou a me tratar mal, me deixava de lado e eu não entendia,de verdade mesmo.

Foi aí que eu comecei a enxergar o porquê, mas,graças a Deus ele voltou a me tratar bem do jeito dele.

E eu me sinto mal por isso, sabe? Sei que a culpa não é minha, mas me dói ver meu pai me tratando melhor do que com o Gabriel.

E mesmo o Gabriel não demonstrando que se importa,são coisas que se pega no ar que vê que ele se sente desconfortável.

Um exemplo foi agora mesmo quando eu entrei abraçada com o Deco e ele desviou o olhar, e depois foi embora.

E às vezes dá para ele perceber que ele só faz algumas coisas para ter uma aprovação do Deco, sei lá.

Mas também não dá para entender muito o Gabriel já que ele é todo fechado, e não fica demonstrando muito o que sente.

Stella: tu nem fala com o garoto, Fernando- despertei dos meus pensamentos com a voz séria da minha mãe.

Deco: falar o que? Cheguei e ele já foi embora, eu que não vou ficar bajulando marmanjo.

Stella: ele é seu filho. - falou toda séria ficando vermelha e percebi que ela estava totalmente estressada. - você trata o menino como se ele fosse um qualquer, mas ele é seu filho.

Deco: tá bom,Stella. Me estressa, não.  - bufou.

Stella: vai pra puta que pariu - falou alto- você ainda vai se arrepender muito por está  fazendo isso com ele.

Ele fechou os olhos parecendo buscar paciência e soltou um suspiro,ignorou que minha mãe estava ali e ela ficou encarando ele, depois saiu batendo o pé puta da vida.

Natália: por que? - perguntei baixo depois de um tempo e ele me olhou.

Deco: o que?

Natália: por que essa diferença? - ele me olhou sério- por que não demonstrar amor e preocupação por ele também?

Ele continuou me olhando sério e ficou calado, desviou o olhar e negou.

Natália: você ama ele, não ama? - perguntei mais baixo sentindo meu coração acelerado.

Eu não sei o porquê,mas estava sentindo um medo no peito.

Natália: ele é seu primeiro filho e é homem, é isso que os homens preferem não é? Por que não demonstrar amor por ele também? - ele ia abrir a boca para responder,mas uma voz fez ele parar.

Gabriel: vim buscar você- engoli em seco e levantei o olhar vendo o Gabriel me olhar sério, e com uma sacola de mercado na mão. - vai poder sair agora?

Soltei todo o meu suspiro e olhei para o deco que ainda não tinha olhado para o Gabriel.

Natália: Gabriel- tentei falar morrendo de medo e ele negou.

Gabriel: responde logo, deixei de fazer o que eu tinha para fazer para vir buscar você. Se tiver outra coisa para fazer tranquilo- desci meu olhar para a sacola vendo suas veias marcando.

Natália: eu só vou buscar meu carregador- desviei meu olhar para meu pai que continuava sério sem olhar para o Gabriel.

Gabriel: vou te esperar lá fora- falou sério e concordei levantando.

Deco: espera aí, Gabriel- escutei sua voz séria também e suspirei subindo as escadas rapidamente.

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a dama e o vagabundo. Onde histórias criam vida. Descubra agora