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Fiel 🤑: 

Fiel: uma coisa que você odeia? 

Jordana: desconfianças e mentiras- fez bico - eu prefiro saber da verdade de uma vez por todas,inclusive, já te dei oportunidades de falar a verdade todas as vezes que eu sentia que você estava mentindo. 

Fiel: isso é uma desconfiança e tu acabou de falar que não gosta- ela negou. 

[…]

Jordana: vai ser sua última palavra? - olhei e não respondi- eu realmente estou dando a chance de falar toda a verdade aqui e agora, não vou surtar e nem nada. Eu só quero a verdade, então fala,por favor. 

[…]

Tentei pisar no freio e voltar para a pista, mas foi em um piscar de olhos e só vi o carro sair capotando na pista. 

Abri os olhos rápido sentindo todo o meu corpo suar e formiga. Engoli em seco e olhei ao redor, vendo tudo branco e um barulho. 

Olhei na direção que vinha o barulho e era de uma máquina. Foi quando reconheci que estava em um hospital, tentei falar,mas minha garganta estava seca. 

Meu braço esquerdo estava enfaixado, arranquei todos aqueles fios que estavam no meu corpo e saí da cama. Eu sentia meu corpo fraco, mas não importava,eu precisava saber dela. 

Enfermeira: meu Deus! Você não pode sair da sala - tentou me segurar e empurrei ela. - alguém vem aqui,por favor. - gritou e fechei os olhos. 

Rápido venho um monte de gente e tentaram me segurar e levar de volta para a sala. Mas eu não podia. Eu precisava saber da jordana. 

Fiel: eu quero saber dela - minha voz saiu rouca e foi quando eles pararam. 

Médico: o que tá acontecendo aqui? 

Enfermeira: ele arrancou os fios e não quer voltar para a sala. 

Fiel: eu preciso saber dela - falei sentindo toda a minha respiração faltar. Já estava começando a ver tudo turvo. 

Médico: ele precisa voltar para a sala - eu nem tinha mais força para lutar, só deixei eles me levarem de volta. 

Senti eles me deitarem na cama e colocarem todos aqueles fios no meu corpo de novo. Fiquei de olho fechado e só abri quando não senti eles me tocando mais. 

Fiel: eu preciso ver ela - abri os olhos e eles se olharam sem entender. 

Médico: ela quem? 

Fiel: a jordana- respirei- ela tava comigo. Eu preciso saber se ela está bem. 

Enfermeiro: moço,não tinha ninguém com o senhor no carro. Quando chegamos lá com a ambulância, só tinha o senhor no carro e por pouco você está vivo. 

Fiel: claro que tinha. Ela tava comigo- fechei os olhos sentindo minha cabeça doer. - eu preciso dela. 

Médico: talvez ele esteja delirando,foram quatro dias internados e sem dar nenhuma reação. 

Enfermeira: o corte na cabeça foi grande. 

Escutava a voz deles longe e fechei os olhos com mais força. Sentia toda a minha cabeça doer. 

Fiel: minha cabeça está doendo- falei ainda de olhos fechados. 

Enfermeiro: está começando a sangrar - foi a última coisa que escutei. 

Mariele

Mariele: eu quero a minha filha, Germano. Eu preciso saber de alguma coisa dela. - falei tentando enxugar minhas lágrimas. 

Germano: tenta ficar calma, Mariele. Você nervosa não vai adiantar de nada e só vai me deixar mais nervoso. 

Mariele: ficar calma? A minha filha está desaparecida há quatro dias, Germano. 

Germano: e você acha que eu não sei? Porra, Mariele, eu estou com a cabeça a mil também. É a nossa filha- passou a mão na cabeça - tu acha que meu coração está como? Se eu perder ela,eu não sei o que vai ser da minha vida. 

Baixei a cabeça e senti as lágrimas descerem cada vez mais. Meu coração apertava e eu só queria poder encontrar minha filha. 

Já são quatro dias sem notícias dela. Quatro dias sem saber o que é ter uma noite de sono completa, porque sempre sonho com ela batendo na porta de casa. 

Germano veio para cá no domingo, um dia depois de ela ter desaparecido. Teve um acidente no sábado e achávamos que poderia ter sido com ela,mas quando chegamos lá atrás de informações, falaram que só tinha um corpo e era masculino. 

Não consegui saber quem era,fomos no hospital dois dias seguidos e eles não falaram quem era a vítima. 

Já contei tudo para o Germano, falei sobre o paquerinha dela e que ela tinha saído para ir em uma festa com ele. Tentamos ir atrás dele e não conseguimos achar,mas já desconfiamos que poderia ter sido ele o rapaz do carro. 

Só não entendemos o porquê dela não estar no carro com ele. Hoje, vamos de novo ao hospital e tirar essa dúvida se era ele mesmo no carro. 

Cardoso mal para em casa,está junto de outros policiais invadindo Heliópolis. 

Pode ser coisa da minha cabeça, talvez porque eu esteja nervosa demais com tudo que está acontecendo;mas ele não pareceu nenhum pouco preocupado. 

Germano: seu marido conseguiu descobrir quem tinha sequestrado a jordana naquele dia ?- me olhou e neguei - se a mesma pessoa que fez aquilo com ela a um mês atrás, foi a que pegou ela agora? 

Mariele: mas por que? O que eles querem com ela? 

Germano: não sei - falou parecendo ter lembrado de alguma coisa e pegou o celular- vou tentar achar a nossa filha. 

Digitou alguns números, colocou o celular no ouvido e saiu da sala. 

Vera: trouxe um chá para a senhora - apareceu com a xícara e peguei. 

Agradeci e bebi um pouco, mas eu mal conseguia beber,já que as lágrimas começaram a descer de novo. 

a dama e o vagabundo. Onde histórias criam vida. Descubra agora